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Oficina no TRE-RJ – Ervas Aromáticas

Por ocasião da semana comemorativa do Servidor Público no TRE-RJ onde trabalho, entre os dias 08 e 10/11, recebi um convite para dar uma oficina na área de gastronomia para servidores do Tribunal, a exemplo do ano passado, quando dei uma “oficina de tapas“. Nem preciso dizer que aceitei o convite com enorme prazer!

Oficina de Ervas Aromáticas no TRE-RJ - Foto Juliana Henning

Oficina de Ervas Aromáticas – Foto Juliana Henning (ASCOM TRE-RJ)

Minha turma deste ano contou com 30 pessoas inscritas e alguns “penetras” que foram muito bem-vindos  😀 😀 😀 !! Escolhi o tema “ervas aromáticas“, pois sei da dificuldade que muitas pessoas sentem para incluí-las em seus preparos do dia-a-dia, embora todos saibam que são extremamente saudáveis, com diversas propriedades medicinais comprovadas. Minha ideia era apresentar as principais ervas, aquelas mais comuns, indicar como usá-las, dizer com que combinam mais, e por fim, dar (e preparar) algumas receitinhas básicas para exemplificar.

oficina ervas aromaticas

Apresentando algumas ervas aromáticas – Foto Juliana Henning

Organizei a sala em semicírculo, pois achei que essa disposição seria perfeita para que todos pudessem ouvir e visualizar tudo. E ficamos ali conversando por quase duas horas, trocando conhecimentos. Passei para eles um pouco também de minha experiência pessoal na utilização das ervas. Quando terminei a “parte teórica”, ou seja, a apresentação de cada erva aromática, dei a dica de como preparar um “bouquet garni” (está na apostila!) e pedi que todos se levantassem e preparassem seus próprios bouquets, para levarem pra casa. Foi um momento de descontração.

Alunas (Flávia, Helena e a Juliana, a fotógrafa oficial da ASCOM TRE-RJ) com seus "bouquets"

Alunas (Flávia, Helena e a Juliana, a fotógrafa oficial da ASCOM TRE-RJ) com seus “bouquets”

Alunos prepararam seus próprios "bouquets garnis"

Alunos(as) prepararam seus próprios “bouquets garnis”

Para preparar “ao vivo”, escolhi um exemplo clássico de receita com erva aromática, que por sinal está aqui no meu blog, o “molho pesto de manjericão, uma receita italiana tradicionalíssima. Apesar de ser um preparo simples, requer um pouquinho de técnica para o processamento dos ingredientes, que devem estar em perfeito equilíbrio no que se refere às quantidades. Alguns participantes já tinham até comido pesto alguma vez na vida, mas nenhum deles havia tentado fazer em casa, o que foi ótimo, pois saíram loucos para surpreenderem os amigos e familiares!!!

Como não havia infra-estrutura de cozinha no TRE, levei de casa  a massa (penne) já pré cozida, bem al dente, para que no momento do preparo levasse apenas um banho de água fervente e estivesse pronta para servir. E foi assim que com a ajuda do meu “sous-chef” Robinho (colega e blogueiro do fazsimples.com.br) conseguimos que a massa ficasse suficientemente quente e que o pesto fosse servido no momento em que o molho foi finalizado, de forma que não perdesse os aromas e sabores.

Preparando o molho "pesto" - Fotos Juliana Henning (ASCOM TRE-RJ)

Preparando o molho “pesto” – Fotos Juliana Henning

E aula que se preze tem que ter algum material de referência!! Preparei uma apostila contendo fotografias e descrições de 13 ervas aromáticas, bem como diversas informações sobre suas propriedades medicinais, seu cultivo em casa e sua utilização (em que carnes ou preparos devemos usá-las). Se você quer ter acesso à apostila que preparei, inclusive com todas as receitinhas, baixe aqui. Você vai encontrar inclusive a receita da manteiga de ervas que fez tanto sucesso entre os participantes. Fácil de fazer e super saborosa para acompanhar uma torradinha, ou mesmo um carne grelhada.

oficina ervas aromaticas

Fotos Juliana Henning

Por último, teve degustação de pastinha de ricota, manteiga e pão caseiro. Tudo feito com ervas aromáticas, claro, kkkk.

Servindo a "penne ao pesto" e a manteiga de ervas

Alunos degustam a “penne ao pesto”, pão caseiro, pastinhas e manteiga de ervas

Foi um momento tão gratificante… falo por mim, porque adoro ensinar, acho que está no meu sangue! Ai, Deus, quem sabe um dia realizo meu sonho de ter uma escola de gastronomia!!! :D. Vai que Ele me ouve né?!!….

Obrigada aos meus colegas alunos(as) e assistentes, obrigada à equipe organizadora do evento, obrigada à excelente fotógrafa e jornalista Juliana que me cedeu suas fotos, obrigada aos patrocinadores, obrigada a administração do TRE-RJ!! É sempre muito bom poder compartilhar e trocar experiências. Até a próxima oportunidade!!

 

 

Jantar tailandês

capa de nosso cardápio

Pausa novamenteee!! Gente, preciso contar pra vocês o incrível jantar tailandês que euzinha, modéstia à parte, consegui realizar em casa de minha irmã em Brasília, após alguns breves treininhos que fiz em casa e que vocês tiveram conhecimento (vide receita do Peito de Pato ao Curry Vermelho e o Camarão ao Curry Amarelo, postados aqui anteriormente).

Só que no sábado passado, a noite tailandesa que rolou por ocasião do aniversário de minha irmã (a mesma que me acompanhou em viagem para a Ásia), foi bem mais caprichada e variada, afinal, foram 7 preparos diferentes que fiz: 5 entradas, um prato principal e uma sobremesa. Todos inspirados na culinária da Tailândia. Éramos 8 à mesa: eu, Lego (minha irmã) e 6 convidados dela, escolhidos cuidadosamente (infelizmente, este ano meu maridão não pôde ir à Brasília comigo…). Desde 2011 preparamos esses jantares. O primeiro não foi tão planejado, não teve tema. Ano seguinte, idem. A partir do terceiro ano, criamos os jantares temáticos e agora sim, virou uma tradição:

Neste post, vou relatar o banquete completo e depois publicarei algumas das receitas. Prometo! 😉

Antes de falar das comidinhas, queria que vocês tivessem uma ideia do quanto minha irmã é talentosa na hora de ambientar a casa e arrumar a mesa (a toalha é autêntica, comprada no Night Bazaar em Chiang Mai)… cada detalhe é pensado (as lanternas coloridas foram compradas no Vietnã!)…

Mesa, luminárias vietnamitas e hall de entrada com cardápio do jantar

Mesa, luminárias vietnamitas e hall de entrada com cardápio do jantar

Assim que chegaram nossos pontuais convidados, fizemos um brinde com um espumante Chandon rosé “premiado” com uma lichia importada diretamente da Tailândia, rsrs.

Espumante rosé com lichia tailandesa

Espumante com lichia tailandesa

Então eu servi a primeira entrada: um creme de abóbora tailandês, receita facinha de preparar e que fascinou a todos. A cor era linda e o sabor surpreendente.

Creme de abóbora tailandês

Creme de abóbora tailandês

A segunda entradinha, foi um “summer roll” (veja receita aqui), rolinhos de folha de arroz, com recheio de camarão, folhas frescas, noodles (macarrão de arroz), cenoura, manga verde e amendoim. Acompanhou um molhinho típico que aprendi numa aula no Vietnã, mas isso será matéria para outro post…

Summer rolls tailandeses

Summer rolls tailandeses

Terceira entrada, servi o “spring roll” à moda tailandesa. É um rolinho como aquele chinês, nosso velho conhecido, mas o recheio é diferente, com shitake, carne de porco, repolho, cebola roxa e temperos.

spring rolls tailandeses

Então chegou o momento de entrarmos com uma bebida mais “quente” e trouxemos o drink “passion in love” que tomamos em Hoi An, no Vietnã, feito com rum, maracujá, melancia e limão. Todos adoraram!

Drink que tomamos no Vietnã: "Passion in love"

Drink que tomamos no Vietnã: “Passion in love”

Quarta entrada: espetinhos de porco servido com molho satay (molho de origem indonésia (ou indonesiana??!!)), mas muito apreciado e consumido na Tailândia. Feito à base de amendoim. Os espetinhos são temperados com leite de coco, açafrão, pimenta do reino branca, capim-limão, sementes de coentro e cominho. Um prato exótico!

Espetinhos de porco com molho Satay

Espetinhos de porco com molho Satay

Quinta entrada. Esta foi servida já na mesa, com um vinho branco bem fresco: o famoso e emblemático Pad Thai, com camarões grelhados, tofu, ovos, broto de feijão, molho shoyu, molho de ostra e mais alguns temperinhos. Tem como ficar ruim?!! haha. Esta receita prometo postar!

Pad Thai, um dos pratos mais tradicionais da Tailândia

Pad Thai, um dos pratos mais tradicionais da Tailândia

Então chegou a hora da estrela da noite: peito de pato grelhado com curry vermelho, que já publiquei receita aqui. A diferença é que nesta noite usei o leite de coco importado da Tailândia e acreditem, fez toooda diferença!!! Nossa, o leite é magnífico! Mais cremoso e mais saboroso que o melhor dos nacionais. O curry utilizado também foi trazido da Tailândia, mais especificamente de Chiang Mai. Nós o saboreamos com um vinho francês rosé gelado, achei mais conveniente, tendo em vista ser um prato bem apimentado.

Peito de pato ao molho de curry vermelho, a estrela da noite

Peito de pato ao molho de curry vermelho, a estrela da noite

Por último, mas não menos importante, nossa sobremesa: bananas caramelizadas com cobertura de leite de coco. Comemos diversos tipos de sobremesas feitas com banana em nossa viagem, pois é fruta abundante por lá e muito consumida. Preparam-nas de todo jeito: fritas, assadas, empanadas, cozidas. Fiz esta cozida em uma calda com açúcar, açúcar mascavo, água, capim-limão, suco de limão. Receita ainda vou postar, aguardem! Enquanto isto, só babem, hehehe. Um vinho “late harvest” francês combinou perfeitamente.

Bananas caramelizadas com calda de leite de coco

Bananas caramelizadas com calda de leite de coco

Fechamos com café e chocolate, este último também comprado na Tailândia. Uma delicadeza só. Ah, e detalhe: a música ambiente era de um cd comprado no Camboja, gravado por uma banda que vimos tocando num dos templos que visitamos. Clima completo. O grupo estava super entrosado.

jantar tailandes

O grupo completo e chocolates tailandeses

Abaixo, seleção de espumantes e vinhos que tomamos (a foto foi no dia seguinte, rsrsrs). Foram duas garrafas de espumante, duas de vinho branco, duas de vinho rosé e duas de vinhos de sobremesa.

Vinhos que acompanharam o jantar

Vinhos que acompanharam o jantar

Posso dizer que os convidados tiveram uma boa noção, muuuito próxima do que é a cozinha tailandesa e de tudo que experimentei por lá.

Fiz ótimos amigos nesta noite e me senti super feliz por todos terem curtido e principalmente, terem conhecido um pouco desta cultura fascinante.

E ano que vem já está decidido: a noite será portuguesa!! já dá pra imaginar né…

E quem quiser dar uma olhada nos meus posts sobre a Tailândia, pode ficar à vontade:

Kronc Brownieria

(Dando uma pequena pausa nos relatos de minha viagem à Tailândia…)

Nem sabemos mais, eu e meus filhos, como foi e quem foi que teve a primeira ideia de começarmos a fazer brownies pra vender. Eu, como já vivo dentro da cozinha todos os dias (faço salgados pra vender e nos finais de semana ela vira meu laboratório) resolvi embarcar na loucura de tentar fazer aquele “bolinho”, aparentemente inocente, chamado brownie.

Brownies de Nutella e Chocolate Branco da Kronc Brownieria

Brownies de Nutella e Chocolate Branco da Kronc Brownieria

Comecei do zero. Zero mesmo, pois nem comer eu como, hehehe. Resolvi pesquisar na internet as milhões de receitas de brownies e botei a mão na massa. Durante meses fui testando uma, outra, alterando aqui, ali, e consegui chegar num ponto em que eu, meus filhos e principalmente meu marido, aprovamos.

Fabricando brownies

Fabricando brownies

Virou um brownie com logomarca e tudo, criada também por mim: Kronc Brownieria. O que significa Kronc??!! Vocês já devem estar se perguntando. Eu me inspirei em “Kronk”, um personagem do filme “A nova onda do Imperador”, produzido pela Walt Disney Pictures, em 2000, ocasião em que meus filhos tinham 6 e 8 anos. Naquela época adquiri o filme em fita “VHS”, ou cassete, nem sei mais como se chamava antigamente… Vocês podem imaginar as milhões de vezes que eles assistiram ao filme (e confesso que vi metade dessas vezes). Ríamos muito do Kronk, e o imitávamos. Ele era um Chef de Cozinha, trabalhava para Izma, uma conselheira do Imperador e uma espécie de bruxa.  A história se passa no Peru, durante o período do Império Inca. Em resumo, a estória é sobre um Imperador inca chamado Kuzco, que quer construir um palácio de verão em cima de uma montanha, mas é transformado numa lhama pela bruxa Izma e precisa contar com a ajuda de Pacha, um simples camponês.

Penso eu que o Kronk do filme fez tanto sucesso, que por isto foi lançado o filme “A nova onda do Kronk”, em 2005, que por sinal não assisti (meus filhos já estavam grandes demais, haha), mas sei que no filme ele já era dono de seu próprio restaurante.

Personagem Kronc do filme A Nova Onda do Imperador

Personagem Kronk do filme A Nova Onda do Imperador

Mas escolhi Kronk porque nos marcaram pra sempre as brincadeiras que fazíamos imitando o personagem. Até hoje repetimos a frase de Izma: “Muito bem, Kronk! Tome um biscoitinho…”, numa situação do filme em que ele se comportava como um cachorrinho obediente, fazendo o que ela pedia.

Enfim, escolhido o nome, entrei num site que ajuda leigos a fazer logomarcas e fiz a nossa logo numa tarde. Usei as cores marrom escuro e claro, porque representam as cores dos chocolates (ao leite e meio amargo) que uso na receita. No dia seguinte já estávamos colocando nossos brownies em pacotinhos e usando nossos adesivos da empresa: Kronc Brownieria. O nome “kronc” também sugere uma mordida em algo crocante não é? Passei muito tempo pra conseguir algo que me parecia impossível: deixar a casquinha do brownie crocante. Depois de várias tentativas e algumas pesquisas, cheguei lá. Mas meus filhos me matam se eu contar o segredo, rsrsrs.

Logomarca da Kronc Brownieria

A mistura de chocolates que inspirou a logomarca da Kronc Brownieria

Hoje, estamos em processo de divulgação, criamos uma página no facebook, uma conta no Instagram e estamos lutando para que possamos um dia, quem sabe?, nos transformarmos em, não “mais um brownie”, mas sim, um “brownie diferenciado“.

Criamos outros sabores a partir da receita original, que leva chocolate ao leite e chocolate meio amargo derretidos. Os sabores que oferecemos no momento são: Nutella, Doce de Leite, Chocolate Branco e Castanha de Caju.

No dia das mães no mês passado, lançamos caixinhas especiais para presente, confeccionadas por quem??? Euzinha, claro, rsrsrs.

Caixinhas que confeccionei para o dia das mães

Caixinhas que confeccionei para o dia das mães

E agora estamos lançando novas caixinhas, criadas especialmente para o Dia dos Namorados, com 4 brownies, para dar o “arremate” final no jantar. Nada como um brownie macio, servido quentinho, com uma bolinha de sorvete de creme ou de doce de leite. Ainda mais com este clima de (quase) inverno! Pelo menos aqui no Rio está bem friozinho!!!

Caixinhas que confeccionei para o próximo dia dos namorados

Caixinhas que confeccionei para o próximo dia dos namorados

Já estamos com dois pontos de venda: um na Unirio (Urca) e outro na PUC, mas é só o começo!!

Curta a nossa página no facebook!! Clique em: Kronc Brownieria.

Uma boa notícia é que para quem mora no Rio, estamos fazendo entregas (só na Zona Sul, por enquanto), a partir de encomendas feitas pela própria página ou pelo whatsapp: 21-98106-5801.

Experimente e depois me dê aqui a sua opinião!!

 

 

Oficina de Tapas no TRE-RJ

Primeiro grupo que foi formado na Oficina

Primeiros alunos que chegaram para a Oficina (a Heleninha, de avental vermelho, me deu apoio como assistente durante a Oficina)

Dia 28/10 é comemorado o dia do Servidor Público, mas no TRE onde trabalho este dia foi comemorado com diversas atividades que ocorreram entre os dias 04 e 05 de novembro. Fui convidada então pela equipe organizadora dos eventos, para oferecer, fazendo parte das festividades, uma oficina de gastronomia para os funcionários. Topei sem pestanejar. Se tem algo de que gosto muito além de cozinhar, é ensinar a cozinhar :D.

Fiquei completamente livre para fazer o que quisesse, mas eu teria que usar muita criatividade, afinal, não teria uma cozinha disponível. Apenas uma sala de treinamento, com cadeiras, mesas, além de inúteis computadores…

Grupo masculino que marcou presença na Oficina

Grupo masculino que marcou presença na Oficina (o de avental vermelho é o Robson, um dos meus assistentes). Foto do Leonardo Coimbra – ASCOM/TRE-RJ

Resolvi usar o meu forno elétrico reserva que tenho em casa juntamente com meu multi-processador. Ou seja, nada de fogão, panelas e frigideiras. Só o forno. O que é que eu poderia fazer??… huummm…. Foi então que tive a ideia de apresentar algumas “tapas”. Não necessariamente espanholas, claro, mas  sabem aqueles tira-gostos fáceis de fazer e que são capazes de conquistar os paladares mais exigentes?! Escolhi alguns dos meus prediletos, aqueles que faço para receber os amigos. Fiz um pequeno caderno de receitas, com 10 tapas diferentes, e como eu só teria 2 horas de aula, escolhi 4 tapas para fazermos em sala (homus tahine, guacamole, bruschetta de tomate e manjericão e canapé de cebola), e mais duas extras que preparei em casa e levei para que eles experimentassem (babaganoush e pastinha de alho-poró).

Durante a aula ainda contei com dois ótimos assistentes (meus “sous chefs” hehehe): Robson, amigão meu, que tem o blog “Faz Simples” (com ótimas dicas de decoração e culinária) e a Heleninha, que trabalha na Escola Judiciária Eleitoral.

No início da aula me apresentei (muitos dos alunos não me conheciam) e depois pedi para que cada um falasse seu nome, de qual setor era, se tinha alguma experiência na cozinha e porque estava fazendo aquela oficina. A maioria era relativamente inexperiente, mas todos demonstraram bastante interesse e curiosidade em saber mais um pouco sobre o assunto.

Apresentação

Apresentação

Começamos com o homus tahine, que eu mesma preparei, explicando o passo-a-passo. O grão-de-bico já estava cozido, obviamente… Só misturei os ingredientes, processei e em 3 min estava pronto!! No final da aula, ele foi servido com as tradicionais torradinhas que faço de pão árabe com zathar.

Preparando o homus tahine

Preparando o homus tahine

Homus pronto, partimos para o guacamole. Uma “tapa” mexicana deliciosa e saudável, que tem como ingrediente base o abacate (ou avocado, tipo mais utilizado no México). Desta vez, foram eles que botaram a mão na massa. Se você também quer aprender a fazer veja receita aqui! Veja também um jantar mexicano completo que preparei em julho passado!

oficina de gastronomia

Preparo do guacamole

Depois passamos para as bruschettas de tomate e manjericão, que encantaram a todos. Foram muito bem executadas, apesar do forno improvisado… Sim, na locomoção, o forno que eu estava levando de casa quebrou. Tive que usar um mini-forno que eu tinha no meu setor. Apesar de mini, até que deu conta direitinho…

Preparo das bruschettas

Preparo das bruschettas

Por último, os canapés de cebola maravilhosos do meu amigo Chef Dudu, que sempre, sempre, fazem o maior sucesso. Não deu nem tempo de fotografarmos, em segundos foram rapidamente devorados!!

No final da aula, a mesa foi posta, com todos os quitutes. Foi o momento de degustação e de confraternização. Eu estava feliz pela aula e ao mesmo tempo com pena de ter passado tão rápido…

Mesa de "tapas" e confraternização

Mesa de “tapas” e confraternização

Professora, auxiliares e alunos juntos para registro da primeira Oficina de Gastronomia no TRE-RJ

Professora, auxiliares e alunos juntos para registro histórico da primeira Oficina de Gastronomia no TRE-RJ (Foto do Leonardo Coimbra, da ASCOM).

Da experiência, saí completamente realizada, pronta pra próxima!! Agradeço a todos que estiveram presentes neste dia!!

Pensei até em montar um laboratório em minha casa e me dedicar a ensinar gastronomia… aaah quem sabe?!… sonhar não custa nada né?! ;)…

Almoço árabe preparado pela “Deux Amis”

"Deux Amis", eu e Dudu

“Deux Amis”, eu e Dudu

Este final de semana foi um marco para a “Deux Amis” (Dois Amigos, em francês, uma sociedade que abri com o Chef Dudu, meu amigo e parceiríssimo na cozinha). Organizamos nosso primeiro almoço a quatro mãos, um banquete árabe, para uma família de origem libanesa, num apartamento no Jardim Botânico, em comemoração ao aniversário de casamento do casal anfitrião.

Começamos alguns dias antes, com a definição do cardápio, divisão de responsabilidades e as compras dos ingredientes. Na sexta-feira última, precisei tirar um dia de folga no trabalho e me dediquei exclusivamente a adiantar alguns preparos do almoço. No sábado, eu e Dudu nos encontramos no apto da família e fizemos a finalização de todos os pratos. Foi um sucesso!!

Este foi um cardápio temático, baseado em meus conhecimentos específicos de culinária árabe adquiridos com a minha vó palestina, repassados por minha mãe. Fazer isto me dá um enorme prazer. Muito bom você poder reproduzir e divulgar aqueles pratos com os quais você mais se identifica. Em falar em cardápio temático, todos os anos, em julho, eu faço um jantar temático para o aniversário de minha irmã em Brasília, lembram?! Já publiquei aqui o Jantar Mexicano e a Noite Espanhola.

Eu e Dudu temos uma amizade e uma parceria que vem desde 2006. Temos um site com alguns itens que produzimos por encomenda. Estamos desenvolvendo a ideia de promovermos jantares em nossa própria casa, como alternativa para os amigos e conhecidos que gostam de frequentar restaurantes, mas que estão sofrendo com os altos preços praticados aqui no Rio. Visitem o nosso site, www.deuxamisgourmet.com.br! Para falar direto comigo, clique aqui!

Mas deixem-me apresentá-los ao cardápio árabe que servimos no sábado (os pratos em negrito são os que já publiquei receita aqui no blog, para conferir, basta clicar)…

Entradas:

Pasta de grão de bico (homus tahine) com torradas de pão pita e zatar

Babaganoush (pasta de berinjela)

Kibe cru de carne de cordeiro

Falafel (bolinho frito de fava) com molho taratur (tahine e iogurte)

Entradas árabes preparadas pela "Deux Amis"

Entradas árabes preparadas pela “Deux Amis”

Pratos Principais:

Tabule

Kibe de forno (ou kibe de bandeja)

Kafta de cordeiro

Mjadra (arroz com lentilhas)

Charutos de folha de uva com molho tzatzik (iogurte, alho e hortelã)

Chich Barak (“orelha de gato”, massa recheada de carne com molho de tahine e costela de boi)

Mesa de pratos principais preparados por mim e Dudu

Mesa de pratos principais preparados por mim e Dudu

As sobremesas ficaram por conta da casa, não fomos nós que preparamos.

As receitas do kibe de forno e do kibe cru, vocês encontram no blog Cozinha do Dudu!

Vou aproveitar o tema e ensinar a vocês hoje a fazer o falafel, um bolinho de sabor peculiar, que faço com favas brancas, mas pode ser feito com grão-de-bico também (ou os dois misturados). Sua origem é incerta, pois é consumido em todo o Oriente Médio. A comunidade vegetariana se amarra nessa receita. Ele é conhecido com o “hamburger vegetariano”. É muito consumido também com o pão pita (pão árabe) juntamente com salada e molho, na forma de sanduíche, mas eu como puro, apenas com o molho “taratur”. E a cerveja gelada acompanhando, hehehe.

Falafel

falafel

Falafel, feito com favas ou grão-de-bico

Ingredientes:

500g de fava branca, 1 cebola grande picada, 3 dentes de alho, suco de 1/2 limão, 1/2 maço de salsinha, 1/2 maço de coentro, 1 colher sopa de gergelim, 1 colher chá de cominho moído, pimenta-do-reino moída na hora a gosto, sal, 3 colheres de sopa de farinha de rosca.

Modo de preparo:

Deixe as favas numa tigela com bastante água de um dia para o outro (12 horas). No dia seguinte, retire todas as pelas das favas, elas ficam praticamente soltas dos caroços. Deixe as favas secarem bem. Num processador junte todos os ingredientes e bata bem, até que fique bem triturado. Não vai virar uma pasta cremosa, ela fica com uma consistência granulada. Frite em óleo bem quente, escorra em papel toalha e sirva com o molho.

Falafel frito com molho taratur

Falafel frito com molho taratur

Molho Taratur

Ingredientes: 3 colheres sopa de tahine (pasta de gergelim), suco de 1 limão, 1 copinho de iogurte natural, 2 colheres sopa de salsinha picada, sal a gosto e água filtrada até dar a consistência desejada (não é para ficar muito grosso). Servir em temperatura ambiente, acompanhando o falafel.

 

No próximo post, umas dicas de Gramado-RS, onde estive no feriadão de 7 de setembro. Aguardem!

 

 

Pernil de cordeiro com geleia de hortelã

A mesa posta com o pernil e os acompanhamentos

A mesa posta com o pernil e os acompanhamentos

Desde que vim para o Rio,  sempre preparo o almoço do dia dos pais em minha casa, para a família do meu marido. Meu pai morreu em 1990, lá se vão 25 anos sem sua presença marcante… Mas para minha alegria, minha mãe veio de Recife e marcou presença no evento :).

Este ano, o menu que escolhi foi o seguinte: de entrada, bolinho de bacalhau e caponata italiana (um tipo de conserva, tipicamente italiana). Prato principal: Pernil de cordeiro, geleia de hortelã, cuscuz marroquino com amêndoas, batatas calabresas com alecrim e salada verde de folhas. Sobremesa: Brownie de chocolate com sorvete.

Hoje vou postar a receita do cordeiro, que ficou sensacional. E a geleia de hortelã, que combina perfeitamente bem com o pernil. Ótimo para ocasiões desse tipo, festivas. Quem sabe você inova na próxima ceia de natal?!

Pernil de cordeiro assado

Ingredientes (para 15 pessoas):

3 pernis de cordeiro (comprei no Zona Sul, importado do Uruguai, cada um na faixa de 1,5kg);

Alecrim fresco (se preferir, pode ser seco também), ervas finas, 2 cabeças de alho, pimenta-do-reino moída na hora, sal e 1 garrafa de vinho tinto.

Modo de preparo: 2 dias antes, lave os pernis, faça furos com uma faca para que o tempero penetre, e tempere-os com o sal, pimenta, alho amassado, ervas e alecrim, coloque-os dentro de sacos plásticos, separados, e derrame vinho dentro dos sacos, dividindo o total do líquido da garrafa para os três pernis. Feche bem os sacos, tirando o ar de dentro, para que os pernis fiquem em total contato com o vinho e todos os temperos. Guarde na geladeira por 2 dias.

É fundamental temperar os pernis com antecedência

É fundamental temperar os pernis com antecedência

Retire-os da geladeira umas 2 horas antes de colocar no forno.

Pegue uma assadeira grande, forre com folhas de papel alumínio (lado brilhoso fica em contato com o alimento), todas as folhas unidas, de forma a não deixar passar o líquido da marinada. Disponha os pernis dentro da forma (sobre o alumínio) junto com a marinada e depois feche o alumínio formando uma grande “bolha”, para cozinhá-los no vapor (técnica do “papilote”).

Pernil de cordeiro vai ao forno embalado em papel alumínio

Pernil de cordeiro vai ao forno embalado em papel alumínio

Deixe o forno ficar bem quente (coloque em temperatura alta). Deixe cozinhar os pernis por 3 horas. Depois abra o “pacote” e deixe os pernis dourarem (em torno de 40 minutos). Eles podem ir para a mesa inteiros, decorados, ou simplesmente fatiados numa travessa, como eu fiz, pra facilitar que as pessoas se sirvam.

Pernil assado e fatiado, pronto para o ataque

Pernil assado e fatiado, pronto para o ataque

Geleia de Hortelã

Ingredientes

3 maçãs vermelhas, descascadas e sem caroço

3 maçãs verdes, sem caroço (com as cascas)

1 maço grande de hortelã

suco de 1 limão

1 litro de água

500g de açúcar

Maçãs e hortelã, ingredientes principais da geleia

Maçãs e hortelã, ingredientes principais da geleia

Modo de preparo: Corte as maçãs em cubos pequenos, coloque em uma panela funda, com 3/4 do maço de hortelã (só as folhas), o suco de limão e a água.  Deixe cozinhar até que as maçãs estejam bem macias. Depois passe tudo num processador (não precisa ficar muito fino). Volte para a panela, acrescente o açúcar e deixe engrossar mais um pouco. Quando chegar no ponto desejado (tipo um purê cremoso), acrescente o restante das folhas de hortelã bem picadinhas, misture bem e desligue o fogo. Deixe esfriar até chegar na temperatura ambiente e sirva com o pernil de cordeiro. É de comer rezando e agradecendo a Deus, rsrsrs.

Geleia de hortelã com maçãs para servir com o pernil de cordeiro

Geleia de hortelã com maçãs para servir com o pernil de cordeiro

Depois vou postar a receita dos bolinhos de bacalhau que ficaram ótimos!!

Seguem mais algumas imagens da mesa no último dia dos pais…

Almoço do dia dos pais: pernil de cordeiro, geleia de hortelã, cuscuz marroquino e salada verde

Almoço do dia dos pais: pernil de cordeiro, geleia de hortelã, cuscuz marroquino, batatas calabresas e salada verde

 

 

 

 

 

Jantar mexicano

Final de semana retrasado, mantendo a tradição, fui à Brasília para preparar um jantar em comemoração ao aniversário de minha irmã mais velha, Elizabeth. Ela pediu que fosse um “jantar tipicamente mexicano”, em homenagem a uma pintura adquirida por ela, representativa de um ex-voto (agradecimento a uma promessa feita a um santo) no caso, feito a San Pascualito (representado no México por uma caveira que leva uma coroa na cabeça) e que completava exatamente um século agora em 2015.

Ex-voto adquirido num antiquário, no México, completando 100 anos em 2015, e o "altar" que preparamos para ele ao lado da mesa onde o jantar foi servido

Ex-voto adquirido num antiquário, no México, completando 100 anos em 2015, e o “altar” que preparamos para ele ao lado da mesa onde o jantar foi servido

E assim foi feito!! O cardápio, que apresentarei a seguir, foi pesquisado com antecedência e até “ensaiado” para que na hora H não corrêssemos risco de dar errado. Mas devo dizer que foi um trabalho super prazeroso e totalmente recompensado!! Aprendo tanto em ocasiões assim! 🙂 Agradeço a minha irmã por esta oportunidade!!

Durante a véspera, fizemos todas as compras do jantar em supermercados e lojas especializadas em Brasília

Durante a véspera, fizemos todas as compras do jantar em supermercados e lojas especializadas em Brasília

Para receber os convidados, servi margaritas de limão e de manga. Deixei à disposição uma cestinha de “nachos” (biscoitos fritos salgados, tipo doritos) com pastinhas de “frijoles refritos” (uma espécie de tutu), geléia de pimenta, guacamole e “sour cream” (ou creme azedo).

Nachos e pastinhas mexicanas  para receber os convidados

Nachos e pastinhas mexicanas para receber os convidados

Em seguida, pedi que todos sentassem à mesa, que aliás, estava lindaaaa. Ela foi cuidadosamente arrumada por minha irmã e minha sobrinha Izabel. A casa estava toda enfeitada, cada detalhe foi pensado.

Detalhe na porta de entrada e a mesa decorada para o jantar

Detalhe na porta de entrada e a mesa decorada para o jantar

Servi então de entrada “camarones ao ajillo“, um prato típico, com camarões temperados com bastante alho, pimentas (três tipos), azeite e suco de limão. Acompanhou um purê leve de abóbora (ou jerimum, como se diz na minha terra).

"Camarones al ajillo", grelhados com bastante alho e três tipos de pimenta fresca

“Camarones al ajillo”, grelhados com bastante alho e três tipos de pimenta fresca

A esta altura, estavam já todos curiosos para saber qual seria o prato principal. Escolhi algo complicado de fazer, o “mole poblano”, um molho típico do interior do México, feito com mais de 20 ingredientes, em que cada família que o prepara dá seu toque pessoal, o que torna algo difícil de ser reproduzido. Além do que, alguns dos ingredientes, como as pimentas secas que eles têm por lá, não existem por aqui!!! Mas enfim, nada que a gente não consiga substituir né?!!… Lá eles preparam o molho e servem com frango ou peru, este último, principalmente em datas festivas. Minha irmã sugeriu substituir pela codorna e eu adorei o desafio, mas coloquei uma condição: teríamos que comprar já desossada. Para nossa grande sorte (graças a San Pascualito!!!) encontramos as bichinhas desossadas, e até conhecemos pessoalmente o seu desossador! Para acompanhar o mole poblano, fiz um arroz de nozes e amêndoas, e uma leve salada de rúcula, avocado (tipo de abacate) e tomate uva.

Codorna com "mole poblano", molho ícone mexicano que leva mais de 20 ingredientes

Codorna com “mole poblano”, molho ícone mexicano que leva mais de 20 ingredientes

De sobremesa, uma torta que faz sucesso aqui no meu blog: “pastel de tres leches“. Uma espécie de bolo pão de ló, embebido em um creme que leva “três leites” (leite condensado, creme de leite e leite em pó), e coberto com chantily e acompanhada de morangos e nozes. A diferença foi que servi em forma de “petit gateau”. Todos adoraram.

Torta "Tres Leches" de sobremesa

Torta “Tres Leches” de sobremesa

"Polvorones" de nozes, amêndoas e castanhas

“Polvorones” de nozes, amêndoas e castanhas

E não terminou por aqui!!! rsrsrs. Servimos o café com biscoitos também mexicanos, chamados “polvorones”. São bem amanteigados e levam nozes (também encontrei receitas desses biscoitos com canela, chocolate e baunilha). Eu fiz com um mix de nozes, amêndoas e castanhas. Aprovadíssimo.

Quanto aos vinhos, ao longo do jantar harmonizamos da seguinte forma: para a entrada, um vinho branco chileno, o Tamaya – sauvignon blanc. Para a codorna, preferi um vinho mais encorpado, o De Vanny, do tipo Bordeaux francês, afinal a ave tem um sabor mais forte e o mole poblano também. Na sobremesa, servimos um late harvest francês, o Monbazillac. Após o café, ainda degustamos licor de amêndoas Frascatti, produzido por um irmão meu que agora está morando em Recife.

Bebidas servidas ao logo do jantar: cerveja mexicana, tequila, vinho branco, vinho tinto, vinho de sobremesa e licor

Bebidas servidas ao logo do jantar: cerveja mexicana, tequila, vinho branco, vinho tinto, vinho de sobremesa e licor

Em breve, vou publicar algumas das receitas do jantar aqui no blog. Todas foram encontradas após vasta pesquisa que fiz aqui na internet. Claro que dei meu toque pessoal, e em alguns casos, tive que fazer adequações…

Eu e meu marido estivemos no México em 2008. Conheci lugares muito interessantes e tive grandes experiências gastronômicas. Vejam nos links abaixo:

Cidade do México, Cancún e Cozumel, Oaxaca, e Playa del Carmen

Todos os participantes do jantar mexicano

Todos os participantes do jantar mexicano

“Noite Espanhola” em Brasília

Zahil, lojas de vinho na Asa Sul

Zahil, lojas de vinho na Asa Sul

Tradição há quatro anos, vou a Brasília em julho cozinhar para minha irmã e um grupo seleto de amigos. Ela faz aniversário no dia 18 e convida, a cada ano, um grupo diferente de pessoas para desfrutar de um jantar especial e bem planejado. O primeiro jantar aconteceu assim meio de improviso, e foi um sucesso tão grande, foi tão divertido, tão gostoso, que resolvemos repetir no ano seguinte, e no outro ano… e assim foi criada a tradição. No ano passado fizemos pela primeira vez um jantar temático: Cerrado Brasileiro. Pesquisei bastante, porque eu não sabia nada sobre essa gastronomia tão particular! Fiquei maravilhada com os novos ingredientes que descobri. Nosso país guarda tantas surpresas…

Ueda - Peixaria, também na Asa Sul em Brasília

Ueda – Peixaria, também na Asa Sul em Brasília

Este ano, decidimos fazer uma “Noite Espanhola”. Minha irmã ficou responsável por toda a decoração e detalhes do serviço, como pratos, taças, bandejas, etc. E eu defini o cardápio, com a aprovação dela, claro. Na mala, levei um maçarico, paelleira, açafrão espanhol, dois vidros de azeitonas e faca bem amolada (item que nunca encontro em casa alguma que vou cozinhar!!!).

Linda mesa, em tons de vermelho e amarelo, organizada por minha irmã

Linda mesa, em tons de vermelho e amarelo, organizada por minha irmã

Aterrissei em Brasília na quinta-feira, jantamos juntas no Briand, um ótimo francês que tem na Asa Norte, onde comi um delicioso patê  “foie de canard”. Dia seguinte partimos para as compras de ingredientes. Descobrimos uma ótima peixaria, a “Ueda”, onde compramos os frutos do mar, frescos (em Brasília, quem diria!!). Compramos também alguns itens num pequeno mercadinho que vende importados, o “La Palma”. Os vinhos, na “Zahil”, e os itens faltantes deixamos para o supermercado Pão de Açúcar. Fomos também num florista e compramos cravos, vermelhos e amarelos, da cor da bandeira espanhola…

Cravos vermelhos e amarelos enfeitaram a mesa

Cravos vermelhos e amarelos enfeitaram a mesa

Tudo comprado, fomos pra casa e já corri pra cozinha. Algumas preparações já poderiam ser feitas de véspera. Preparei um caldo de peixe e camarão para a paella, cozinhei e fatiei o polvo, limpei e fatiei a lula e fiz a sobremesa, que deveria ser mesmo servida fria. Nesta noite meu marido chegou do Rio, e se juntou à nos.

Sábado acordamos cedo. Tomamos café e partimos pra luta. Piquei cebolas, pimentões, alhos, cheiro verde. Temperei e grelhei camarões, lulas, mexilhões, lagostins. Preparei as tapas frias e o molho da entrada quente. Fiz torradas. Adiantei tudo para que na hora, ficasse apenas a menor parte, a finalização.

Tapas frias servidas antes do jantar

Tapas frias servidas antes do jantar

Deu tudo certo e o jantar foi mais uma vez um sucesso absoluto. A mesa e a casa estavam lindas, o cardápio foi aprovadíssimo e os convidados vibraram. Foi uma noite inesquecível. A seguir, descrevo o cardápio e já dou a dica de como fazer uma das tapas.

Tapas frias:
1) Enroladinhos de “jamon serrano” (presunto cru espanhol) com figos, cream cheese e marmelada
2) Amêndoas torradas salgadas e apimentadas
3) Azeitonas marinadas

Entrada quente:
Queijo de cabra grelhado com molho de pimentão vermelho

Prato principal:
Paella Marinera (apenas com frutos do mar)

Sobremesa:
Crema catalaña

Entrada: queijo de cabra grelhado

Entrada: queijo de cabra grelhado

Paella Marinera

Paella Marinera

Todos os pratos foram servidos com vinhos que harmonizavam, com exceção das entradas frias, que foram acompanhadas de sangria (bebida que mistura vinho, frutas, água tônica, licor e suco de laranja).

Aprenda a fazer as amêndoas , que são deliciosas para beliscar e facílimas de fazer (fez sucesso nos jogos do Brasil, rsrsrs).

Amêndoas apimentadas

Amêndoas apimentadas

Amêndoas apimentadas

Ingredientes:
300g de amêndoas descascadas (com a pele)
1 colher sopa de clara de ovo
Sal grosso para ralar na hora (a gosto)
1 colher sopa rasa de páprica picante

Modo de preparo:

Pré-aqueça o forno a 180°. Misture bem a clara com as amêndoas, depois acrescente o sal ralado na hora e a páprica, misturando bem. Disponha-as numa assadeira untada com um pouco de azeite ou óleo, e leve ao forno para assar. Deixe dourar, retire e deixe esfriar. Está pronta.

No próximo ano, o jantar será ainda mais desafiante: uma Noite Mexicana!

Todos nós, prestes a devorar a paella!

Todos nós, prestes a devorar a paella!

Vinhos que tomamos ao longo da noite

Vinhos que tomamos ao longo da noite

 

Almoço de domingo para os padrinhos do casamento de meu enteado

Domingo passado eu realizei uma grande façanha: preparar um almoço para quase 30 pessoas.

IMG_2197Sempre que preparo jantares ou almoços em minha casa, costumo convidar até 12 pessoas, talvez 15, mas jamais me aventurei a cozinhar para 20, e nunca imaginei que conseguiria encarar 30!! Mas sempre há uma primeira vez e eu não poderia deixar de atender ao pedido de minha futura nora, Amanda, e do meu enteado, Rodrigo, pessoas de quem tanto gosto. Os convidados eram todos padrinhos, madrinhas, maridos, namoradas, etc, do casamento deles, que se realizará no dia 01 de outubro deste ano.

Para facilitar as coisas, resolvi escolher um prato relativamente fácil de fazer, um strogonoff. Mas um strogonoff no “capricho”, com direito, a ingredientes como páprica, champignons e conhaque. De acompanhamento, escolhi um arroz de açafrão, uma musseline de batata baroa e uma salada, esta última preparada por Hilda, a mãe da Amanda. Tudo ficou perfeito, felizmente. Ao menos, foi o que concluí, tendo em vista que não sobrou quase nada!

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Modo de preparo do Strogonoff

Para preparar o strogonoff, eu cortei em tiras pequenas 10kg de carne (file mignon), piquei 10 cebolas médias, uns 15 dentes de alho, bastante cheiro verde, separei um pouco de páprica, pimenta do reino, sal, 1,5kg de champignon em conserva picados em fatias, 2 latas de tomate pelatti, 200g de ketchup, 1 xícara de conhaque, 1 litro de creme de leite fresco, 1 caixinha de creme de leite.

Primeiro fritei toda a carne, aos poucos, numa frigideira com óleo quente. Temperei (depois de frita) esta carne com pimenta do reino, sal e páprica. Depois levei ao fogo o alho, cebola, e champignons com azeite. Acrescentei a carne, o conhaque e deixei secar um pouco. Depois coloquei os tomates pelatti batidos no liquidificador, com o próprio suco, o ketchup, e por último os cremes de leite. Para finalizar, o cheiro verde. Está pronto para servir.

Uma delícia com a musseline de baroa. Faça um purê de baroa (mandioquinha), não esquecendo de colocar um pouco de noz moscada e creme de leite fresco. Depois passe num multiprocessador, deixando-o bem macio.

Sirva ainda um arroz de açafrão. A salada é fundamental para contrabalançar, rsrsrsrs. Ah! servi também aquela batata palha “extra fina” da Yoki que combinou perfeitamente.

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Todos os comensais!

Todos os comensais!