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San Diego – Califórnia

De Santa Barbara a San Diego são 350km. Fizemos por dentro e não pela costa, para fugirmos do trânsito em Los Angeles. Primeira parada nossa foi na Mission San Juan Capistrano, conhecida como a “pérola das missões”. Seu pátio interno e jardins são muito bonitos. Há ambientes recriados, como a cozinha, despensa, sala de leitura, aposentos dos padres. A igreja original foi destruída num terremoto, mas existe uma capela intacta.

Mission San Juan Capistrano, Califórnia

Mission San Juan Capistrano, Califórnia

Quase em frente à entrada da Missão, há diversos restaurantes. Escolhi um italiano. Ficamos no ambiente externo, protegido apenas com um telhado feito de algum material cor-de-rosa, de forma que nossos pratos ficaram todos no mesmo tom do telhado… Mas o sabor estava fantástico! Pedi inclusive o prato especialidade do chef da casa, o italiano Pasquale: um “rotelle di pasta” (rondele com presunto e molhos bechamel e de tomate). Claudio preferiu um “gnocchi speck e gorgonzola” (com presunto cru crocante e molho gorgonzola), que ele achou “razoável” (disse que o meu era melhor, rsrsrs). De entrada um pãozinho da casa com uma tapenade de azeitona preta com alcaparras, deliciosa.

Pratos do restaurante Ciao Pasta, em San Juan Capistrano

Pratos do restaurante Ciao Pasta, em San Juan Capistrano

Passamos esta noite e a seguinte hospedados na casa de uma amiga minha, em Encinitas, a 40km de San Diego. Somente no dia seguinte fomos conhecer a cidade. Na verdade, fomos apenas ao Zoo (para mim foi programa obrigatório, pois adoro animais) ao “Gaslamp Quarter”, no centro da cidade, e “Old Town – El Pueblo”, região antes habitada pelos mexicanos. Neste local, eles recriaram um ambiente da época, com casas lindas de madeira, dessas que vemos nos filmes de faroeste. Há também museus, muitas lojas de artesanato do México e restaurantes típicos.

Panda no Zoo de San Diego, prédio do Gaslamp Quarter, artesanato mexicano e casa típica em Old Town

Panda no Zoo de San Diego, prédio do Gaslamp Quarter, artesanato mexicano e casa típica em Old Town

Seguimos a dica de minha amiga e escolhemos o Fred’s – Mexican Cafe. Pedi de entrada uma “margarita” (enorme!!!) e um guacamole com nachos. Depois uma sopa que estava deliciosa, com uma mistura incrível de ingredientes. De principal, pedimos “fajitas” (uma chapa, com carnes de boi, frango e camarão grelhados). Tudo muito bom. Do lado da nossa mesa, uma moça assava as tortillas na hora. Os acompanhamentos dos pratos eram os tradicionais: arroz, feijão e tortillas quentinhas.

Almoço no Fred's Mexican Cafe, em Old Town -  San Diego

Almoço no Fred’s Mexican Cafe, em Old Town – San Diego

Vinho que tomamos em Encinitas, delicioso

Vinho que tomamos em Encinitas, delicioso

Na última noite em Encinitas, fomos para a cozinha com nossos amigos, preparamos uma macarronada de camarão e tomamos um ótimo vinho que eu havia encontrado nas prateleiras de um Walmart, o Francis Coppola Claret – Cabernet Sauvignon – 2013 (ao lado).

No dia seguinte seguimos viagem até Los Angeles (Santa Mônica). Contarei tudo na semana que vem!!

E se você ainda não leu meus posts sobre São Francisco, ainda dá tempo! Clique abaixo:

São Francisco – Parte 1

São Francisco – Parte 2

Gosta muito de vinhos?! Leia meu post sobre Napa Valley – Califórnia.

Highway 1 – De Carmel a Santa Bárbara

Highway 1 - Início do trecho entre Carmel e Santa Barbara

Highway 1 – Início do trecho entre Carmel e Santa Barbara

Este foi um dos dias mais fantásticos que tivemos na Califórnia. Anote aí: entre Carmel e Santa Bárbara há o mais belo trecho de praias do estado. Além do mais, Santa Bárbara é encantadora!

Saímos cedo de Carmel, o tempo estava pavoroso (frio e nubladão). Nesta hora, me deu um desespero imenso, pois eu sabia que passaríamos pelos trechos mais bonitos da Highway 1. Senti até um desânimo. Mas a partir das 11h da manhã, o sol apareceu e permaneceu até o último minuto do dia!!!

Primeiro lugar importante que paramos foi na bela Bixby Creek Bridge. Na verdade, um viaduto em arco, beira-mar, sobre os penhascos, construído em 1932. Super interessante! E a vista linda.

Highway 1 -

Highway 1 – Bixby Creek Bridge, viaduto construído sobre os penhascos

Pouco depois, chegamos na Julia Pfeiffer, uma das praias mais bonitas que já vi na vida. E olha que não conheço poucas, pois já estive em Noronha, Cancún, Cozumel e quase todo o litoral do nordeste do Brasil, do Espírito Santo e do Rio de Janeiro (sem falar nas praias da Europa, como Espanha, França e Itália…). Para conseguir apreciá-la a partir de uma trilha suspensa (não é permitido entrar na praia) é preciso estacionar o seu carro dentro do Julia Pfeiffer Burns State Park (parque estadual que inclui esta praia e mais uma imensa área de preservação). Lá você paga $10 e tem direito a olhar a praia e fazer trilhas pelo parque, que também possui áreas para piqueniques. Observem na foto uma pequena cachoeira, cujas águas caem na praia, um sonho não?!

Highway 1 – Praia Julia Pfeiffer, entre Carmel e Santa Barbara

De lá, íamos direto para o Hearst Castle, mas vimos uma praia surpreendente: centenas de elefantes-marinhos tomavam sol e descansavam tranquilamente. Ficamos pasmos!! Eram muuuuitos!! Obviamente, não era permitido entrar na praia, nem se aproximar dos bichinhos, afinal, são selvagens e estão lá há anos, portanto, a praia era toda deles!!

Elefantes marinhos tomam sol em praia da Highway 1

Elefantes marinhos tomam sol em praia da Highway 1

Então fomos ao Hearst Castle, uma mansão incrível, contruída por um milionário excêntrico, magnata da imprensa americana (ele teve 28 jornais, não sei quantas revistas, além de cadeias de rádio e até uma produtora de cinema). Costumava receber em seu castelo estrelas famosas, como por exemplo Charles Chaplin. É uma mansão exuberante, com duas belas piscinas (uma coberta e outra ao ar livre), localizada no alto de uma montanha e com incríveis vistas para o Pacífico.

Hearst Castle, entre Carmel e Santa Barbara

Hearst Castle, entre Carmel e Santa Barbara, na Highway 1

Por fim, demos uma acelerada até Santa Bárbara com o intuito de alcançar o pôr-do-sol (você tem que ir até a praia e correr até o final do píer para apreciar melhor). Chegamos na hora exata! Por sorte, nosso hotel (Franciscan Inn) ficava próximo à praia. Aliás, um bom hotel, bem localizado, quartos confortáveis, oferecia café da manhã razoável, principalmente considerando que nos Estados Unidos os cafés são sofríveis :|.

Pôr-do-sol no píer de Santa Barbara, na Califórnia

Pôr-do-sol no píer de Santa Barbara, na Califórnia

Não tive neste dia qualquer tipo de “experiência gastronômica” que valha a pena registrar aqui. Em compensação, deixo meu relato de um dia realmente especial. E minha viagem não terminou ainda!!

Você já leu meu post sobre o Yosemite Park? E sobre São Francisco?!

Não deixe de ler também o outro trecho de São Francisco a Carmel pela Highway 1!!

 

Highway 1 – De São Francisco a Carmel

Em algum lugar da Highway 1, entre São Francisco e Monterey

Em algum lugar da Highway 1, entre São Francisco e Monterey

Voltando aos meus relatos de viagem…

Deixamos São Francisco rumo à Carmel, pela tradicional Highway 1, a rodovia que cruza praticamente toda a Califórnia, sempre beirando o mar. Fizemos o trecho de São Francisco até San Diego, em três dias. No primeiro dia fomos até Carmel; no segundo, até Santa Bárbara; e no terceiro e último, até San Diego.

No caminho para Carmel, paramos em Monterey para almoçar, daí escolhi o Fisherman’s Wharf, que da mesma forma que em São Francisco, o píer reúne um punhado de bons restaurantes de frutos do mar. Mais uma vez usei o meu faro e escolhi o Big Fish Grill bem no final do pier, com belas vistas do mar e do porto. Ainda tivemos que esperar uns 15min no bar do restaurante, o que não foi nenhum sacrifício, pois pude saborear tranquilamente uma Budweiser gelada. Nos deram depois uma mesa na janela, não poderia ter sido melhor.

Fisherman's Wharf de Monterey e restaurante Big Fish Grill

Fisherman’s Wharf de Monterey e restaurante Big Fish Grill

O prato mais famoso da casa é o “Big Fish Cioppino”, uma grande mistura de frutos do mar no molho de tomate, servido com pães tostados com alho. Uma delícia!!!! Adorei. Meu marido preferiu um peixe mais comportado (Swordfish Steak), com purê de batatas e molho de lagosta e estragão (erva muito utilizada para temperar peixes e frutos do mar).

Peixe grelhado ao molho de lagosta e estragão, e o menu do Big Fish Grill

Peixe grelhado ao molho de lagosta e estragão, e o menu do Big Fish Grill

O "Big Fish Cioppino", carro-chefe da casa.

O “Big Fish Cioppino”, carro-chefe da casa

Ainda em Monterey, fomos até o Lover’s Point, um local bem bonito, com um pequeno parque à beira mar, com belas rochas e muitas gaivotas. Pena que neste momento o sol não estava ajudando muito…

Lover's Point, em Monterey

Lover’s Point, em Monterey

De Monterey, fomos até Carmel, onde pernoitaríamos. Fiquei encantada com nossa pousadinha! The Sandpiper Inn, super charmosa (os quartos só são um pouco apertadinhos). Num bairro de casas lindas, bem próxima à praia. Como chegamos no final do dia, nos ofereceram um delicioso “chá da tarde”, com biscoitos diversos e um vinho do Porto que ataquei de imediato, rsrs. Afora que estava relativamente frio e a lareira estava acesa…

Pousada Sandpiper Inn em Carmel. Um charme só!

Pousada Sandpiper Inn em Carmel. Um charme só!

Deixamos nossas malas no hotel e fomos direto até a Missão Carmel, uma das 21 missões construídas na Califórnia pelos franciscanos espanhóis entre 1683 a 1834, de Sonoma até San Diego, com o objetivo de catequizar os índios. O Padre Junípero Serra foi quem construiu a maioria delas. A missão Carmel foi construída em 1770 e é em sua igreja que está sepultado o Padre Junípero.

Praia de Carmel e Missão Carmel, fundada em 1770

Praia de Carmel e Missão Carmel, fundada em 1770

Nem tivemos oportunidade de curtir um pouco a praia. Até porque a água pode ser azul, cristalina e tal, mas é absurdamente gelada!

Já leu meus posts sobre São Francisco?! Foram dois: São Francisco – Califórnia e São Francisco – 2ª Parte

Você tem um lado aventureiro?! Então leia meu post sobre o Yosemite Park.

No próximo post, não perca o segundo trecho da Highway 1, entre Carmel e Santa Bárbara!!

São Francisco – 2ª parte

Então, não dava pra ser num post só. São Francisco merece mais, rsrs.

Neste terceiro e último dia em São Francisco fomos conhecer o centro da cidade, começando pela Union Square. É perto dali que partem os famosos bondinhos que sobem e descem as ladeiras da cidade. Não quis enfrentar a fila, senão seriam 2 horas perdidas. Chegue cedo se quiser passear no bondinho!

Bondinho no centro de São Francisco, próximo à Union Square

Bondinho no centro de São Francisco, próximo à Union Square

Seguimos então pela Market Street até o Ferry Building, antigo terminal marítimo, restaurado e transformado em mercado gastronômico. Eu sabia que era dia de feira livre lá, quando diversos chefs de cozinha vão fazer compras para seus restaurantes. Há de tudo. Na parte interna do mercado, boxes diversos vendem comidas rápidas, ingredientes diversos, como cogumelos, pães especiais, massas caseiras, queijos artesanais, temperos, frutos do mar frescos, utensílios para cozinha, louças, etc. Um paraíso para gourmets e gourmands!!!!!

Farmer Market

Ferry Building Marketplace, em São Francisco

Decidimos almoçar em Chinatown, pois o Market estava bastante lotado. Fomos caminhando até a Grant Avenue, onde tem o portal de entrada para bairro chinês. Nesta rua há uma infinidade de lojinhas onde se vende de tudo. Comprei um relógio para meu filho e aproveitei para pegar uma dica de restaurante com a mocinha que me atendeu. Eu falei pra ela que queria um pato laqueado. Ela nos indicou o “Peninsula – Seafood Restaurant“, próximo dali.

Bairro de Chinatown, em São Francisco

Bairro de Chinatown, em São Francisco

O restaurante era absolutamente típico, frequentado apenas por chineses. Nem talheres existiam lá. Primeira coisa que eles servem quando você chega é um chá verde fumegante. De entrada, pedimos os rolinhos primavera. O sabor era diferente do nosso aqui no Brasil. No recheio havia cogumelos o que dava um sabor mais característico. De principal, o pato laqueado. Ele foi servido já cortado em pedaços, com pães cozidos no vapor, molho tipo teriaki e cebolinha. O problema foi comer o pato sem garfo e faca, rsrsrs. Como ele estava com osso e só tínhamos pauzinhos foi complicado!! Mas terminamos conseguindo comer o pato. E estava ótimo.

Rolinhos Primavera do Península, em Chinatown

Rolinhos Primavera do Peninsula, em Chinatown

Pato laqueado no Peninsula, em Chinatown

Pato laqueado no Peninsula, em Chinatown

Como sobremesa, resolvemos ir até a Ghirardelli, famosa chocolateria de São Francisco, experimentar o sundae, que segundo dica de um amigo, era imperdível. Eu nunca fui muito fã de sorvete não, mas como gosto de conhecer as iguarias típicas, lá fui eu… aiiiiii meu Deus!!!! E não era que o danado do sundae era simplesmente fantástico!!!! Além de lindo, delicioso. Não percam por nada neste mundo!!!

Sundae da Ghirardelli, imperdível

Sundae da Ghirardelli, imperdível

Em frente à Ghirardelli, na Market Street, em São Francisco

Em frente à Ghirardelli, na Market Street, em São Francisco

Você já leu o primeiro post que publiquei sobre São Francisco? Veja aqui.

E os outros posts sobre a Califórnia?! Veja abaixo:

Yosemite Park, Napa Valley

 

 

 

São Francisco – Califórnia

A cidade de São Francisco merece um post só pra ela. Talvez dois, quem sabe três, hahaha… vamos ver…

Sem dúvida, a cidade mais atraente que conheci na Califórnia. Ela tem muito charme. Muitas opções de lazer, muitos restaurantes maravilhosos e um povo bem simpático, descontraído. Passamos três dias e diria que vimos o essencial. Não fiz o tour tradicional até a ilha de Alcatraz, mas não podemos ver tudo né?!! Tem que ficar com aquele gostinho de “tenho que voltar”. Preferi gastar um bom tempo só curtindo os graciosíssimos leões marinhos no Pier 39, local que está sempre apinhado de turistas, e onde você encontra muitos restaurantes, bares e lojinhas de souvenirs. E até uma feira de frutas locais. Enlouqueci com os lindos morangos e cerejas.

Pier 39, São Francisco

Pier 39, São Francisco

Dali a alguns metros de distância, você chega no Fisherman’s Wharf, um local também repleto de restaurantes. Muitos frutos do mar frescos, preparados na hora, são expostos em balcões que dão para as calçadas, de modo a seduzir os clientes. Como já havíamos almoçado em Berkeley, fiquei só na vontade… rsrs.

Fisherman's Wharf em São Francisco

Fisherman’s Wharf em São Francisco

Golden Gate Bridge

Fort Point e a Golden Gate Bridge

No segundo dia, fiz em São Francisco um dos passeios mais legais de toda a viagem. Fomos de bicicleta até Sausalito, cidadezinha que fica do outro lado da Ponte Golden Bridge. Você pode alugar uma bike numa das diversas opções próximas ao Fisherman’s Wharf.

Alugamos duas bikes com a San Francisco Bicycle Rentals, $25 por pessoa, para passar o dia inteiro com elas. Mas nosso passeio durou umas 2 horas. Saímos pela beira-mar, atravessando o Marina District, o parque do Presídio, até Fort Point, aos pés da Ponte Golden Gate.

Dali começa uma boa subida, até o mirante da Ponte, onde começa então a nossa travessia até o outro lado. Daí pegamos a beira-mar outra vez e chegamos em Sausalito, dessas cidadezinhas que parecem viver do turismo, com uma rua super charmosa, cheia de boutiques finas, restaurantes e hotéis. Há uma marina de onde saem constantemente barcos que levam o ciclista de volta até São Francisco (Pier 39).

Restaurante Scoma's em Sausalito

Restaurante Scoma’s em Sausalito

Quando chegamos em Sausalito, estávamos famintos. Deixamos as bikes em estacionamento próprio e saímos caminhando. Segui meu faro infalível e escolhi um “restaurante-pier” chamado Scoma’s, em cima, literalmente, da baía. Seu cardápio era enxuto e com opções de sanduíches leves. Pedi uma Sierra Nevada (cerveja da Califórnia mesmo), ótima. Para comer, Cláudio escolheu um “crab cake burger”, ou hamburguer de “caranguejo”; eu fui num sanduíche de atum, o “seared ahi tuna sanduwich”. O peixe é apenas levemente grelhado. Vem acompanhado de salada de repolho com maionese de wasabi, e fatias finíssimas de gengibre (parecidas com aquelas servidas em restaurantes japoneses). Vejam o “lunch menu” abaixo…

Menu do Scoma's e a cerveja californiana Sierra Nevada

Menu do Scoma’s e a cerveja californiana Sierra Nevada

sausalito

O Crab Burger e o Tuna Sandwich, do Scoma’s em Sausalito

Lombard Street, em São Francisco

Lombard Street, em São Francisco

Pegamos um ferry de volta até o Pier 39, visitamos o Japanese Tea Garden, no Golden Gate Park, depois fomos na Lombard Street, no famoso trecho onde ela faz um zigue-zague, e que lhe deu o título de “rua mais sinuosa do mundo”.

Não percam o próximo post com mais dicas imperdíveis de São Francisco!

Se ainda não leram os outros posts que fiz sobre a Califórnia, cliquem abaixo:

Yosemite Park, Napa Valley e Berkeley

Restaurante árabe em Berkeley

Dando continuidade a nossa maravilhosa viagem para a Califórnia, vou aqui falar brevemente de um excelente restaurante que fomos em Berkeley, cidade localizada na costa leste da Baía de São Francisco, famosa por sua universidade, fundada em 1868, uma das melhores do mundo e prestigiadíssima.

Interior do Restaurante Zatar, em Berkeley

Interior do Restaurante Zatar, em Berkeley

Mas nem fui em Berkeley para ver a universidade, fui pra escolher um de seus restaurantes para almoçar, já que ela também é famosa por isto! Deixamos o carro numa de suas ruas residenciais e andamos até a Shattuck Avenue, onde há muitas lojinhas e restaurantes simpáticos, de todas as nacionalidades. Simpatizei imediatamente por um árabe, quase esquina com a University Avenue. Minha escolha foi muuuito acertada!!!

Chamava-se Zatar. Seu dono, chamado “While”, era natural de Bagdá. Conversadoooooooooorrr, hahaha. Meu marido queria uma coca-cola, ele disse que lá não eram vendidas essas bebidas americanas que fazem mal à saúde, e sugeriu uma limonada feita na hora. Estava uma delícia, realmente muito melhor que do que a coca, rsrs.

Pedimos um cordeiro grelhado. O que era aquilo?!! Tava muito saboroso!! Macio, bem temperado e acompanhado de homus tahine, arroz jasmine, salada de folhas frescas, molho de iogurte e pão folha (pão árabe super fino) tostado com azeite e zátar (ou zattar – mistura de especiarias utilizado como tempero, originário do Oriente Médio). O arroz tinha um sabor perfumado, perguntei do que se tratava e ele me falou que era devido ao “cardamomo” – uma especiaria proveniente da Índia e depois difundida pela Europa – que havia sido utilizada para saborizar o arroz, huuuuummmmm… Comprovem abaixo que beleza de prato!

Cordeiro do Restaurante Zatar em Berkeley

Cordeiro do Restaurante Zatar em Berkeley

Berkeley

Se você quiser aprender a fazer uma pasta de grão de bico (homus tahine) da qual falei acima, confira aqui. É uma excelente opção para receber amigos em casa. Faço sempre!

Para fazer as torradas que acompanham a pastinha de grão de bico, corte o pão árabe em fatias pequenas, pincele de azeite, salpique um pouco do zátar e doure no forno. Fica excelente.

O “zátar” pode ser encontrado nas Casas Pedro, assim como o pão árabe. Há opção também de comprar o zátar (zattar) da “Cia das Ervas“, vendido em alguns supermercados.

E se você está se programando para ir à Califórnia, veja algumas dicas nos meus posts anteriores (abaixo):

Yosemite Park

Napa Valley

Napa Valley – Califórnia

Plantação de uvas em Napa Valley

Plantação de uvas em Napa Valley

Napa Valley é uma região vinícola situada ao norte da Califórnia, próxima a São Francisco. O clima e a geologia da região (cercada de montanhas) é propício para o plantio de uvas, principalmente dos tipos “chardonnay”, “pinot noir”, “cabernet sauvignon” e “zinfandel”, entre outras. Em 1976 a região ficou mundialmente conhecida devido ao famoso “Julgamento de Paris”. Na ocasião, um comerciante inglês, que possuía uma loja de vinhos em Paris, organizou uma degustação feita “às cegas”, entre vinhos franceses e californianos, escolhendo a dedo, para serem os jurados, os mais renomados degustadores de vinhos que havia na França. Escolheu também, para a competição, vinhos franceses de renome, como por exemplo o “Château Mouton-Rothschild”. Na competição, foram selecionados vinhos tintos e vinhos brancos,

"Tiger Prawns" - prato tailandês

“Tiger Prawns” – prato tailandês

julgados separadamente. Para a surpresa de todos, eis que os vinhos vencedores foram, em ambos os casos (tinto e branco), californianos!!! O branco vencedor foi o Chateau Montelena Chardonnay 1973, e o tinto foi o Stag’s Leap Wine Cellars Cabernet Sauvignon 1973. Este evento deu um grande impulso à indústria vinícola da região de Napa e abriu as portas para os vinhos do Novo Mundo.

Chegamos em Napa no final da tarde, fomos direto para nosso hotel (Blackbird Inn), que por sinal era muito simpático e aconchegante. Atendimento familiar. Dava para ir a pé até a rua dos restaurantes e hotéis (Main Street). Adivinhem para quem sobrou a tarefa de escolher um restaurante para jantarmos??!! Euzinha, rsrs. Escolhi um tailandês, porque adoro comida tailandesa, chamava-se “Mango on Main – Bangkok Street Food“. O simpático dono, que era natural de Bangkok, nos sugeriu os “tiger prawns”: camarões grandes com molho agridoce feito com chili (pimenta), curry, castanhas e alguns legumes. Estava excelente. Pedimos uma taça de vinho californiano “cabernet sauvignon” para acompanhar. De sobremesa, um excelente crème brûlée de gengibre, interessante não?!! 😛 Estava incrível. Custo: $66,00, já com a gorjeta!

Crème brûlée de gengibre

Crème brûlée de gengibre

Dia seguinte tiramos o dia inteiro para explorar as vinícolas do Napa Valley, cruzando diversas cidadezinhas, repletas de lojas de vinhos e bons restaurantes, tais como Yountville, Oakville, Santa Helena e Calistoga. Nossa primeira parada foi na vinícola Robert Mondavi, em Oakville.

Vinícola do Robert Mondavi em Oakville - Califórnia

Vinícola do Robert Mondavi em Oakville – Califórnia

Falar em Napa Valley é falar em Robert Mondavi, um dos mais importantes viticultores da região. Ele foi responsável pelas inovações que levaram os EUA a entrarem no mapa das grandes regiões vinícolas do mundo, elevando a qualidade dos vinhos produzidos ali. Fizemos o tour em sua vinícola para conhecermos de perto as suas instalações e achei muito instrutivo, bem organizado, e de muito boa a qualidade dos vinhos servidos. A lojinha deles, ao final do tour, é maravilhosa!

Barris de vinhos tintos da Robert Mondavi Winery e vinhos degustados no tour

Barris de vinhos tintos da Robert Mondavi Winery e vinhos degustados no tour

Depois visitamos a Château Montelena, a vinícola que produziu o chardonnay que venceu o julgamento de Paris, em 1976. Lá não havia tour, apenas degustação. Experimentamos uma sequência de 5 vinhos, todos maravilhosos, inclusive o Chardonnay. Mas o maior destaque ficou por conta do Cabernet Sauvignon Montelena State 2011. Só para se ter uma ideia, o preço da garrafa estava em $150… Só numa degustação dessas eu teria oportunidade de experimentar um vinho desse calibre, hehehe. Ah! Achei linda a fachada da vinícola!

Château Montelena e os vinhos que degustamos, o cabernet sauvignon

Château Montelena e alguns dos vinhos que degustamos

Passamos ainda por mais duas regiões próximas, a Russian River Valley e a Sonoma Valley, todas lindas e com excelentes vinícolas. Acreditem, mas ainda tivemos estômago para mais uma degustação na DeLoach Vineyards onde, de quebra, compramos um “pinot noir”. Ele está bem guardado em minha adega esperando por uma ocasião muito especial para ser aberto… 😉

Vinhos degustados na DeLoach Vineyards, Russian River Valley - Califórnia

Vinhos degustados na DeLoach Vineyards, Russian River Valley – Califórnia

Caso queiram ver o primeiro post que fiz sobre esta viagem à Califórnia, entrem no link abaixo:

Yosemite Park – Califórnia

Califórnia – Yosemite Park

Meu roteiro de viagem à Califórnia

Meu roteiro de viagem

Quando decidimos há um ano atrás viajar para a Califórnia, comprei de imediato um guia completo e comecei a estudar um roteiro e definir as prioridades. A Califórnia é um dos maiores estados americanos, em termos de superfície, e o mais populoso. Ele tem uma geografia extremamente interessante, com uma imensa costa dando para o Pacífico.

Aquela região foi primeiramente explorada e colonizada pelos espanhóis, posteriormente tornou-se parte do México e por fim, voltou a pertencer aos EUA a partir de 1850. A influência mexicana na cultura deles (inclusive culinária) é bem visível, principalmente nas cidades do sul, como Los Angeles e San Diego.

Fiz então um roteiro partindo de Los Angeles (onde alugaríamos um carro), passando primeiro pelo Sequoia & Kings Canyon Park, depois o Yosemite Park, Napa Valley, San Francisco, e descendo pela Highway One, passando por Carmel, Santa Barbara, San Diego, e depois voltando a Los Angeles. A partir deste momento, pegaríamos um avião em LA para Las Vegas, de onde partiríamos até o Grand Canyon de carro, depois voltando para Las Vegas, de onde pegaríamos o voo de volta para o Rio de Janeiro. Perfeito. Para ser feito em 23 dias (saída dia 01/05 com chegada no dia 24/05).

Yosemite Park

General Sherman – a maior árvore do mundo (em volume)

Primeira parada: Sequoia Park e Yosemite Park. Dois lugares impressionantes (para amantes da natureza). Ambos imperdíveis. O primeiro, pelas majestosas sequoias gigantes, como a General Sherman, que mede 84m de altura (um prédio de 28 andares aproximadamente). É a maior árvore, em volume, do mundo, mas no parque há árvores mais altas, com mais de 100m. O diâmetro de sua base tem 11 metros e sua idade é estimada em 2.500 anos. Incrível não?!

Já o Yosemite Park, não há palavras suficientes para traduzir a sua beleza. É preciso ir até lá e conferir. É simplesmente espetacular. Nos hospedamos no Cedar Lodge, que é muito conveniente, pois fica próximo a entrada do parque. Saímos do hotel antes das 8h da manhã e passamos um dia inteiro lá, mas ficamos frustrados porque foi muito pouco tempo!!! As melhores trilhas são longas, podem durar o dia inteiro, portanto o ideal é ficar lá por pelo menos três dias, para aproveitar melhor. Há um serviço ótimo de ônibus circular dentro do parque que deixa os turistas nos pontos iniciais das trilhas, e que passa pelo “Visitor Center”, onde todas as informações sobre o parque poderão ser obtidas.

Pouco depois da entrada do parque, nos deparamos com o famoso “El Capitan“, uma incrível montanha rochosa de 910m, praticamente vertical, onde muitos audaciosos fazem escaladas, considerada uma das mais difíceis do mundo.

Yosemite Park

El Capitan – Yosemite Park

Deixamos o carro no estacionamento da Yosemite Village e fomos até o Visitor Center. A partir das informações que tivemos lá, escolhemos os pontos de interesse mais fáceis de alcançar, porque tínhamos pouco tempo. A primeira trilha que fizemos foi para a Lower Yosemite Fall (há uma trilha mais longa até a Upper Yosemite Fall que ficamos com muuuuita vontade de fazer!). Curtinha e fácil, a visão da cachoeira é linda, e divide-se em duas grandes quedas (a Upper e a Lower). Ao sairmos de lá, avistamos a incrível montanha denominada “Half Dome“, ao longe.

Yosemite Park

Yosemite Falls

Yosemite Park

Half Dome – Yosemite Park

Daí fomos fazer a trilha da “Vernal Falls“, uma fantástica cachoeira. A trilha é difícil, porque há muita subida, tem que ter fôlego! Ida e volta até a cachoeira são 4,5km. Vale muito a pena!! E quando fui, dei sorte, ela estava com bastante água. Que visão!! Queríamos continuar a trilha até a Nevada Falls, mas devido ao pouco tempo, voltamos.

Yosemite Park

Vernal Falls

Agoooora é que começa a parte gastronômica!!!! Fomos até o lindo Hotel Ahwahnee, que fica dentro do parque, bem pitoresco e sofisticado (o ônibus circular leva o visitante até a porta). Entramos em seu lindo restaurante e fomos acomodados ao lado de uma janela que dava para os jardins. Pedimos inicialmente um vinho branco, para refrescar depois de tantas caminhadas.

Yosemite Park

Hotel Ahwahnee, dentro do Yosemite Park

Minha escolha foi de uma truta empanada, que estava um pouco gordurosa demais para meu gosto, acompanhada de um arroz de alecrim e legumes. A de Claudio foi um hamburguer de porco com maionese de batata. Estavam bons, nada excepcional. O melhor de tudo foi o crème brûlée… huuuummmmmm! O custo ficou em $72,00 já incluídos os 10% que pagamos por fora.

Almoço no Hotel Ah

Almoço no Hotel Ahwahnee, no Yosemite Park

Crème brulée do Hotel Ah

Crème brûlée do Hotel Ahwahnee

Após nosso almoço, fizemos uma outra trilha, a do “Mirror Lake“, bem mais tranquila. O lago fica aos pés do Half Dome. Depois voltamos até o estacionamento, pegamos o carro e fomos até o “Tunnel View“, de onde se tem um ângulo de visão fantástico do vale do Yosemite.

Yosemite Park

Mirror Lake (à esq) e Tunnel View

Arriscamos então continuar a estrada até o Glacier Point (estávamos com medo que escurecesse antes de chegarmos lá). Foi uma escolha acertadíssima. A vista deste lugar é indescritível. Há uma trilha a pé (Four Mile Trail) que sai do fundo do vale até este ponto, mas dura o dia inteiro, muitas pessoas fazem isto. Neste ponto, que é no cume de uma montanha, temos uma visão privilegiada de todo o Parque do Yosemite. Este mirante está a 2.199m de altitude. É um espetáculo!!! Mas nem sempre essa estrada está aberta para a passagem de carros. A neve obstrui o caminho por alguns meses. É preciso se informar antes.

Glacier Point - Yosemite Park

Glacier Point – Yosemite Park

Glacier Point - Vistão emocionante!

Glacier Point – Vistão emocionante!

No próximo post, Napa Valley!!

 

 

Aula de Cozinha Japonesa – 29/09/11

Pra quem é fã da comida japonesa, certamente iria delirar nesta aula!!!!

O Chef Paulo Araújo (cerarense!), do  Nori, restaurante japonês que tem no 4º piso do Shopping Leblon, deu a primeira aula de cozinha japonesa no dia 28, que foi a que eu perdi. Ele é o responsável pelos pratos quentes do restaurante. Nesta primeira aula, foi preparado o molho Teriaki (aquele mais encorpado, meio doce, meio salgado) e a sopa Missoshiru. Ele se formou em gastronomia na UNIRIO, o mesmo curso que estou fazendo.

A segunda aula de cozinha japonesa (esta que registro aqui) foi ministrada pelo Chef Chiquinho (isso mesmo!!), que é responsável pelos pratos frios. Graaaaaande chef! A aula foi show! Pena que minha câmera já estava no finalzinho da bateria e não pude  filmar tudo que eu gostaria. Como existem muitas técnicas diferentes para se fazer todos aqueles temakis, uramakis, sushis, sashimis, etc, o mais importante termina sendo acompanhar o preparo de cada um.

Não sei se vcs sabem, mas o sushi tem origens bem remotas… Os peixes (que sempre foram largamente consumidos no Japão) eram antigamente conservados em arroz (que também é alimento tradicionalíssimo lá). Eles eram salgados e acondicionados em camadas de arroz, que fermentava naturalmente, dando um sabor ácido ao peixe e conservando-o por mais tempo. Por volta do século XIV eles começaram a consumir o peixe juntamente com o arroz, antes que este fermentasse. Foi a partir daí que se originou o sushi que conhecemos hoje.

Sushi de salmão e atum

Sushi de camarão

Aqui no Brasil, os sushimen usaram a criatividade e começaram a utilizar produtos nacionais para fazerem os mais diversos tipos de sushi (com morango, abacate, manga, beringela, tomate seco e por aí vai). Segundo o Chef Paulo, no Ceará fazem sushi até de caranguejo, não é fantástico?!! Eu nunca comi e agora vou ficar sonhando com ele… O caranguejo tem tudo a ver com minha memória gustativa de infância e adolescência em Recife! Sou apaixonada. Quando vamos lá de férias, eu e meu marido, já vou no avião enchendo o saco: “temos que arrumar um tempinho pra comer caranguejo tá?”, rsrsrs. Mas voltando… não tenho muito mais o que escrever, mas tenho imagens pra mostrar. Seguem as fotos das iguarias que preparamos.

Uramaki Califórnia: com kani, pepino e manga

Prato que meu grupo preparou: sushis diversos, sashimis e uramakis (enrolados ao contrário: o arroz é por fora e a alga por dentro)

O famoso Hot Filadélfia, empanado de salmão, com cream cheese, cebolinha e alga (nori)

Eu e o Chef Chiquinho!

Observem a fartura de sushis e sashimis!!!

A quem interessar, o SENAC dará um curso em outubro de cozinha japonesa, mais especificamente de Sushi e Sashimi, na Unidade Barra. Mais informações clique aqui. Eu já fiz um curso de cozinha japonesa (quente) no SENAC, e a experiência foi ótima. Recomendo! Abraços!