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Guacamole

Conforme prometido, vou postar algumas das receitas do jantar mexicano que preparei há duas semanas atrás na casa de minha irmã, em Brasília. Começarei com um dos acepipes que servi para receber os convidados: o guacamole. Ele é o mais tradicional, e está presente na maioria dos pratos mexicanos. Muitas vezes ele é servido como acompanhamento de carnes e frangos.

Você pode servi-lo com “nachos”, como eu fiz. São biscoitos finos salgados do tipo “doritos”.  Eu mesma os preparei, mas se você estiver sem tempo, ou com preguiça, também estão à venda em supermercados. Só acho que os que são vendidos prontos são salgados demais…

Avocado e coentro, dois dos ingredientes do guacamole.

Então vamos lá. Após pesquisar em alguns sites de gastronomia, escolhi uma que me pareceu mais típica:

Guacamole

Ingredientes:

  • 2 avocados (abacate menor e com casca mais escura, utilizado pelos mexicanos. Se vc não encontrar, compre um do comum, de tamanho médio)
  • 1 cebola finamente picada (melhor ainda se for da roxa)
  • 2 tomates médios picados (retire as sementes antes)
  • 2 colheres sopa de coentro bem picado (quem não curte, pode substituir pela salsa)
  • suco de 1 limão
  • 1 pimenta dedo-de-moça sem sementes, bem picadinha
  • 2 colheres sopa de azeite extravirgem
  • sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo:

Retire toda a polpa dos avocados e pique de forma que fiquem pedaços bem pequenos, ou então amasse com um garfo (os mexicanos fazem muito isto, amassam os avocados com um garfo ou num pilão). Junte todos os outros ingredientes, acerte o sal e sirva com os nachos.

Nachos com guacamole

Nachos com guacamole

Para os nachos, segui receita do blog Cozinhando para 2 ou 1, mas substituí a páprica defumada, que eu não sabia onde encontrar, pela páprica picante. Veja a receita abaixo:

Nachos

Ingredientes:

  • 1/4 xícara de farinha de milho fina (fubá)
  • 1/4 xícara de farinha de trigo
  • Água morna até dar o ponto (menos de 1/4 de xícara)
  • 1 pitada de sal
  • 1 colher de sopa de páprica picante
  • Pimenta do reino a vontade

Modo de preparo:

Numa pequena tigela coloque as duas farinhas, sal, páprica e a pimenta. Acrescente a água morna aos pouquinhos até dar o ponto da massa. Ela fica compacta, sem grudar nas mãos. Deixe descansar uns 15 minutinhos. Abri a massa usando uma máquina dessas de macarrão, o que deixou meus nachos bem finos e crocantes. Você pode também utilizar um rolo comum, mas quando for abrir, coloque plástico embaixo e em cima da massa, para que não grude na mesa, nem no rolo. E abra o mais fino possível. Corte em triângulos e frite aos poucos, em óleo quente. Escorra, deixe esfriar e guarde em pote fechado até a hora de servir.

Os dois vão formar uma deliciosa dupla. Mas ficarão ainda mais saborosos se você servir uma margarita para acompanhar (drinque típico mexicano feito à base de Tequila).

Margarita de limão

Margarita de limão

Margarita

  • 3 doses de tequila (use medidor)
  • 1 e 1/2 dose de licor de laranja, tipo Cointreau
  • suco de 1 limão grande
  • gelo
  • açúcar (opcional)

Observação: As proporções dos ingredientes são muito variáveis, vai depender do gosto pessoal de cada um. Esta foi a que achei mais equilibrada.

Modo de preparo:

Passe (de leve!) uma fatia de limão na borda da taça, para umedecê-la, e depois encoste a borda num recipiente com sal (pode ser num prato), batendo para retirar o excesso.

Numa coqueteleira, coloque gelo, a tequila, o licor, o suco do limão, o açúcar (se quiser mais docinho) e agite bastante, para que fique bem gelado. Derrame apenas o líquido na taça (já com sal na borda). Sirva imediatamente!

Sua festa mexicana já pode começar!!!!

 

 

Cancún e Cozumel – México

De Cancún, não há muito o que se falar em termos gastronômicos. Nada do que eu já não tenha visto em Orlando quando fui à Disney com meus filhos em 2007. Um Outback aqui, uma Mac Donald’s ali, uma Subway, uma Starbucks… Ah, sim, e algumas poucas casas de comida mexicana. Mas daquelas feitas pra turista, com os pratos mais óbvios e preparados à moda fast-food. Ficamos hospedados no Hyatt, que aliás, tem uma ótima localização, perto de shoppings, bares, boates, mercados de artesanato, farmácia e loja de conveniência. A inconveniência são os preços praticados dentro do hotel, tipo, café da manhã a 280 pesos por pessoa! Isto dá uns R$ 45,00, não é muito se pensarmos em reais num hotel cinco estrelas no Rio, mas na Cidade do México o café do nosso hotel era excelente, por apenas 120 pesos por pessoa.

Em frente ao hotel que ficamos em Cancún

Em frente ao hotel que ficamos em Cancún

Leitão do restaurante argentino Cambalache

Leitão do restaurante argentino Cambalache

Gostaria de registrar apenas um restaurante argentino (Cambalache), num shopping próximo ao hotel,  onde pedimos de entrada um queijo fundido com chouriço. Bem gostoso. E de prato principal, um leitão, especialidade da casa. Era um argentino tão mexicanizado que veio acompanhado de guacamole e nachos. Pedimos também uma batata assada, parecida com a do Outback. O leitão estava mais pra porco, tendo em vista que sua carne não estava tão macia, mas estava saborosa.

O que eu poderia recomendar de melhor em Cancun, e aí dou total ênfase, é seu mar azul, cristalino e quente. Eu pensava que era efeito de photoshop, mas não é!!! Garanto!!!

Anteontem fizemos um passeio até Isla Mujeres, onde praticamos snorkel próximo ao farol da ilha (eu estou sem poder mergulhar, por causa da forte sinusite) e visitamos, superficialmente, o MUSA (museu subaquático). A água estava tão cristalina que sua visibilidade deveria estar em uns 30m. Além disso, havia uma grande variedade de peixes. Vi barracudas, meros, budiões de todas as cores, peixes azuis, amarelos, listrados, e belas plantas e algas marinhas. E tivemos também a oportunidade de segurar em nossos braços um tubarão de 2 metros (tudo bem, era um mansinho, do tipo lixa), adestrado por um ilhéu, chamado Romero. Eles “prendem” o tubarão por um ano, depois o devolvem à natureza. E aí pegam outro. Meio cruel isto… fiquei com pena. Ele fica limitado a um quadrado, com cerca de madeira, de uns 25m² de espaço interno, com apenas 1 m de profundidade mais ou menos.

Em Isla Mujeres, incluído no pacote do passeio, estava um almoço “especial”. Um peixe preparado à moda da ilha, na churrasqueira (parrilla), com um tempero vermelho (“achote”), parecendo chili (mas não ardia), que o cozinheiro espalha em todo o peixe com um pincel. Estava bem saboroso, o peixe estava fresco (um mero, peixe da família das garoupas e dos chernes).

Mero na “parrilla”

 

Quanto a Cozumel, optamos por um hotel do tipo “all inclusive” (Sabor Cozumel). Achei que seria uma grande vantagem. Em termos gastronômicos, definitivamente, não é!!!!! Só tem a vantagem de não estarmos preocupados com o preço, nem termos que pegar o carro pra irmos até um restaurante. Afora isto, o almoço é do tipo self-service, feita para um batalhão de americanos que não entendem nada de boa comida (isto não é preconceito, é fato!!!). No jantar, para quem não quer self-service, há uma opção de um restaurante “internacional”, com pouquíssimas opções, comida chegando fria, garçom estabanado, essas coisas…

O único fato registrável e que achei interessante ontem, foi que um dos chefs de cozinha do hotel se predispôs a vir até o bar da piscina, ensinar a uns poucos interessados, como se fazer um verdadeiro ceviche à moda mexicana. O “segredo” do chef foi temperar com muito limão, sal, pimenta do reino, e as verduras clássicas que são as cores da bandeira do México: coentro, cebola e tomate. Acompanhado de nachos e uma boa cerveja gelada!!

Chef ensina a preparar um "guacamole"

Chef ensina a preparar um “guacamole”

 

Muito limão, coentro-cebola-tomate (bandeira do México) e 20 min marinando antes de servir

Muito limão, coentro-cebola-tomate (bandeira do México) e 20 min marinando antes de servir

Nossa próxima parada será em Playa del Carmen, segundo maior balneário da Península de Yucatán. Espero que seja menos americanizada…

 

Na Cidade do México – Parte 1

Monumento a la Independencia - Paseo de La Reforma, Cidade do México

Monumento a la Independencia – Paseo de La Reforma, Cidade do México

Chegamos na Cidade do México no sábado passado,  depois de uma longa e cansativa viagem, fazendo escala no Panamá. Primeira curiosidade observada enquanto estávamos no taxi para o hotel: 99% das pessoas andam nos carros com os vidros abertos, apesar da poluição externa e do calor insuportável. Sim, faz muito calor aqui durante o dia, surpreendentemente, pois estamos há mais de 2.000 m de altitude. Esfria um pouco durante à noite, mas durante o dia, o calor é pior que o do Rio! Peguei logo uma sinusite, uma tosse, estou toda congestionada. Esta é uma das cidades mais poluídas do mundo, e a população está chegando aos 10 milhões…

Primeiro lugar que exploramos na cidade, foi o Paseo de La Reforma (uma grande avenida, bem imponente, com belos prédios) e a Zona Rosa, bairro que está cheio de bares e restaurantes, tudo muito próximo ao hotel Eurostars Suites Reforma, onde ficamos. Ele fica a uns 600m da estação de metrô “Insurgentes”, é bem localizado, tem um bom café da manhã e está próximo também de um pequeno shopping.

Margaritas mexicanas autênticas

Margaritas mexicanas autênticas

Minha primeira refeição foi num pequeno restaurante que vi na Internet (www.dondeir.com), chamado Fonda El Refugio. Bem pequenininho, mas super aconchegante e com um serviço muito simpático. Aliás, os serviços de restaurante aqui, de uma maneira geral, são bons. O garçom nos ofereceu logo uma “margarita”, que estava muito boa. E para acompanhar, pedimos dois “antojitos” (que são as entradas): guacamole e sopes (tigelinhas de massa de milho fritas, com recheios diversos). O guacamole veio como um purê, com coentro e cebola picada, acompanhado de nachos crocantes. Os molhos chili (sempre um vermelho, outro verde) vem à parte. O preparo é diferente do guacamole que costumo comer no Brasil, mas muito saboroso. Depois descobri que o abacate que eles usam pra guacamole é totalmente diferente do nosso, é pequeno e bem escuro. O nosso “é sem gosto” como disse um mexicano.

O “verdadeiro” guacamole mexicano, com nachos bem crocantes

O “verdadeiro” guacamole mexicano, com nachos bem crocantes

Nossas sopes vieram com frango desfiado e molho verde apimentado por cima (jalapeno). Estavam muito boas. E de principal eu comi um carneiro desfiado com uma salada de cacto (!!!!!). Eles comem muito esse troço! Eu havia lido sobre, mas custei a acreditar. No sertão brasileiro, damos ao gado. Experimentei e não gostei muito. Não tem muito gosto, na verdade. Comi o carneiro, que estava muito macio, enrolado nas tortilhas quentinhas (espécie de pão redondo, como o árabe, feito de farinha de milho) e os molhos de pimenta.

Carneiro desfiado com (argh!) cacto...

Carneiro desfiado com (argh!) cacto…

Mexicana prepara tortilhas na Casa de Las Sirenas

Mexicana prepara tortilhas na Casa de Las Sirenas

Dia seguinte, domingo, fomos para a área mais importante, que é o centro da cidade, chamado “Zócalo”. A praça é uma das maiores do mundo e a Catedral é a maior igreja da América Latina. Depois de visitarmos a Catedral e o Templo Mayor (ruínas de um templo construído pelos Astecas, nos séculos 14 e 15), fomos a outro restaurante indicado pelo site (e pelo meu guia da Folha de São Paulo), “La Casa de Las Sirenas” (A Casa das Sereias). Primeiro que o lugar era um charme, segundo que a comida e o serviço foram de primeira qualidade e terceiro, o preço foi fantástico!! (pagamos na faixa de R$ 150,00). Aliás, aqui no México estamos comendo bem, pela metade do preço dos restaurantes do Rio…

Então. Aceitei logo a sugestão do garçom de tomar uma margarita de manga. Que era aquilo??!!! Uma delíííícia. Sem exagero. Aliás, ela veio bem exagerada, enorme! Saí de lá “borracha”, rsrsrs.

Margarita de manga, com sal e chili na borda

Margarita de manga, com sal e chili na borda

Pedi um prato bem leve de almoço: trilogia de ceviches (camarão, polvo e peixe branco). Muitíssimo saboroso. Claudinho foi num pato com molho de tamarindo, que só pecou porque o pato estava bem passado, mas o molho estava excelente.

"Trilogia de Cebiches"

“Trilogia de Cebiches”

Pato ao molho de tamarindo e purê de abóbora

Pato ao molho de tamarindo e purê de abóbora

Tenho observado aqui no México uma imensa quantidade de barracas de comidas pelas ruas, seja em regiões mais populares, ou em áreas mais nobres, você vai andando e sentindo cheiros diversos, de carnes fritas, de pão, de tortillas, de tantas coisas. E as pessoas costumam comer na rua mesmo, muitas vezes em pé,  no calor, no tumulto. Eu e Claudio temos evitado comer na rua, com medo de passarmos mal, e terminar estragando a nossa viagem, mas acredito que sejam sabores mais autênticos.

Tem mais dicas do México pra vocês!! Lugares imperdíveis:

Hasta la vista!!!!

Aahh! uma observação: algum tempo depois que voltei do México, preparei um jantar mexicano em casa de minha irmã em Brasília e que foi um sucesso. Fiz um post sobre o jantar e publiquei algumas receitas, seguem os links…