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Oficina de Tapas no TRE-RJ

Primeiro grupo que foi formado na Oficina

Primeiros alunos que chegaram para a Oficina (a Heleninha, de avental vermelho, me deu apoio como assistente durante a Oficina)

Dia 28/10 é comemorado o dia do Servidor Público, mas no TRE onde trabalho este dia foi comemorado com diversas atividades que ocorreram entre os dias 04 e 05 de novembro. Fui convidada então pela equipe organizadora dos eventos, para oferecer, fazendo parte das festividades, uma oficina de gastronomia para os funcionários. Topei sem pestanejar. Se tem algo de que gosto muito além de cozinhar, é ensinar a cozinhar :D.

Fiquei completamente livre para fazer o que quisesse, mas eu teria que usar muita criatividade, afinal, não teria uma cozinha disponível. Apenas uma sala de treinamento, com cadeiras, mesas, além de inúteis computadores…

Grupo masculino que marcou presença na Oficina

Grupo masculino que marcou presença na Oficina (o de avental vermelho é o Robson, um dos meus assistentes). Foto do Leonardo Coimbra – ASCOM/TRE-RJ

Resolvi usar o meu forno elétrico reserva que tenho em casa juntamente com meu multi-processador. Ou seja, nada de fogão, panelas e frigideiras. Só o forno. O que é que eu poderia fazer??… huummm…. Foi então que tive a ideia de apresentar algumas “tapas”. Não necessariamente espanholas, claro, mas  sabem aqueles tira-gostos fáceis de fazer e que são capazes de conquistar os paladares mais exigentes?! Escolhi alguns dos meus prediletos, aqueles que faço para receber os amigos. Fiz um pequeno caderno de receitas, com 10 tapas diferentes, e como eu só teria 2 horas de aula, escolhi 4 tapas para fazermos em sala (homus tahine, guacamole, bruschetta de tomate e manjericão e canapé de cebola), e mais duas extras que preparei em casa e levei para que eles experimentassem (babaganoush e pastinha de alho-poró).

Durante a aula ainda contei com dois ótimos assistentes (meus “sous chefs” hehehe): Robson, amigão meu, que tem o blog “Faz Simples” (com ótimas dicas de decoração e culinária) e a Heleninha, que trabalha na Escola Judiciária Eleitoral.

No início da aula me apresentei (muitos dos alunos não me conheciam) e depois pedi para que cada um falasse seu nome, de qual setor era, se tinha alguma experiência na cozinha e porque estava fazendo aquela oficina. A maioria era relativamente inexperiente, mas todos demonstraram bastante interesse e curiosidade em saber mais um pouco sobre o assunto.

Apresentação

Apresentação

Começamos com o homus tahine, que eu mesma preparei, explicando o passo-a-passo. O grão-de-bico já estava cozido, obviamente… Só misturei os ingredientes, processei e em 3 min estava pronto!! No final da aula, ele foi servido com as tradicionais torradinhas que faço de pão árabe com zathar.

Preparando o homus tahine

Preparando o homus tahine

Homus pronto, partimos para o guacamole. Uma “tapa” mexicana deliciosa e saudável, que tem como ingrediente base o abacate (ou avocado, tipo mais utilizado no México). Desta vez, foram eles que botaram a mão na massa. Se você também quer aprender a fazer veja receita aqui! Veja também um jantar mexicano completo que preparei em julho passado!

oficina de gastronomia

Preparo do guacamole

Depois passamos para as bruschettas de tomate e manjericão, que encantaram a todos. Foram muito bem executadas, apesar do forno improvisado… Sim, na locomoção, o forno que eu estava levando de casa quebrou. Tive que usar um mini-forno que eu tinha no meu setor. Apesar de mini, até que deu conta direitinho…

Preparo das bruschettas

Preparo das bruschettas

Por último, os canapés de cebola maravilhosos do meu amigo Chef Dudu, que sempre, sempre, fazem o maior sucesso. Não deu nem tempo de fotografarmos, em segundos foram rapidamente devorados!!

No final da aula, a mesa foi posta, com todos os quitutes. Foi o momento de degustação e de confraternização. Eu estava feliz pela aula e ao mesmo tempo com pena de ter passado tão rápido…

Mesa de "tapas" e confraternização

Mesa de “tapas” e confraternização

Professora, auxiliares e alunos juntos para registro da primeira Oficina de Gastronomia no TRE-RJ

Professora, auxiliares e alunos juntos para registro histórico da primeira Oficina de Gastronomia no TRE-RJ (Foto do Leonardo Coimbra, da ASCOM).

Da experiência, saí completamente realizada, pronta pra próxima!! Agradeço a todos que estiveram presentes neste dia!!

Pensei até em montar um laboratório em minha casa e me dedicar a ensinar gastronomia… aaah quem sabe?!… sonhar não custa nada né?! ;)…

Adega Pérola em Copacabana

Azeitonas espanholas com chopp escuro

Azeitonas espanholas com chopp escuro

Recentemente foi publicada uma resenha no jornal sobre este antigo e tradicional botequim de Copacabana (desde 1957) e ficamos curiosos, eu, meu marido e um casal de amigos. Sábado passado, aproveitando que eu só iria para a cozinha no domingo, chamei a todos para conhecermos o tal bar. Li que seus antigos donos (portugueses) todos já morreram e que hoje é levado por 3 de seus antigos clientes que o compraram e mantiveram os petiscos e a decoração antiga, numa demonstração de compromisso com o tradicionalismo do lugar.

Fomos lá pro fundo do bar, porque era o único lugar que tinha um ar condicionado, que mal dava conta do calorão infernal. Pedi logo um chopp escuro Brahma, que há tempos não tomava. E enquanto esperávamos o outro casal, pedimos uma porção de azeitonas espanholas. Muito boas, grandes e macias. A especialidade da casa, aliás, são tapas. Há mais de 100 opções, é de enlouquecer. Fiquei ansiosa pra voltar lá, antes mesmo de ir embora, só para poder experimentar, se não todas, pelo menos uma boa parte delas.

Logo que você entra no botequim, vai se deparar com um grande balcão, lotado de bandejas cheias de petiscos diferentes. Parece que um dos carros-chefe da casa é a sardinha portuguesa. Terminei por não pedir, mas será justamente o motivo para que eu volte. E logo.

Segunda tapa que pedimos foi a morcela, um embutido feito com sangue de porco. Estava deliciosa! Só de lembrar já fiquei com água na boca. E as batatinhas calabresas que a acompanhavam também estavam muito boas, bem temperadas.

Morcela com batatas calabresas

Morcela com batatas calabresas

Neste momento chegou o outro casal e pedimos ao mesmo tempo um polvo ao vinagrete e a tradicional “salada pérola do mar”, que também é um vinagrete, mas com diversos frutos do mar, como camarão, mexilhão, polvo e vieira. Ambos estavam ótimos.

Salada Pérola do Mar: camarões, vieiras, polvo e mexilhões

Salada Pérola do Mar: camarões, vieiras, polvo e mexilhões

Por último, pedimos uma carne de sol com aipim frito (macaxeira, na minha terra), que estava bem saborosa. Um pouco salgada, talvez, porém macia. Infelizmente, vou ficar devendo esta foto…

Aliás, ficarei devendo também fotos da frente e do interior do bar, do balcão de tapas, do simpático garçom e das mesas, com cadeiras presas no chão. Mas prometo que não vou demorar muito e volto, quando vocês menos esperarem, com muito mais fotos do Pérola!

“Noite Espanhola” em Brasília

Zahil, lojas de vinho na Asa Sul

Zahil, lojas de vinho na Asa Sul

Tradição há quatro anos, vou a Brasília em julho cozinhar para minha irmã e um grupo seleto de amigos. Ela faz aniversário no dia 18 e convida, a cada ano, um grupo diferente de pessoas para desfrutar de um jantar especial e bem planejado. O primeiro jantar aconteceu assim meio de improviso, e foi um sucesso tão grande, foi tão divertido, tão gostoso, que resolvemos repetir no ano seguinte, e no outro ano… e assim foi criada a tradição. No ano passado fizemos pela primeira vez um jantar temático: Cerrado Brasileiro. Pesquisei bastante, porque eu não sabia nada sobre essa gastronomia tão particular! Fiquei maravilhada com os novos ingredientes que descobri. Nosso país guarda tantas surpresas…

Ueda - Peixaria, também na Asa Sul em Brasília

Ueda – Peixaria, também na Asa Sul em Brasília

Este ano, decidimos fazer uma “Noite Espanhola”. Minha irmã ficou responsável por toda a decoração e detalhes do serviço, como pratos, taças, bandejas, etc. E eu defini o cardápio, com a aprovação dela, claro. Na mala, levei um maçarico, paelleira, açafrão espanhol, dois vidros de azeitonas e faca bem amolada (item que nunca encontro em casa alguma que vou cozinhar!!!).

Linda mesa, em tons de vermelho e amarelo, organizada por minha irmã

Linda mesa, em tons de vermelho e amarelo, organizada por minha irmã

Aterrissei em Brasília na quinta-feira, jantamos juntas no Briand, um ótimo francês que tem na Asa Norte, onde comi um delicioso patê  “foie de canard”. Dia seguinte partimos para as compras de ingredientes. Descobrimos uma ótima peixaria, a “Ueda”, onde compramos os frutos do mar, frescos (em Brasília, quem diria!!). Compramos também alguns itens num pequeno mercadinho que vende importados, o “La Palma”. Os vinhos, na “Zahil”, e os itens faltantes deixamos para o supermercado Pão de Açúcar. Fomos também num florista e compramos cravos, vermelhos e amarelos, da cor da bandeira espanhola…

Cravos vermelhos e amarelos enfeitaram a mesa

Cravos vermelhos e amarelos enfeitaram a mesa

Tudo comprado, fomos pra casa e já corri pra cozinha. Algumas preparações já poderiam ser feitas de véspera. Preparei um caldo de peixe e camarão para a paella, cozinhei e fatiei o polvo, limpei e fatiei a lula e fiz a sobremesa, que deveria ser mesmo servida fria. Nesta noite meu marido chegou do Rio, e se juntou à nos.

Sábado acordamos cedo. Tomamos café e partimos pra luta. Piquei cebolas, pimentões, alhos, cheiro verde. Temperei e grelhei camarões, lulas, mexilhões, lagostins. Preparei as tapas frias e o molho da entrada quente. Fiz torradas. Adiantei tudo para que na hora, ficasse apenas a menor parte, a finalização.

Tapas frias servidas antes do jantar

Tapas frias servidas antes do jantar

Deu tudo certo e o jantar foi mais uma vez um sucesso absoluto. A mesa e a casa estavam lindas, o cardápio foi aprovadíssimo e os convidados vibraram. Foi uma noite inesquecível. A seguir, descrevo o cardápio e já dou a dica de como fazer uma das tapas.

Tapas frias:
1) Enroladinhos de “jamon serrano” (presunto cru espanhol) com figos, cream cheese e marmelada
2) Amêndoas torradas salgadas e apimentadas
3) Azeitonas marinadas

Entrada quente:
Queijo de cabra grelhado com molho de pimentão vermelho

Prato principal:
Paella Marinera (apenas com frutos do mar)

Sobremesa:
Crema catalaña

Entrada: queijo de cabra grelhado

Entrada: queijo de cabra grelhado

Paella Marinera

Paella Marinera

Todos os pratos foram servidos com vinhos que harmonizavam, com exceção das entradas frias, que foram acompanhadas de sangria (bebida que mistura vinho, frutas, água tônica, licor e suco de laranja).

Aprenda a fazer as amêndoas , que são deliciosas para beliscar e facílimas de fazer (fez sucesso nos jogos do Brasil, rsrsrs).

Amêndoas apimentadas

Amêndoas apimentadas

Amêndoas apimentadas

Ingredientes:
300g de amêndoas descascadas (com a pele)
1 colher sopa de clara de ovo
Sal grosso para ralar na hora (a gosto)
1 colher sopa rasa de páprica picante

Modo de preparo:

Pré-aqueça o forno a 180°. Misture bem a clara com as amêndoas, depois acrescente o sal ralado na hora e a páprica, misturando bem. Disponha-as numa assadeira untada com um pouco de azeite ou óleo, e leve ao forno para assar. Deixe dourar, retire e deixe esfriar. Está pronta.

No próximo ano, o jantar será ainda mais desafiante: uma Noite Mexicana!

Todos nós, prestes a devorar a paella!

Todos nós, prestes a devorar a paella!

Vinhos que tomamos ao longo da noite

Vinhos que tomamos ao longo da noite