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Carnaval em Santa Catarina – Parte 3

Nesta viagem conheci muitas praias. Uma das mais bonitas fica em Porto Belo – SC, município vizinho a Bombinhas, chamada “Praia do Estaleiro”. A uns 6 km do centro da cidade, é um verdadeiro refúgio selvagem (temos que considerar que era quarta-feira de cinzas, rsrs). Alguns passeios de barco também levam turistas até lá. Não sei nas baixas temporadas. Há uma pousada na beira desta praia, com chalés que me pareceram fantásticos, com dois pavimentos, churrasqueira e vistas privilegiadas da praia. Há também um barzinho na beira da praia, que talvez seja do próprio hotel, não sei. Ao menos garantiu a cerveja gelada e o tira-gosto. Apesar de que os pastéis de camarão que pedimos estava completamente sem graça…

Praia do Estaleiro - Porto Belo, SC

Praia do Estaleiro – Porto Belo, SC

Neste mesmo dia, à noite, preparamos na casa de meu irmão uns mexilhões frescos inesquecíveis. Só na água e sal. Temperos básicos na hora de comê-los: limão, sal e pimenta-do-reino moída na hora. Nunca comi mexilhão igual. Os comprados nas feiras são todos despedaçados, não tem nem comparação. E o melhor de tudo, baratíssimos! 7kg dos mariscos custaram a bagatela de 21 reais!!!

Mexilhões frescos

Mexilhões frescos

Dia seguinte, já pós-carnaval, quinta-feira, seguimos para Florianópolis. Ano passado estive lá (veja o post que escrevi ano passado aqui). Mas não conheci na ocasião as praias do norte da ilha. Fui dessa vez com esta intenção. Me hospedei no Hotel Sonho Meu, em Canasvieiras, uma das praias do norte. O hotel é bem localizado e o quarto é satisfatório (cama de casal mais uma de solteiro), mas achei estranho o frigobar vazio. Tem piscina e um bom café da manhã. Chegamos cansados nesse dia e só caminhamos pelas redondezas, que aliás, possui um comércio bom e muitas opções de bares e restaurantes.

Praia do Santinho (à esq) e Praia Brava, em Florianópolis

Praia do Santinho (à esq) e Praia Brava, em Florianópolis

Na sexta-feira fizemos um tour por todas as praias, incluindo: Santinho (linda!), Ingleses, Brava (muito bonita!), Lagoinha do Norte (ótima para banho), Jurerê, Jurerê Internacional (o que são aquelas mansões, meu Deus?!!) e a mais selvagem de todas, Daniela, com águas bem calmas, já no início do mar de dentro. Este tour fizemos de carro, super tranquilo, mas começamos cedo, pra dar tempo de vermos tudo.

Praias de Jurerê Internacional (à esq.) e Daniela, em Florianópolis

Praias de Jurerê Internacional (à esq.) e Daniela, em Florianópolis

Como já era hora do almoço, seguimos uma recomendação do meu irmão, e fomos até Sambaqui (mar de dentro), onde há um pólo gastronômico. Muitos bares e restaurantes de frutos-do-mar. Ficamos no Delícias do Mar, onde comemos ostras (a gente não cansava! haha, mas essas eram bem pequenas) e pastéis de berbigão, pequeno marisco local. De principal, comemos um bom camarão à moda tropical, com frutas em conserva (abacaxi, pêssego, figo). Muito bem servido, dá pra quatro fácil. O restaurante tem mesas na orla, para quem prefere algo mais informal, para beliscar e tomar umas cervejas. Há muitos outros restaurantes na região, alguns mais sofisticados, inclusive.

Sambaqui, restaurante Delícias do Mar, ostras, pastel de berbigão e camarão tropical

Sambaqui, restaurante Delícias do Mar, ostras, pastel de berbigão e camarão tropical

Se você ainda não leu a primeira e segunda partes dessa viagem, clique nos links: Carnaval em Santa Catarina Parte 1 e Carnaval em Santa Catarina Parte 2

Agora estou na expectativa da minha viagem para Recife. Dia 28 deste mês estou partindo para 5 dias de puro deleite gastronômico. Casa de mãe sabe como é né… mas quem vai cozinhar sou eu!!

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Carnaval 2015 em Santa Catarina – Parte 2

Praia da Tainha, Bombinhas - SC

Praia da Tainha, Bombinhas – SC

Segunda-feira de carnaval, o sol resolveu sair em Bombinhas, Santa Catarina. Aproveitamos para conhecer uma praia que não conhecíamos, de difícil acesso, mas classificada com três estrelas pelo Guia Quatro Rodas, a chamada Praia da Tainha. A estrada que leva até ela começa na Praia da Conceição. A partir deste momento, é só barro até lá, com alguns trechos bem ruinzinhos, mas tranquilo. Nosso carro (alugado) era um Fox, 1.0, e passou fácil. Lá há pouca infraestrutura, mas tem um bar com sanitários, bebidas e comidinhas. Não comemos nada, só ficamos na cerveja. Guardamos nosso apetite para as ostras do Berro d’Água, restaurante tradicional em Bombinhas (Praia de Zimbros) e também indicado pelo Guia Quatro Rodas, com 2 garfos.

Restaurante Berro D'água, Praia de Zimbros, Bombinhas - SC

Restaurante Berro D’água, Praia de Zimbros, Bombinhas – SC

Marguerita servida no Berro D'água

Marguerita servida no Berro D’água

O restaurante fica à beira-mar, com opções de mesas na praia, na varanda coberta ou na parte interna. Estava tocando música ao vivo muito agradável, só mpb. Ambiente típico de praia, rústico. Atendimento simpático e eficiente. Para bebericar, pedi uma “marguerita”, coquetel mexicano feito com tequila, licor de laranja, suco de limão e uma borda de sal. Estava ótimo. E as ostras, depois de nos garantirem que eram frescas, arriscamos uma porção. Perfeitas no sabor, embora não muito grandes. E servidas com molho shoyu, diferentemente do que vemos normalmente com limão, azeite, pimenta e sal. Adorei a novidade. Mas basta um leve toque do molho. E nem precisa de sal.

Ostras do Berro D'água

Ostras do Berro D’água

De prato principal, fomos de camarão num molho cremoso de champagne que estava delicioso. Arroz com castanhas e batatinhas pra complementar. Saímos de lá completamente felizes com a manhã de praia e a ótima escolha de restaurante.

Camarão ao molho cremoso de champagne

Camarão ao molho cremoso de champagne

Na terça-feira, o dia amanheceu bem chuvoso. Decidimos apostar num restaurante diferente. Encontrei umas indicações no Tripadvisor e escolhi um contemporâneo, bem rústico, pé-na-areia, chamado Mestre das Águas. Para quem está na praia, a entrada do restaurante é uma imensa moita. Lá dentro, todo o chão é de areia.

Restaurante Mestre das Águas em Bombinhas, SC

Restaurante Mestre das Águas em Bombinhas, SC

O garçom que nos atendeu muito simpático. Contou-nos histórias da região. Pedi um sanduíche de queijo (meu estômago a essas alturas já estava meio ressentido) e meu marido escolheu um polvo com frutas grelhadas. A mistura inusitada até que ficou interessante. O “sanduíche” foi feito com massa de pizza, super fininha, bastante recheada com queijo mussarela. Sem falar no visual dos pratos que eram lindos, como vocês podem conferir.

Polvo com frutas grelhadas e queijo quente na massa de pizza, do Mestre das Águas em Bombinhas

Polvo com frutas grelhadas e queijo quente na massa de pizza, do Mestre das Águas em Bombinhas

Dia seguinte voltamos lá com meu irmão e esposa. Pedimos uns camarões grelhados que estavam muito bons e eles apostaram no salmão com um toque de mel. Ficou delicioso. De entrada, o pão árabe assado na hora é fantástico, servido com uma pastinha de grão de bico, diferente da que eu faço. Senti menos sabor do tahine (pasta de gergelim) e mais do alho.

Camarões grelhados do Mestre das Águas, Bombinhas - SC

Camarões grelhados e pão árabe com homus tahine do Mestre das Águas, Bombinhas – SC

Esses foram os dois restaurantes destaques do meu carnaval. Recomendo os dois. Garantia de uma boa refeição e belos visuais das praias. E ainda tem mais de Santa Catarina no próximo post!! Se você ainda não leu a primeira parte desta viagem, leia aqui.

Praia de Bombinhas vista do restaurante Mestre das Águas

Praia de Bombinhas vista do restaurante Mestre das Águas

 

 

E viva Floripa!!!

Praia de Lagoinha do Leste, Florianópolis

Praia de Lagoinha do Leste, Florianópolis

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Caldo de cana com limão, no fim da trilha da Lagoinha do Leste

Quem viaja sempre, sabe do que vou falar agora. Podemos voltar ao mesmo lugar, mas se entre uma ida e outra a distância temporal for muito grande, ou se você vive um momento muito diferente, tudo será como uma grande novidade. Como se nunca tivéssemos ido ali antes. Foi assim com Florianópolis. Estive lá no final dos anos 80, aos 18 aninhos… ô tempo bom!!! E voltei agora, 25 anos depois, aproveitando o feriadão do dia 20/01. Três dias de pura curtição de sol intenso, lindas praias e excelente gastronomia.

1º dia: Trilha pesada de 1:10h até a Praia da Lagoinha do Leste. Subida e descida muito íngremes, muita pedra no caminho, mas com direito a um mirante com visual espetacular e ao final, uma praia praticamente nossa, pelo menos por algum tempo, pois depois começou a chegar bastante surfistas com suas pranchas. Na praia não havia nada, em termos de infraestrutura, mas como estávamos em plena alta temporada, um nativo havia improvisado uma barraca e estava vendendo bebidas e sanduíche natural, para nossa salvação. Visitamos toda a praia, inclusive a Lagoinha do Leste, que nasce ali próxima a praia, que juntamente com as montanhas em volta, forma um parque natural bem preservado, o que é raro nesse país. Enfim, tomamos a trilha novamente, para nosso desespero, pois já eram 13h e o sol estava infernal!!! Ao voltarmos à civilização, a primeira coisa que fizemos foi tomar um FANTÁSTICO caldo de cana com limão (o exagero foi devido à nossa sede absurda, hahahaha).

Pastel de berbigão (marisco) no Bar do Arante

Pastel de berbigão (marisco) no Bar do Arante

Parede repleta de bilhetes no Bar do Arante

Parede repleta de bilhetes no Bar do Arante

Depois fomos almoçar ali bem pertinho, no tradicional Bar do Arante, na Praia Pântano do Sul, onde os visitantes deixam seus bilhetinhos colados nas paredes e teto do restaurante. Claro que deixamos o nosso! Mas antes comemos ótimos pastéis de camarão e berbigão, e uma porção de ostras que na hora achamos ótimas, mas que depois vimos o quão melhores elas ainda poderiam ser!!

2º dia: Acordamos cedo para zarparmos, literalmente, para a Ilha de Campeche, onde há uma linda praia de águas cristalinas. Em 30 min de barco, a partir da Praia da Armação, estávamos lá. Lindaaaaa! E também muito bem preservada. Há uma equipe de plantão, que cuida da Ilha e organiza as atividades por lá. Há mergulho livre e trilhas para conhecer as inscrições rupestres do outro lado da ilha. Estávamos cansados (ou melhor, traumatizados) da trilha anterior, resolvemos relaxar na praia. Depois beliscamos num dos dois únicos restaurantes da ilha: lulas à milanesa e cerveja gelada.

Chegada na Ilha de Campeche

Chegada na Ilha de Campeche

Não almoçamos na ilha porque nossa intenção era outra. Fomos comer as famosas ostras do Restaurante Ostradamus. Lá, o Chef Jaime Barcelos comanda a casa, e serve as deliciosas ostras depuradas (processo pelo qual elas são higienizadas, livrando-as de impurezas e contaminações). Uma porção custa R$ 36,00, vem com 12 unidades, imensas, suculentas, saborosíssimas… Pedimos frescas primeiro, depois pedimos frescas novamente (irresistível) e por fim, resolvemos experimentá-las ao molho de gengibre, cachaça e mel, o que nos surpreendeu pela originalidade. Tomamos um vinho branco da região para harmonizar, uva chardonnay. Voltarei lá muitas vezes!!!

Ostras do Restaurante Ostradamus, em Florianópolis

Ostras do Restaurante Ostradamus, em Florianópolis

Eu e o Chef Jaime Barcelos do Ostradamus

Eu e o Chef Jaime Barcelos do Ostradamus

Ostras ao gengibre, cachaça e mel no Restaurante Ostradamus

Ostras ao gengibre, cachaça e mel no Restaurante Ostradamus

 

3º e último dia: Como não teríamos o dia inteiro, o programa foi mais “light”. Tomamos um barco na Ponte da Lagoa e fomos até a chamada “Costa da Lagoa”, um reduto dos primeiros habitantes do local, os açorianos. Eles vivem bastante isolados, não tem como chegar de carro (só por barco ou trilha a pé). Engraçado é que observamos que ainda guardam um sotaque português! Escolhemos o Restaurante Lagoa Azul, por indicação do Guia 4 Rodas. Repetimos as ostras. Em três dias não deu pra enjoar!! Mas pra não ficar repetitivo demais, pedimos um linguado que estava muito bom também, super fresquinho e de um tamanho muito maior que eu costumo ver aqui no Rio.

Ao final do dia, passamos no Mercado Municipal, onde comprei algumas linguiças do tipo “blumenau”, que são feitas em Pomerode, defumadas, imperdíveis. Quem não conhece, vale a pena experimentar. Há para vender também no Mercadão de São Paulo. E Floripa que me aguarde, pois certamente não esperarei mais 25 anos para voltar lá!!!!

Linguado grelhado do Restaurante Lagoa Azul, na Costa da Lagoa em Florianópolis

Linguado grelhado do Restaurante Lagoa Azul, na Costa da Lagoa em Florianópolis

Viagem ao Reino Unido e Irlanda parte 4

Do lado de fora do Reino Unido, na República da Irlanda, ou simplesmente Irlanda, tudo me pareceu mais ou menos no mesmo nível (do Reino Unido) em termos de qualidade de vida, de educação, de transporte, de economia, de organização. Tudo funciona. Os preços são mais ou menos os mesmos, nos hotéis, restaurantes e transportes públicos. A diferença, é que aqui a moeda é o Euro, enquanto que no Reino Unido é a Libra Esterlina (Pound).

Newgrange

Newgrange

Nossa primeira parada na Irlanda foi num monumento pré-histórico muito famoso (embora, antes de viajar pra Irlanda eu nunca tenha ouvido falar dele…), construído antes mesmo das pirâmides do Egito, entre 3.300 e 2.900 A.C. Trata-se de uma tumba, que tem sua câmara central iluminada por um raio de sol, ao amanhecer, apenas no dia do solstício de inverno… é realmente surpreendente, como algo tão antigo já tem tanta sofisticação matemática. Estava muito frio nesse dia. De lá partimos para Dublin, cidade que me conquistou de primeira, e que eu poderia voltar muitas outras vezes. Ficamos apenas duas noites…

Temple Bar

Temple Bar

Visita obrigatória em Dublin: Temple Bar. São duas coisas na verdade. A primeira, trata-se de uma região de bares e restaurantes, muito simpática e animada. E a outra, é o The Temple Bar, um pub antigo (1840) e tradicionalíssimo, que se destaca na região de mesmo nome. Tem uma fachada vermelha, fica de esquina, e está sempre lotado. Entramos para tomar uma Guiness com ostras (tradição local) e olharmos o movimento, pois estava rolando uma música bem irlandesa, ao vivo. Imperdível pra quem visita Dublin. A combinação de Guiness com as ostras frescas é sensacional!!

Ostras frescas com Guiness, genial

Ostras frescas com Guiness, genial

Após os aperitivos, almoçamos num restaurante situado perto do pub, o “The Shack” , onde comemos um patê de fígado de galinha de entrada e depois um contra-filé muito saboroso, embora não chegue aos pés dos argentinos…

Contra-filé do The Shack

Contra-filé do The Shack

No dia seguinte, caminhamos ao longo da famosa “Grafton Street”, a mais popular avenida de compras, passamos pelo Trinity College, cuja biblioteca é indiscutivelmente a mais impressionante que já vi, e por fim, após tirarmos fotos com a Molly Malone, almoçamos num pequeno bistrô francês, o “The Green Hen“, onde comi um “ombro” de carneiro com purê de batatas. Estava delicioso sim!

Ombro de cordeiro com purê de batatas

Ombro de cordeiro com purê de batatas

Da Irlanda, ainda conhecemos a pitoresca Kilkenny, com um lindo castelo e ruas que guardam uma atmosfera medieval; Kinsale, à beira mar, cidade de veraneio, de pesca, de bons restaurantes de frutos do mar; e Waterford, que possui uma famosa e fantástica fábrica de cristais, onde vimos verdadeiras obras de arte em cristal (nem queiram imaginar o preço!!!).  Lá, depois de muito rodar debaixo de chuva (era tarde, muitos restaurantes estavam fechados!) almoçamos num restaurante italiano, o “Emiliano’s”, com staff muito simpático, onde meu marido teve a feliz idéia de pedir vieiras, com molho rosé, ao champagne, que estava muito bom.

 

Vieiras ao molho de champagne

Vieiras ao molho de champagne

 

No próximo Post, País de Gales e Londres.

O País de Gales possui mais castelos por metro quadrado do mundo! Faz parte do Reino Unido, embora tenha um parlamento autônomo em relação à Coroa Britânica.