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Camarones al ajillo (Camarões ao alho)

Este foi o prato de entrada que servi no meu jantar mexicano, em comemoração ao aniversário de minha irmã, em Brasília: “Camarones al ajillo”. Escolhi este prato após vasta busca por um prato diferente, típico e relativamente leve, para que fosse apenas uma introdução à diversidade da culinária do México. Acho que foi bem escolhido :). Servi acompanhado de um purê de abóbora. Mas vamos às receitas!

Camarones al ajillo - prato de entrada do jantar mexicano

Camarones al ajillo – prato de entrada do jantar mexicano

Camarones al ajillo com purê de abóbora

Camarones al ajillo com purê de abóbora

Camarones al ajillo (Camarões ao alho)

Ingredientes (para 4 pessoas)

1/2 kg de camarões sem casca e limpos

1 cabeça grande de alho finamente picado

1 pimentas dedo-de-moça finamente picada

2 pimentas de cheiro a sua escolha, bem picada (comprei dois tipos diferentes, uma verde e outra de cor laranja)

suco de 1 limão

azeite, manteiga, sal e pimenta-do-reino

4 flores comestíveis

Modo de preparo:

Tempere os camarões com o alho bem picado, as pimentas bem picadas, sal e pimenta-do-reino. Deixe na geladeira por 1 hora, para pegar o sabor do tempero.

Numa frigideira antiaderente coloque azeite para esquentar junto com um pouco de manteiga. Frite os camarões até que fiquem um pouco dourados. Acrescente o suco de limão, refogue por mais uns 2 min e está pronto.  Divida os camarões em quatro porções derramando um pouco do caldo no prato, acrescente o purê de abóbora e uma flor comestível para dar o toque final.

Camarones al ajillo com purê de abóbora

Camarones al ajillo com purê de abóbora

Para acompanhar, faça um purê de abóbora:

Purê de abóbora

500g de abóbora japonesa (é excelente para purê, porque é bem consistente)

1 cebola média picada

2 colheres sopa de azeite

2 colheres sopa de manteiga

sal e pimenta-do-reino a gosto

Purê de abóbora para acompanhar o camarão

Purê de abóbora para acompanhar o camarão

Modo de preparo:

Descasque a abóbora e corte em pequenos pedaços. Disponha em uma assadeira antiaderente, cubra com papel alumínio e asse em forno médio até que fique macia. Passe depois por um processador (se não tiver, use um espremedor de batatas).

Numa panela, frite a cebola no azeite, depois acrescente a manteiga. Quando derreter, junte o purê de abóbora, e ajuste o sal e a pimenta do reino. Está pronto para servir.

 

Se você gosta da culinária mexicana, aprenda a fazer um ótimo guacamole!

 

Guacamole

Conforme prometido, vou postar algumas das receitas do jantar mexicano que preparei há duas semanas atrás na casa de minha irmã, em Brasília. Começarei com um dos acepipes que servi para receber os convidados: o guacamole. Ele é o mais tradicional, e está presente na maioria dos pratos mexicanos. Muitas vezes ele é servido como acompanhamento de carnes e frangos.

Você pode servi-lo com “nachos”, como eu fiz. São biscoitos finos salgados do tipo “doritos”.  Eu mesma os preparei, mas se você estiver sem tempo, ou com preguiça, também estão à venda em supermercados. Só acho que os que são vendidos prontos são salgados demais…

Avocado e coentro, dois dos ingredientes do guacamole.

Então vamos lá. Após pesquisar em alguns sites de gastronomia, escolhi uma que me pareceu mais típica:

Guacamole

Ingredientes:

  • 2 avocados (abacate menor e com casca mais escura, utilizado pelos mexicanos. Se vc não encontrar, compre um do comum, de tamanho médio)
  • 1 cebola finamente picada (melhor ainda se for da roxa)
  • 2 tomates médios picados (retire as sementes antes)
  • 2 colheres sopa de coentro bem picado (quem não curte, pode substituir pela salsa)
  • suco de 1 limão
  • 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes, bem picadinha
  • 2 colheres sopa de azeite extravirgem
  • sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo:

Retire toda a polpa dos avocados e pique de forma que fiquem pedaços bem pequenos, ou então amasse com um garfo (os mexicanos fazem muito isto, amassam os avocados com um garfo ou num pilão). Junte todos os outros ingredientes, acerte o sal e sirva com os nachos.

Nachos com guacamole

Nachos com guacamole

Para os nachos, segui receita do blog Cozinhando para 2 ou 1, mas substituí a páprica defumada, que eu não sabia onde encontrar, pela páprica picante. Veja a receita abaixo:

Nachos

Ingredientes:

  • 1/4 xícara de farinha de milho fina (fubá)
  • 1/4 xícara de farinha de trigo
  • Água morna até dar o ponto (menos de 1/4 de xícara)
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher de sopa de páprica picante
  • Pimenta do reino a vontade

Modo de preparo:

Numa pequena tigela coloque as duas farinhas, sal, páprica e a pimenta. Acrescente a água morna aos pouquinhos até dar o ponto da massa. Ela fica compacta, sem grudar nas mãos. Deixe descansar uns 15 minutinhos. Abri a massa usando uma máquina dessas de macarrão, o que deixou meus nachos bem finos e crocantes. Você pode também utilizar um rolo comum, mas quando for abrir, coloque plástico embaixo e em cima da massa, para que não grude na mesa, nem no rolo. E abra o mais fino possível. Corte em triângulos e frite aos poucos, em óleo quente. Escorra, deixe esfriar e guarde em pote fechado até a hora de servir.

Os dois vão formar uma deliciosa dupla. Mas ficarão ainda mais saborosos se você servir uma margarita para acompanhar (drinque típico mexicano feito à base de Tequila).

Margarita de limão

Margarita de limão

Margarita

  • 3 doses de tequila (use medidor)
  • 1 e 1/2 dose de licor de laranja, tipo Cointreau
  • suco de 1 limão grande
  • gelo
  • açúcar (opcional)

Observação: As proporções dos ingredientes são muito variáveis, vai depender do gosto pessoal de cada um. Esta foi a que achei mais equilibrada.

Modo de preparo:

Passe (de leve!) uma fatia de limão na borda da taça, para umedecê-la, e depois encoste a borda num recipiente com sal (pode ser num prato), batendo para retirar o excesso.

Numa coqueteleira, coloque gelo, a tequila, o licor, o suco do limão, o açúcar (se quiser mais docinho) e agite bastante, para que fique bem gelado. Derrame apenas o líquido na taça (já com sal na borda). Sirva imediatamente!

Sua festa mexicana já pode começar!!!!

 

 

Jantar mexicano

Final de semana retrasado, mantendo a tradição, fui à Brasília para preparar um jantar em comemoração ao aniversário de minha irmã mais velha, Elizabeth. Ela pediu que fosse um “jantar tipicamente mexicano”, em homenagem a uma pintura adquirida por ela, representativa de um ex-voto (agradecimento a uma promessa feita a um santo) no caso, feito a San Pascualito (representado no México por uma caveira que leva uma coroa na cabeça) e que completava exatamente um século agora em 2015.

Ex-voto adquirido num antiquário, no México, completando 100 anos em 2015, e o "altar" que preparamos para ele ao lado da mesa onde o jantar foi servido

Ex-voto adquirido num antiquário, no México, completando 100 anos em 2015, e o “altar” que preparamos para ele ao lado da mesa onde o jantar foi servido

E assim foi feito!! O cardápio, que apresentarei a seguir, foi pesquisado com antecedência e até “ensaiado” para que na hora H não corrêssemos risco de dar errado. Mas devo dizer que foi um trabalho super prazeroso e totalmente recompensado!! Aprendo tanto em ocasiões assim! 🙂 Agradeço a minha irmã por esta oportunidade!!

Durante a véspera, fizemos todas as compras do jantar em supermercados e lojas especializadas em Brasília

Durante a véspera, fizemos todas as compras do jantar em supermercados e lojas especializadas em Brasília

Para receber os convidados, servi margaritas de limão e de manga. Deixei à disposição uma cestinha de “nachos” (biscoitos fritos salgados, tipo doritos) com pastinhas de “frijoles refritos” (uma espécie de tutu), geléia de pimenta, guacamole e “sour cream” (ou creme azedo).

Nachos e pastinhas mexicanas  para receber os convidados

Nachos e pastinhas mexicanas para receber os convidados

Em seguida, pedi que todos sentassem à mesa, que aliás, estava lindaaaa. Ela foi cuidadosamente arrumada por minha irmã e minha sobrinha Izabel. A casa estava toda enfeitada, cada detalhe foi pensado.

Detalhe na porta de entrada e a mesa decorada para o jantar

Detalhe na porta de entrada e a mesa decorada para o jantar

Servi então de entrada “camarones ao ajillo“, um prato típico, com camarões temperados com bastante alho, pimentas (três tipos), azeite e suco de limão. Acompanhou um purê leve de abóbora (ou jerimum, como se diz na minha terra).

"Camarones al ajillo", grelhados com bastante alho e três tipos de pimenta fresca

“Camarones al ajillo”, grelhados com bastante alho e três tipos de pimenta fresca

A esta altura, estavam já todos curiosos para saber qual seria o prato principal. Escolhi algo complicado de fazer, o “mole poblano”, um molho típico do interior do México, feito com mais de 20 ingredientes, em que cada família que o prepara dá seu toque pessoal, o que torna algo difícil de ser reproduzido. Além do que, alguns dos ingredientes, como as pimentas secas que eles têm por lá, não existem por aqui!!! Mas enfim, nada que a gente não consiga substituir né?!!… Lá eles preparam o molho e servem com frango ou peru, este último, principalmente em datas festivas. Minha irmã sugeriu substituir pela codorna e eu adorei o desafio, mas coloquei uma condição: teríamos que comprar já desossada. Para nossa grande sorte (graças a San Pascualito!!!) encontramos as bichinhas desossadas, e até conhecemos pessoalmente o seu desossador! Para acompanhar o mole poblano, fiz um arroz de nozes e amêndoas, e uma leve salada de rúcula, avocado (tipo de abacate) e tomate uva.

Codorna com "mole poblano", molho ícone mexicano que leva mais de 20 ingredientes

Codorna com “mole poblano”, molho ícone mexicano que leva mais de 20 ingredientes

De sobremesa, uma torta que faz sucesso aqui no meu blog: “pastel de tres leches“. Uma espécie de bolo pão de ló, embebido em um creme que leva “três leites” (leite condensado, creme de leite e leite em pó), e coberto com chantily e acompanhada de morangos e nozes. A diferença foi que servi em forma de “petit gateau”. Todos adoraram.

Torta "Tres Leches" de sobremesa

Torta “Tres Leches” de sobremesa

"Polvorones" de nozes, amêndoas e castanhas

“Polvorones” de nozes, amêndoas e castanhas

E não terminou por aqui!!! rsrsrs. Servimos o café com biscoitos também mexicanos, chamados “polvorones”. São bem amanteigados e levam nozes (também encontrei receitas desses biscoitos com canela, chocolate e baunilha). Eu fiz com um mix de nozes, amêndoas e castanhas. Aprovadíssimo.

Quanto aos vinhos, ao longo do jantar harmonizamos da seguinte forma: para a entrada, um vinho branco chileno, o Tamaya – sauvignon blanc. Para a codorna, preferi um vinho mais encorpado, o De Vanny, do tipo Bordeaux francês, afinal a ave tem um sabor mais forte e o mole poblano também. Na sobremesa, servimos um late harvest francês, o Monbazillac. Após o café, ainda degustamos licor de amêndoas Frascatti, produzido por um irmão meu que agora está morando em Recife.

Bebidas servidas ao logo do jantar: cerveja mexicana, tequila, vinho branco, vinho tinto, vinho de sobremesa e licor

Bebidas servidas ao logo do jantar: cerveja mexicana, tequila, vinho branco, vinho tinto, vinho de sobremesa e licor

Em breve, vou publicar algumas das receitas do jantar aqui no blog. Todas foram encontradas após vasta pesquisa que fiz aqui na internet. Claro que dei meu toque pessoal, e em alguns casos, tive que fazer adequações…

Eu e meu marido estivemos no México em 2008. Conheci lugares muito interessantes e tive grandes experiências gastronômicas. Vejam nos links abaixo:

Cidade do México, Cancún e Cozumel, Oaxaca, e Playa del Carmen

Todos os participantes do jantar mexicano

Todos os participantes do jantar mexicano

Oaxaca – México

Oaxaca (se pronuncia Uarráca) tem seu charme. É uma cidade que guarda uma herança forte do período colonial. As ruas do seu centro histórico são de pedra e as casas são tipicamente dos séculos 16 e 17, com terraços internos, fontes, arcos, colunas. As fachadas são coloridas, as janelas grandes, com grades de ferro trabalhadas. Lembrou-me um pouco o casario de Olinda…

Rua do centro histórico de Oaxaca - México

Rua do centro histórico de Oaxaca – México

oaxacaA cidade tem origem na antiga civilização Zapoteca, oriunda dos Olmecas… que remetem a alguns séculos antes de Cristo… enfim…  o mais interessante de tudo é que a influência cultural adquirida dos espanhóis conquistadores se misturou às suas origens indígenas, resultando em uma cidade culturalmente rica, bem preservada e que guarda a identidade de seus antigos moradores, com seus dialetos próprios, festas e tradições folclóricas, crenças, costumes e, felizmente, a gastronomia.

No dia que chegamos em Oaxaca, almoçamos num restaurante super bem localizado no Zócalo, num primeiro andar, com vista para a praça principal e sua catedral. O nosso garçom também era muito simpático e nos sugeriu de entrada “Tacos fritos de picadillo”, que são tacos recheados de carne de porco picada com “mole negro” ou “mole poblano”, molho feito com um chili típico do local. Eu diria que é um sabor exótico e que vale a pena experimentar. Li numa reportagem que leva mais de 20 temperos diferentes, inclusive chocolate (!!!!!). Tem um sabor ao mesmo tempo picante, doce e salgado. De principal, nos recomendou o “Plato de La Casa – Tasajo, enmolada, chile relleno, frijoles en pasta, guacamole, queso y cebolla asados”, ou seja uma mistureba de iguarias locais. O queijo assado é muito parecido com nosso queijo coalho e os frijoles, parecem muito com o nosso ‘tutu de feijão’, patrimônio mineiro.

"Tacos fritos de picadillo"

“Tacos fritos de picadillo”

"Plato de la casa"

“Plato de la casa”

Durante uma excursão que fizemos, visitamos uma instalação familiar de fabricação de tapetes, onde nos foi mostrado como extraem cores diversas da natureza (flores, caules, frutas, etc) para tingir a lã, retirada dos carneiros e depois transformam em tapetes e caminhos de mesa de cores e estampas pra lá de variadas.

Artesãos exploram as “tintas” da natureza para tingir os tapetes em Oaxaca

Também há uma bebida local chamada Mezcal, fabricada a partir da Agave (ou Maguey, uma espécie de cacto), cuja técnica de produção é milenar, e que passa pelo cozimento dos bulbos da planta (parecem grandes abacaxis), fermentação e posterior destilação. E tudo é ainda feito de modo artesanal. É nesta bebida que encontramos o famoso “verme” no fundo da garrafa, comprovando que seu teor alcoólico é capaz de conservá-lo intacto. Só não dá pra encarar comê-lo no finalzinho… Aaaaarrrrrrrrrrrgh!!!!!! Mas degustamos diversos licores de fruta (morango, coco, pêssego, manga…) , feitos com o mezcal e terminei por comprar um de “guanabana”, que nada mais é do que nossa querida graviola.

O “Mezcal” produzido em Oaxaca a partir da Agave

O “Mezcal” produzido em Oaxaca a partir da Agave

Tive oportunidade também de experimentar uns doces, num buffet turístico que fomos no dia em que realizamos a excursão fora da cidade. Não sei se era porque era restaurante “beira de estrada”,  mas nada me chamou a atenção. As sobremesas dos cardápios dos restaurantes, de um modo geral, não me atraíram. Há alguns sorvetes caseiros, tomamos inclusive um de uma fruta local (esqueci de anotar o nome!). Outra sobremesa que agora me vem à lembrança foi a que pedimos em um restaurante de frutos do mar, ainda na Cidade do México (onde, aliás, comemos mariscos frescos em molho apimentado e polvo empanado), que nada mais era que uma grande panqueca recheada com cream cheese, e acompanhada de rodelas de banana carameladas. Meus filhos irão adorar essa ideia!

Tortilla recheada com cream cheese, bananas carameladas e sorvete de creme

Tortilla recheada com cream cheese, bananas carameladas e sorvete de creme

Sorvete de fruta típica de Oaxaca

Sorvete de fruta típica de Oaxaca

Meu voo ainda não saiu e nem parece que vai sair tão cedo, portanto… vou aproveitar para tomar mais uma “Corona”!!!!!

Na Cidade do México – Parte 1

Monumento a la Independencia - Paseo de La Reforma, Cidade do México

Monumento a la Independencia – Paseo de La Reforma, Cidade do México

Chegamos na Cidade do México no sábado passado,  depois de uma longa e cansativa viagem, fazendo escala no Panamá. Primeira curiosidade observada enquanto estávamos no taxi para o hotel: 99% das pessoas andam nos carros com os vidros abertos, apesar da poluição externa e do calor insuportável. Sim, faz muito calor aqui durante o dia, surpreendentemente, pois estamos há mais de 2.000 m de altitude. Esfria um pouco durante à noite, mas durante o dia, o calor é pior que o do Rio! Peguei logo uma sinusite, uma tosse, estou toda congestionada. Esta é uma das cidades mais poluídas do mundo, e a população está chegando aos 10 milhões…

Primeiro lugar que exploramos na cidade, foi o Paseo de La Reforma (uma grande avenida, bem imponente, com belos prédios) e a Zona Rosa, bairro que está cheio de bares e restaurantes, tudo muito próximo ao hotel Eurostars Suites Reforma, onde ficamos. Ele fica a uns 600m da estação de metrô “Insurgentes”, é bem localizado, tem um bom café da manhã e está próximo também de um pequeno shopping.

Margaritas mexicanas autênticas

Margaritas mexicanas autênticas

Minha primeira refeição foi num pequeno restaurante que vi na Internet (www.dondeir.com), chamado Fonda El Refugio. Bem pequenininho, mas super aconchegante e com um serviço muito simpático. Aliás, os serviços de restaurante aqui, de uma maneira geral, são bons. O garçom nos ofereceu logo uma “margarita”, que estava muito boa. E para acompanhar, pedimos dois “antojitos” (que são as entradas): guacamole e sopes (tigelinhas de massa de milho fritas, com recheios diversos). O guacamole veio como um purê, com coentro e cebola picada, acompanhado de nachos crocantes. Os molhos chili (sempre um vermelho, outro verde) vem à parte. O preparo é diferente do guacamole que costumo comer no Brasil, mas muito saboroso. Depois descobri que o abacate que eles usam pra guacamole é totalmente diferente do nosso, é pequeno e bem escuro. O nosso “é sem gosto” como disse um mexicano.

O “verdadeiro” guacamole mexicano, com nachos bem crocantes

O “verdadeiro” guacamole mexicano, com nachos bem crocantes

Nossas sopes vieram com frango desfiado e molho verde apimentado por cima (jalapeno). Estavam muito boas. E de principal eu comi um carneiro desfiado com uma salada de cacto (!!!!!). Eles comem muito esse troço! Eu havia lido sobre, mas custei a acreditar. No sertão brasileiro, damos ao gado. Experimentei e não gostei muito. Não tem muito gosto, na verdade. Comi o carneiro, que estava muito macio, enrolado nas tortilhas quentinhas (espécie de pão redondo, como o árabe, feito de farinha de milho) e os molhos de pimenta.

Carneiro desfiado com (argh!) cacto...

Carneiro desfiado com (argh!) cacto…

Mexicana prepara tortilhas na Casa de Las Sirenas

Mexicana prepara tortilhas na Casa de Las Sirenas

Dia seguinte, domingo, fomos para a área mais importante, que é o centro da cidade, chamado “Zócalo”. A praça é uma das maiores do mundo e a Catedral é a maior igreja da América Latina. Depois de visitarmos a Catedral e o Templo Mayor (ruínas de um templo construído pelos Astecas, nos séculos 14 e 15), fomos a outro restaurante indicado pelo site (e pelo meu guia da Folha de São Paulo), “La Casa de Las Sirenas” (A Casa das Sereias). Primeiro que o lugar era um charme, segundo que a comida e o serviço foram de primeira qualidade e terceiro, o preço foi fantástico!! (pagamos na faixa de R$ 150,00). Aliás, aqui no México estamos comendo bem, pela metade do preço dos restaurantes do Rio…

Então. Aceitei logo a sugestão do garçom de tomar uma margarita de manga. Que era aquilo??!!! Uma delíííícia. Sem exagero. Aliás, ela veio bem exagerada, enorme! Saí de lá “borracha”, rsrsrs.

Margarita de manga, com sal e chili na borda

Margarita de manga, com sal e chili na borda

Pedi um prato bem leve de almoço: trilogia de ceviches (camarão, polvo e peixe branco). Muitíssimo saboroso. Claudinho foi num pato com molho de tamarindo, que só pecou porque o pato estava bem passado, mas o molho estava excelente.

"Trilogia de Cebiches"

“Trilogia de Cebiches”

Pato ao molho de tamarindo e purê de abóbora

Pato ao molho de tamarindo e purê de abóbora

Tenho observado aqui no México uma imensa quantidade de barracas de comidas pelas ruas, seja em regiões mais populares, ou em áreas mais nobres, você vai andando e sentindo cheiros diversos, de carnes fritas, de pão, de tortillas, de tantas coisas. E as pessoas costumam comer na rua mesmo, muitas vezes em pé,  no calor, no tumulto. Eu e Claudio temos evitado comer na rua, com medo de passarmos mal, e terminar estragando a nossa viagem, mas acredito que sejam sabores mais autênticos.

Tem mais dicas do México pra vocês!! Lugares imperdíveis:

Hasta la vista!!!!

Aahh! uma observação: algum tempo depois que voltei do México, preparei um jantar mexicano em casa de minha irmã em Brasília e que foi um sucesso. Fiz um post sobre o jantar e publiquei algumas receitas, seguem os links…