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Viagem ao Canadá – Banff – 2º dia

Pense num dia fantástico!! Perfeito!! O melhor de Banff está aqui. Atenção vocês que ainda vão conhecê-la: as dicas que darei neste post são obrigatóóóóórias para quem visita a cidade, ok?!! Vamos lá…

Marido saiu pra correr sozinho de manhã cedo (para quem não estava acompanhando minha viagem desde o início, informo que não fui com ele por causa de uma tendinite braba!!! não foi preguiça não, juro…). Voltou esbaforido, contando que havia sido “atacado” por um “elk” (espécie de veado típico do Canadá, bem grandinho por sinal). Custei a acreditar, hahaha. Mas ele estava tão ofegante e contando com tantos detalhes que terminei por me considerar uma mulher de sorte por não ter perdido o marido “morto pisoteado por um veado em Banff, ao fazer o cooper matinal…”. Brincadeiras à parte, tive mesmo medo disto, imaginem?! O que vocês fariam numa situação dessas?! Quero nem pensar…

“Elk” que flagramos na beira da estrada, próximo a Banff

Depois do café da manhã no hotel, fomos de carro até o ponto onde você toma a Gondola para subir a Sulphur Mountain, com 2.451m de altura, de onde se avista a cidade de Banff e todas as montanhas em volta. É simplesmente estonteante!!! Ao chegar lá, vc compra o bilhete para a gondola ($65=R$166,00, por pessoa), que lhe dá direito a subir, permanecer um tempinho lá, tipo 1 hora ou 1:30h, e depois descer. Vale cada centavo!! Uau, sem palavras. E o dia estava magnífico. As fotos abaixo falam por si sós.

Esta é a estação das gondolas, no alto da Sulphur Mountain

Este paraíso a perder de vista está dentro do que eles chamam de Banff National Park, que foi criado em 1885, sendo o mais antigo do Canadá e abrange mais de 6 mil m². É um terreno muito montanhoso, repleto de rios, lagos, florestas, cachoeiras, picos nevados e muitas trilhas a serem exploradas pelos visitantes. O Parque é considerado Patrimônio Mundial da Unesco. E faz parte das Montanhas Rochosas Canadenses.

Descemos então a Sulphur Mountain e seguimos de carro até a “Bow Falls”, uma grande corredeira do Bow River, aos pés da montanha onde estávamos, e bem pertinho do local onde meu marido havia sido “atacado” pelo elk, rsrsrs. Daí pude ouvir uma nova versão, dessa vez dentro do cenário real e com uma interpretação ainda mais convincente e assustadora, hahaha. As corredeiras terminaram ficando em segundo plano com a emoção da história toda, mas é um local muito bonito e agradável!! Vale a visita. Tem estacionamento no local.

Depois disso estávamos famintos. Ali perto eu havia visto um grande restaurante chinês. Gosto de restaurantes chineses fora do Brasil, pois a comida é bem mais autêntica, normalmente os proprietários são chineses “de verdade”, hehehehe. O nome dele era “Silver Dragon – Superb Chinese Cuisine” (ô povo pra gostar de dragão né?!…).

Pra beber, pedi uma cerveja típica, sabor framboesa, bem diferente! Para comer, fui de sopa de Wonton (eu tomava quando criança num restaurante em Recife, adorava). Trata-se de uma massa muito muito fina, recheada de carne, que pode ser feita frita, no vapor ou cozida em caldos de carne ou legumes. A sopa estava muito boa. Depois pedi uma carne com brócolis e arroz branco. Cláudio preferiu rolinho primavera e depois camarão empanado com arroz e brócolis de prato principal. A nota final que demos à comida: 7,0. Mas justiça seja feita, ela poderia não ser tão maravilhosa, mas o atendimento foi excelente e o ambiente era muito bonito. Além do mais, foi barato, pois com gorjeta e tudo pagamos $42,60 (R$ 108,00).

Ao sairmos do restaurante, fomos direto ao Lago Minnewanka, nas proximidades de Banff (uns 10 km). Nossa…. adoramos… muito bonito!!! Cheio de locais deliciosos para piquenique. Ficamos um bom tempo lá, dando uma explorada. Deixei meu pé na água gelada por uns minutos, pra ver se aliviava a dor… rsrsrs.

Num dado momento surgiram uns carneiros selvagens, que eles chamam de “bighorn sheeps“, próximos ao lago. Ficamos observando-os. Depois eles começaram a se movimentar, na cara-de-pau mesmo, perto de onde estávamos, andavam todos juntos, foram pela beira do lago e terminaram invadindo a estrada, onde passavam os carros. Todos paravam para tirar foto, inclusive nós, obviamente. Muito lindos! Muito legal ver animais assim soltos, selvagens.

Passamos depois num outro lago bem próximo, o “Two Jack“, bonito também, mas o Minnewanka dá de 10 a 0.Tiramos umas fotos do mirante, não descemos até o lago. Havia um “bighorn sheep” na floresta próxima, do outro lado da estrada, o maior e mais imponente que vimos na viagem.

Voltamos para a cidade, compramos um rosé e fomos para nossa varanda ver o dia “morrer” aos poucos, lindo, inesquecível…

 

Viagem ao Canadá – Banff – 1º dia

 

Banff Ave

Um dos nossos maiores sonhos era conhecer as Montanhas Rochosas. Mas não pensamos que iríamos nos surpreender tanto!! Foi muito mais e melhor do que imaginamos. Deixamos Calgary às 9:30h depois de um reforçado café da manhã no hotel. Chegamos em Banff rapidinho, em 1h30m. Passamos no Centro de Informações Turísticas e pegamos toda sorte de mapas. Comprei um enorme, de toda a região das Rochosas. Se tem uma coisa que eu adoro é mapa.

Chegamos no hotel (A Good Nite’s Rest Bad & Breakfast) ansiosos para largarmos as malas, mas para nossa decepção, uma senhorinha chinesa que nos atendeu disse (num sofrível inglês) que o quarto não estava pronto… Deixamos o carro estacionado com as malas e fomos dar uma volta pela avenida principal.  O hotel era super bem localizado, dava pra andar a cidade toda a pé. Na Banff Ave muitas lojas (caras, rsrs) e restaurantes (caros também!), mas as belas vistas do Mont Girouard nos rendeu dúzias de fotos!!

Foto tirada da ponte que cruza o rio Bow, na Banff Ave

Entramos em algumas lojinhas, compramos um ímã para nossa coleção e quando bateu a fome escolhemos, dentre as opções mais acessíveis, um restaurante grego, com decoração bem simpática, chamado Balkan – The Greek Restaurant. Comi pão pita (aquele pão árabe, ou sírio, redondo, lembram?) com carneiro e salada, estava bom. Claudio preferiu um “gyros” de porco (aquele famoso e imenso espeto de carne que fica assando durante horas, que tem em todo restaurante grego que se preze) com fritas, mas disse que os que ele comia na Alemanha (há séculos atrás, diga-se de passagem, rsrs) eram muito melhores. Com cerveja e refri, conta total ficou em $53,50 (uns R$ 140,00).

Saímos de lá e voltamos até a ponte que cruzava o Bow River, lugar muito bonito, estávamos começando a nos apaixonar… Tiramos diversas fotos.

Voltamos para o hotel e ficamos impressionados com o nosso quarto. Era enooooorme!! Com duas camas de casal, muito espaçoso (frigobar, microondas, cafeteira, ar condicionado), banheiro imenso, varanda imensa. Era o melhor quarto de hotel até o momento, sem dúvida. Mas não perdemos muito tempo, tínhamos uma programação a cumprir!

Pegamos o carro e fomos até a entrada da “Tunnel Mountain Trail“, uma trilha que fica no centro mesmo de Banff, tem pouco mais de 2km de extensão e sobe até 1.690m de altitude (Banff está a 1.383m). A subida oferece vistas espetaculares. Recomendo muito!! Ficamos encantados. Dá pra ver toda a cidade, o vale em volta e as montanhas no entorno. Tivemos sorte com o tempo que estava ideal para uma trilha (sem calor, sem chuva).

Nosso primeiro dia nas Rochosas foi assim, inesquecível. Voltamos felizes para o hotel, depois de passarmos no supermercado. Fomos dormir cedo para aproveitarmos melhor o dia seguinte. Que foi ainda mais incrível..

Viagem ao Canadá – Calgary

Chegamos em Calgary (maior cidade da província de Alberta) um pouco antes das 11h, do dia 04 de junho. Fazia calor. No aeroporto mesmo, pegamos o carro previamente alugado na Hertz e fomos direto para nosso hotel, o Best Western Plus Suites Downtown, a algumas quadras do centro da cidade. Por dentro, quarto espaçoso, com mini cozinha, banheiro grande e completo, gostei bastante. Está bem localizado, para quem não está com tendinite no pé… mas para mim, naquele dia tudo parecia distaaaaaaante demais, rsrsrs.

Vista da janela de nosso hotel

Nós decidimos dormir uma noite em Calgary apenas para descansar de viagem (são umas 4 ou 5 horas de voo de Montreal até lá), pois seguiríamos depois para Banff, nas Montanhas Rochosas, que fica a 125km de carro. Tudo isso no mesmo dia, ficaria meio pesado. A cidade de Calgary foi fundada em 1875 e é um importante centro financeiro e comercial. Ela tem uma excelente infra-estrutura e tem as ruas organizadas como em Nova York, por números, como as 7th e 8th Ave.

Cruzamento entre a 5ª Ave e 2ª St em Calgary

Quando chegamos no hotel, estávamos famintos (pra variar, rsrsrs), pois para nós, que vínhamos de Montreal, com duas horas a mais de diferença, já passava das 14h. Nem precisamos andar muito, pois encontramos um restaurante vietnamita logo na segunda esquina (o Balô). Resolvemos matar a saudade!! Caso não saibam, fizemos uma incrível viagem à Tailândia, Camboja e Vietnã, que está toda aqui no blog, vocês podem explorar depois através do menu “Viagem e Gastronomia / Asia“.

O Balô visto por dentro

Pedi um “Stir frie tiger prawn” (camarões gigantes fritos) e Claudinho preferiu um “Pad Thai“, o prato mais emblemático da Tailândia: uma espécie de “macarronada” com legumes, ovos, camarões (ou outra carne qualquer) e um molho apimentado. Não sei se foi a fome mas meu prato estava ótimo! Bem servido e camarões de primeira!

Então saímos caminhando até o Central Memorial Park, na 4th Street, pois próximo a ele estava acontecendo uma feira gastronômica, mas estava lotada demais. Música ao vivo, muita gente jovem, calor. Fugimos, hehehe. Queríamos algo mais tranquilo. Seguimos pela Stephen Ave Walk, uma rua de pedestres, com lojinhas e restaurantes, mas nada que se comparasse à Rue Sainte-Catherine, em Montreal.

Stephen Ave Walk

Então resolvemos andar mais um pouco até o Eau Claire Market, que segundo o guia da Folha, é um “mercado gourmet”, mas também não achei nada muito especial, comparado aos mercados gourmets que já conheci pela Europa ou mesmo na Califórnia. Tinha uma casa especializada em vinagres, o que achei até interessante, e só. Perto dali, há o Prince’s Island Park, uma ilha no meio do Bow River. Muitas famílias se divertiam, crianças pintavam o chão com giz colorido, cachorros e patos, muitos patos.

Prince’s Ilsand Park

Depois de um tempo, voltamos para o hotel, minha tendinite não dava trégua. Só passamos antes no mercado para comprar nosso “jantar”, um vinho, e alguns apetrechos para nossas aventuras que iriam começar em breve, em Banff, nosso próximo destino!

 

 

Viagem ao Canadá – Montreal – 3º dia

Peço desculpas a quem está me seguindo por aqui! Estive bastante atarefada neste final de ano, dedicada a uma ação solidária à qual me dedico todos os anos, em Recife. Além disso, desde que voltei para o Rio no reveillon, o trabalho ficou muito intenso no Tribunal. Com chefe de férias, sabe como é… Mas hoje decidi voltar ao blog, deu saudade! Pretendo terminar a minha viagem ao Canadá, porque o melhor ainda está por vir!! Vamos ao 3º e último dia em Montreal…

Oratório Saint-Joseph

Este foi um dia cheio de “altos e baixos”, literalmente, rsrsrs. Depois do maravilhoso café do Dominic em nosso Aubergell, tomamos o metrô, depois o ônibus, até o Oratório Saint-Joseph (L’Oratoire Saint-Joseph du Mont Royal), que fica um pouco distante do centro da cidade, mas vale a pena uma visita. Até porque é a maior igreja de todo o país. Começou como uma capela, lá nos idos de 1904, e hoje é uma Basílica, com um domo impressionante. O Irmão André, fundador da capela inicial, foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1982, pelos milagres de cura que ele realizou. São muitos os peregrinos que visitam a igreja, e cumprem promessas, e sobem intermináveis escadas de joelhos…

Oratório Saint-Joseph

Voltamos para o centro da cidade e procuramos um restaurante francês considerado um dos melhores de Montreal (Restaurant Europea), infelizmente, ele só abriria à noite. Nas redondezas, encontramos um argentino autêntico: “l’Atelier d’Argentine“. Gostei do cardápio executivo, que estava saindo a 16$ (uns 40 reais). Entramos, restaurante vazio, acho que era meio cedo. Com um conceito moderno e interessante, decidimos ficar.

L’Atelier d’Argentine

De entrada tomamos uma “gazpacho“, sopa fria de tomates grelhados, temperada com bastante alho e pimenta. Servida com uma torrada. Achei deliciosa, exótica. Sei que é uma sopa muito popular na Espanha.

De principal, pedimos um hambúrguer de cordeiro, com queijo de cabra, tomate, rúcula. Batatas fritas de acompanhamento. Bem gostoso. Precisávamos mesmo de algo bem energético, pois depois do almoço começaria nosso calvário, haha.

A nossa subida pareceu interminável até o “Chalet du Mont Royal“, construído em 1932. Foram “apenas” 260 degraus… só de lembrar me canso! E eu estava com uma tendinite no pé! Mas é o mirante mais famoso de Montreal, simplesmente imperdível. Lá de cima temos uma visão praticamente completa da cidade. Ele fica dentro de um Parque (Parc du Mont Royal) inaugurado em 1876. O paisagista foi o mesmo do Central Park, em New York.

Depois que descemos do mirante, meu pé estava incomodando muuuuito. De tal forma que nem pudemos continuar nossa peregrinação pela cidade. Passamos apenas num mercado para comprarmos vinho, pães e queijos e lá fomos nós para nossa varandinha na pousada. O Mario até me trouxe uma compressa quente (elétrica) para pôr no meu pé. E depois nos deu um pouco do “ragu” que o Dominic havia feito naquele dia para o almoço. Demais!

Dia seguinte saímos muito cedo para o aeroporto. Iria começar a parte mais emocionante de nossa viagem e que eu estou empolgadíssima para começar a contar aqui… Não percam os próximos capítulos!!

 

Viagem ao Canadá – Montreal – 1º e 2º dias

Christ Church Cathedral – Centro de Montreal

Na sequência, deixamos Quebec, passamos pela bela Cachoeira de Montmorency e fomos para Montreal, onde entregamos o carro que havíamos alugado em Toronto. Ficamos 3 dias lá e foi o suficiente para conhecermos o que há de melhor e mais interessante na cidade. E digo pra vocês, sem dúvida alguma, o que mais me marcou em Montreal foram nossos queridos anfitriões Mario e Dominic, donos da pousada “Aubergell“, do tipo Bed & Breakfast. Em seu site, o albergue é assim apresentado: “Affordable and cozy, Aubergell Bed & Breakfast, formerly known as Auberge l’un et l’autre, is a renowned part of the heritage of the gay village of Montreal since 1990”. Nosso quarto era bem pequeno, até porque escolhemos pela internet o quarto mais em conta, porém muito bem equipado e de muuuito bom gosto. O Mario cuidava de cada detalhe. Até da trilha sonora!! 😉

Nossos anfitriões: Mario e Dominic

Nosso hotel (Aubergell) em Montreal era encantador

E o Dominic era um espetáculo na cozinha! Aaaahhh não esqueço nunca mais!! Primeiro café da manhã, servido na sala do apartamento onde eles moram (no andar abaixo do nosso quarto) foi um espetáculo e eu não me perdoei por não ter levado a minha câmera: taça de iogurte com frutas vermelhas, suco de laranja, muffins, chocolate quente e um sanduíche feito na hora, com presunto, ovos, salada. Demais! Fora que o apartamento deles é super bem decorado e a gente se sente em casa. No segundo dia, levei câmera para o café da manhã, claro, e avisei pra eles que iria colocar no meu blog, rsrsrs. Dominic nos serviu uma torrada especial e caseira, com iogurte e frutas vermelhas, chocolate quente, e um lindo prato de omelete com cogumelos frescos. E o prato era de se comer com os olhos!!!

Café da manhã delicioso do Aubergell

Mas vamos à Montreal, hehehe. Fizemos uma primeira caminhada pela Rue Sainte-Catherine, que corta toda a cidade, de leste a oeste, mas nesse primeiro momento não fomos muito além das proximidades de nosso hotel, queríamos fazer um reconhecimento, ver onde estavam os supermercados, restaurantes, etc. Ficou óbvio que estávamos realmente em área voltada ao público gay, pela decoração da rua e os diversos tipos de publicidade. Fizemos um tour, curtimos o “ar festivo”, descontraído e cheio de restaurantes e bares. Como já era final do dia, terminamos tomando um chopp e comendo uma pizza na “Piazzeta“, indicado inclusive pelos nossos anfitriões. Pizza bem fininha, com queijo blue, pinoles, linguiça e cebola caramelizada….

As diversas cores da Rue Sainte-Catherine, Montreal

Dia seguinte fomos conhecer a imperdível, realmente imperdível, Basilique de Notre-Dame, do séc. XVII, na “Vieux-Montreal”, parte mais antiga da cidade. Absolutamente linda. Por fora ninguém diz nada, mas por dentro… 😯 É mágica. Seu altar principal é belíssimo. O órgão, no alto, com o azul das paredes e do teto por trás, era maravilhoso. Recomendo demais.

Basilique de Notre-Dame

Caminhamos até Chinatown, bairro chinês. Costumo sempre dar uma xeretada nesses lugares, sempre vemos coisas incríveis. Entro naquelas lojas de bugigangas e sabe como é… tem sempre algo criativo pra levar pra casa. Mas o que nos chamou mais atenção foi uma “vitrine” de um restaurante, onde um chinês preparava na hora uns macarrões, em segundos, só usando as mãos, esticando, dobrando, esticando, dobrando, e depois cortando e tchum! dentro da panela fervente. Impressionante. Parecia desses ilusionistas que vemos na tv hehehe. Depois de muito andar pra lá e pra cá, escolhemos um restaurante que servisse pato laqueado (Restaurant Ethan), mas devido ao preço alto do prato, optamos por um mais simples, o “canard rôti” (pato assado) e uma entrada de rolinhos fritos de legumes. Nada excepcional.

Portal de entrada do bairro chinês e Restaurante Ethan

Por fim fomos conhecer a cidade subterrânea de Montreal, que eles chamam de “Réso” ou “La Ville Souterraine”, um verdadeiro labirinto de corredores, com muitas lojas e praças de alimentação. São mais de 30km de túneis, mais de 1.200 lojas e mais de 200 restaurantes, conectados também a outros prédios, como bancos, universidades, escritórios, etc. Uma cidade embaixo da outra. No inverno, mais de 500 mil pessoas circulam por lá diariamente. Incrível não é?!!

De volta pra casa, paradinha para comer um crepe “fantastique” de banana com Nutella. Fiquei assistindo o cara fazer, babando…. muito bom!

Depois foi só passar no supermercado e comprar nosso jantar: pão, queijo, salame, vinho, coca cola. Corremos pra varandinha de nossa pousada, ao lado de nosso quarto, reservada só pra gente, friozinho de 12°, não queríamos mais nada…

Nossa varandinha “particular” no Aubergell

Próximo post, 3º e último dia em Montreal! E depois, você vai se encantar com a impressionante região das Montanhas Rochosas!

Ah, e quem ainda não leu as minhas dicas do Canadá, explorem os posts anteriores nos links abaixo:

 

Viagem ao Canadá – Cidade de Quebec – 3º dia

Quebec – cidade baixa

Estou bem atrasada em meus relatos de viagem!! Perdoem-me, mas a vida no trabalho tem sido bem intensa… Em nosso terceiro e última dia em Quebec, o dia amanheceu chuvoso. Meu marido saiu pra correr, fiquei de castigo no quarto curtindo uma tendinite 😥 . Depois do café da manhã na pousada (ovos mexidos à moda da casa) tentamos sair pra rua, mas como estava chovendo, fomos forçados a esperar pelo menos uns 20 minutos.

Tiramos o dia para conhecer “La Citadelle de Québec” (Cidadela de Quebec), uma antiga fortaleza construída para proteger a cidade, entre os anos 1820 e 1850. Uma estrutura interessantíssima, em forma de estrela. Ela está ocupada pelo 22º Regimento Real, inclusive mantém, em uma de suas alas, um museu que conta a história militar desse regimento. A Cidadela também funciona como residência do Governador Geral do Canadá, desde 1872.

Foto aérea da Citadelle de Québec (extraída da internet)

Fizemos o tour oficial, com uma guia “quebequense” muito simpática! Demos um giro por todo o forte, vimos o museu, os canhões, curtimos as vistas para o rio São Lourenço, a residência do Governador Geral. Enquanto isto ela nos contava um pouco da história da cidade. Visita obrigatória para todo turista!

Entrada do Forte e vistas de suas muralhas

Saímos de lá já era hora do almoço. Fomos então num restaurante tradicionalíssimo, e o mais famoso da cidade: Aux Anciens Canadiens, na rue Saint-Louis. O menu promocional executivo estava saindo por $19,95 (dólares canadenses, o que dá hoje uns 50 reais), e nos dava direito ao menu completo e uma taça de vinho “maison” (da casa). De entrada pedi um creme de cenoura, que achei igual a todos que já tomei na vida. Claudinho foi mais feliz, pediu um patê de carne bovina que estava muito bom.

De principal, pedimos o prato do dia: vitela com champignons. Nota 6,0 pra resumir. Tempero suave, meio sem gracinha… Acompanhava um purê e uma salada agridoce, acho que era de repolho.

Em relação à sobremesa, gostei muito!! Era uma “tarte aux pomme”, ou torta de maçã, mas o diferencial era a cobertura: um creme feito com o Maple Syrup, produto queridinho dos canadenses que já falei aqui nos posts anteriores, um xarope extraído da árvore típica do Canadá (o plátano). Estava deliciosa. Claudinho pediu sorvete caseiro de morango.

À tarde, caminhamos outra vez pela graciosa Place Royale, na cidade baixa, e depois de muitas idas e vindas, resolvemos parar para comprar pipoca em uma loja especializada (Mary’s Popcorn), que só vende pipocas e dos mais diversos sabores. Pedimos de “caramel salée” (com caramelo e salgada), a $6,35 (em torno hoje de 16 reais), e era a  “petite”, ou seja, a menorzinha!!! Mas juro que valeu cada centavo!!! Imperdível!!

Dia seguinte deixamos Quebec, mas antes de pegarmos a estrada para Montreal, demos uma pequena esticada (7km além do centro da cidade de Quebec) para conhecermos a “Chute Montmorency“, uma imensa e encantadora cachoeira, com um volume impressionante de água. Ela é 30 metros mais alta que a do Niagara!! Tomamos depois um chocolate quente (estava frio e chovendo ainda…) e depois seguimos para Montreal, que será meu próximo post. Até lá!

“Chute Montmorency” –  a 7km de Quebec

Viagem ao Canadá – Cidade de Quebec – 2º dia

Depois de dar uma pausa nos meus relatos do Canadá para contar do maravilhoso Feijão Tropeiro do Delícia, volto hoje à adorável Cidade de Quebec.

Em nosso segundo dia lá, fomos conhecer a “cidade baixa”. Saímos da pousada depois do nosso café da manhã especial: fatia de pão umedecida e frita (como nossas rabanadas), polvilhada de açúcar de confeiteiro e enfeitada de frutas vermelhas. Delícia canadense/francesa, e uma boa desculpa pra você encharcar seu prato com “maple syrup” ou “sirop d’érable”, paixão nacional. Adorei.

Caminhamos até a Cathédrale Notre-Dame de Québec, depois seguimos até o Montmorency Park, uma praça cujas vistas da cidade baixa são bem legais, vale ir até lá. Descendo depois pela “Côte de la Montagne” você chega numa escadaria de madeira conhecida por Escalier Casse-Cou (Quebra-pescoço), muito charmosa, com feirinha de artesanato na entrada, lojinha de arte e cafés. Ah! e ótima vista da “rue du Petit Champlain“, a mais aconchegante de Québec, repleta de lojas lindas e restaurantes charmosos. Imperdível, eu diria.

Vista do Montmorency Park, e embaixo à direita “Rue du Petit Champlain”

Foi nessa rua que ouvimos falar pela primeira vez em “cidre de glace“, um cidra feita de maçãs congeladas, o que produz uma bebida mais concentrada, mais licorosa. A fruta é prensada quando ainda está congelada, fazendo com que o sumo extraído não contenha praticamente nenhuma água. Depois o líquido é fermentado, e parte do açúcar vira álcool. Uma delícia. Claro que comprei uma garrafa…

Então fomos até a pequena e belíssima Place Royale, de aspecto bem medieval. No meio da praça, um busto de Luis XIV. Uma igrejinha de pedra ao fundo. Uma graça. Pena que o tempo estava bem chuvoso. Ainda assim, num momento que o sol deu o ar de sua graça, eu consegui captar uma boa foto.

 

Place Royale

Seguimos então pela rue Saint-Pierre, até a zona portuária, onde se encontra o Marché du Vieux-Port (Mercado do Porto Antigo). Parecia tudo, menos um mercado, kkk. Tudo tão limpo e silencioso… Com muitas flores, frutas, verduras, lojas de bebidas, charcuterias, docerias  e milhões de produtos feitos com “sirop d’érable”. Comprei outra cidra, mas dessa vez mais surpreendente ainda, pois além de ser feita com maçãs congeladas, era “fortificada”, ou seja, ela recebeu uma adição de álcool (alguma bebida destilada), para deixá-la com um teor alcoólico maior e mais doce. Quase um licor. Claro que enlouqueci né?! Comprei outra garrafa… 😉

Marché du Vieux Port

Então fizemos o mesmo percurso de volta e fomos almoçar lá na Rue du Petit Champlain, num restaurante que havíamos simpatizado, e também recomendado por nosso anfitrião, o “Cochon Dingue“, em português seria “Porco Louco”, hehehe. Pedi um frango “crispy” com arroz basmati e molho “oriental”, agridoce. Muito gostoso. Me senti novamente na Tailândia!!! Claudinho pediu fígado de vitelo, mas não aprovou muito… achou meio borrachento… também né?! pedir fígado longe de casa é sempre meio arriscado… eu mesma, só como fígado se tiver certeza que é bem fresquinho. A cerveja estava ótima, “Boreale“, canadense.

Por fim, voltamos para a cidade alta, saímos da área antiga, cruzamos as muralhas e caminhamos pela simpática “Grand Allée”, passamos pelo “Jardin Joanne D’Arc” e depois pegamos a Avenue Cartier, rua repleta de restaurantes e lojas também, mas num estilo bem mais moderno. Depois voltamos pela Rue Saint-Jean, também muito movimentada, muitos estabelecimentos comerciais, onde encontramos um excelente mercado e já compramos nosso “jantar”: pão, queijo e vinho. Sim!! vinho!! Não sei porque cargas d’água, mas nesse mercado tinha vinho pra vender, hahaha.

Antes de voltarmos para nossa pousada, ainda subimos a muralha, aliás, resto da muralha que contorna a cidade antiga e tiramos umas fotos. Nesse dia, eu já estava sofrendo bastante com uma tendinite no pé esquerdo, e não aguentava mais caminhar… 😦

Muralha antiga de Québec

Próximo post teremos outra pausa no Canadá, mas podem acreditar que é por um bom motivo!!

 

 

Viagem ao Canadá – Cidade de Quebec – 1º dia

Deixamos Ottawa numa segunda-feira muito chuvosa. Na estrada para Quebec, a chuva ficou ainda mais forte. Depois melhorou um pouco, e ao chegarmos em Trois-Rivières – onde havíamos programado de almoçar – a chuva tinha finalmente dado uma trégua. A cidade estava meio “fantasma”, talvez por causa do mau tempo ou por ser uma segunda-feira, não sei…

Rue des Forges, centro de Trois-Rivières

Trois Rivières (que significa Três-Rios) fica às margens do Rio São Lourenço. A “Rue des Forges” no centro da cidade, é cheia de bares e restaurantes. Escolhemos O’ Centro, um restaurante-pub, justamente pelo fato de estar cheio de gente, rsrsrs. Só poderia ser bom né?! Além disso, vi uma placa na frente que dizia ter uma promoção de “Pichet” por 12$. Achei que fosse uma meia-garrafa de vinho (na França ééé!!!) e fui logo pedindo, assim que sentei na mesa. Deixa que não era vinho hahaha. Era uma jarra imeeeeensa de cerveja, de 1,5 litros. Aí era tarde, já estava na mesa. Mas confesso que eu neeeeeem queria!!!! 😀

“Pichet” de cerveja no pub O’Centro

Então comi meu segundo salmão da viagem, tão inesquecível quanto o primeiro. Era um “saumon à l’érable”, grelhado com o xarope extraído do plátano (maple syrup), produto típico canadense. De sabor adocicado por conta do syrup, vinha acompanhado de arroz e legumes grelhados. Excelente! Cláudio preferiu um frango ao molho de mostarda e batatas gratinadas. Muito bom também! E quanto à cerveja… nem consegui terminar, pois tínhamos que seguir viagem… muito triste por ter que desperdiçá-la, juro que isto não é do meu feitio 😥

Ao entrarmos em Quebec fiquei encantada com as lindas casas ao longo do caminho até nosso hotel. Ah, um detalhe, não confundam Ville de Québec (ou Quebec City, em inglês), com a província de Quebec, à qual a cidade pertence. É como o Estado do Rio de Janeiro e a cidade homônima. Quebec é a cidade mais antiga do país (fundada em 1608 pelo francês Samuel de Champlain), também localiza-se nas margens do Rio São Lourenço. A história dela é bem confusa. Era colônia francesa, depois passou a ser inglesa. Já foi atacada pelos americanos. Hoje o Canadá é um país independente e Quebec sonha em ser também um país independente, rsrs. A maior parte de seus habitantes é francesa, ou descendente de franceses. A língua falada também é o francês. Fora da província de Quebec a língua falada é o inglês.

Ville de Québec

Nossa pousada ficava na parte fortificada e mais antiga da cidade: o Bed & Breakfast Chez Marie Claire. Nosso anfitrião, M. Pascal, nos aguardava. E falando um francês de Marseille, nos deu muitas dicas gastronômicas e de passeios. Nos forneceu mapas e nos apresentou toda a pousada, que recomendo muito. Além de bem localizada, nosso quarto era enorme e maravilhoso, com duas camas de casal. Não tinha frigobar, mas havia um disponível para os hóspedes no salão compartilhado, bem em frente ao nosso quarto no 2º piso. No térreo, uma grande mesa comunitária para o café da manhã, que aliás, é servido de forma individual. Alguns itens ficam na mesa e disponíveis para todos, mas há sempre algum quitute típico preparado na hora para o hóspede.

B&B Chez Marie-Claire

Nesta tarde, andamos pelo “Terrasse Dufferin“, um largo calçadão, construído em frente ao “Le Château Frontenac“, um grande e centenário hotel, na posição mais privilegiada da cidade alta. Muitas vistas legais lá de cima! Tiramos algumas fotos e seguimos caminhando por ali por perto, observando praças, casas, pessoas…

Ville de Québec (Place d’Armes, Château Frontenac e vistas)

Para fechar o dia, optamos por uma pizza no Polina Pizzeria (44 Rue Saint Louis), queijo, tomate e peperoni. No estilo fininha e crocante. Acompanhei com uma taça de vinho italiano. Perdoem-me a falta da foto. Fomos dormir bem felizes neste dia 🙂

No próximo post, muitas dicas imperdíveis da cidade, não percam!!

 

Viagem ao Canadá – Ottawa

Algonquin Provincial Park – Canadá

Antes de chegarmos em Ottawa, declarada capital do Canadá em 1867, passamos 3 dias no Algonquin Provincial Park, curtindo natureza total, fazendo trilhas e explorando lagoas de canoa. Eu estava precisando de umas atividades desse tipo, pra desopilar. Ficamos num hotel (Lakewoods Cottage Resort), na beira de um lago (Oxtongue Lake), que oferecia ótimas cabanas, com bastante conforto, quarto, sala, banheiro e cozinha completa! Aproveitei pra cozinhar um pouquinho… ah vai… só pra relaxar… camarões gigantes, um vinho do lado… 🙂

Lakewoods Cottage Resort e passeio de canoa no Algonquin Park

Ao longo da estrada até Ottawa há diversas pequenas cidades. Paramos em uma delas para almoçar (Angsville) e foi meu primeiro e inesquecível salmão. Se há algo que irei lembrar pro resto da vida em termos de gastronomia no Canadá é o tal do salmão. O verdadeiro. De sabor completamente diferente do nosso. Delicioso. Imperdível… Comi outros durante a viagem, tão bons quanto este primeiro.

Pegamos um trânsito terrível para entrar na cidade de Ottawa. E era um sábado!! Havia diversas obras nas ruas e a cidade estava lotada de turistas, não sabíamos bem a razão, até que depois entendemos… Era véspera da Maratona de Ottawa, os kits estavam sendo entregues, já havia acontecido mais cedo as corridas de 10K e 5K, e como estávamos entrando pelo centro da cidade, tivemos que enfrentar estes probleminhas…

Alugamos um quarto, em uma casa, via Airbnb. O nosso anfitrião era bem simpático, apesar de nem estar lá para nos receber. Um vizinho nos ajudou. Depois ele apareceu e veio conversar conosco, chamava-se Mathieu Dupont, mas não era francês, nem ao menos falava francês. Nos deu indicações de restaurantes e mercados próximos. Nos deu toda liberdade de ir e vir. Para entrar na casa dele era só digitar uma senha na porta. Casa hiper bem localizada, no centro mesmo, próximo a tudo que precisávamos e queríamos ver. Isto foi uma mão na roda. Mas em casa com banheiro compartilhado eu não fico nunca mais…

Em frente à casa onde nos hospedamos, na Sussex Dr

Acordamos cedo no dia seguinte, domingo, dia de maratona, dia de corrida pra gente também. Fomos até o Rideau Canal (Patrimônio Mundial da Unesco) e corremos 10K. Em determinado momento, os corredores de elite passaram ao nosso lado numa velocidade absurda!! Nos sentimos umas tartarugas, kkkk. Mas este sentimento foi motivante!!

Maratona de Ottawa e o Rideau Canal

Depois do café saímos para visitar o centro da cidade: Parliament Hill, arredores do Rideau Canal, Catedral Notre-Dame, National Galery e o ByWard Market, que são as principais atrações. A cidade é bonita e acolhedora. Cercada por rios, com parques bem arborizados, convida o turista a passear de bicicleta, correr, caminhar… O Rideau Canal, quando congela no inverno, vira a maior pista de patinação do mundo. A região do ByWard Market é ótima, cheia de bares e restaurantes, além de uma feirinha pela manhã, com frutas e verduras frescas.

E ao invés de sairmos pra jantar, terminamos optando por almoçar em um dos restaurantes indicados pelo nosso anfitrião: o Chez Lucien, que com nome francês me fez fazer altas expectativas, achando que era um bistrô com comidinhas francesas… Não sei se foi porque era horário de almoço, mas nos deram um menu que só tinha sanduíches e omeletes… Terminei morrendo num sanduíche de salmão grelhado, que pelo menos estava surpreendentemente saboroso 😉  Claudinho pediu um hambúrguer de carne com bacon e cogumelos (achou que veio muito passado). Cerveja Molson Canadian pra acompanhar, que acho que é a Brahma/Skol/Antártica canadense, rsrs, mas valeu!

No fim do dia, entramos na Catedral Notre-Dame, achei bem bonita até. Quis visitar também a National Galery, mas os principais pintores canadenses não estavam com exposição lá, de forma que desistimos. Uma pena…

Dia seguinte viajamos para a Cidade de Quebec, onde passamos deliciosos 3 dias. Em breve!!!

Veja os posts anteriores sobre Toronto e Niagara Falls.

 

 

Viagem ao Canadá – Cataratas do Niágara

O Rio Niágara nasce em um Lago (Erie) e desemboca em outro (Ontario) e demarca fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos naquele trecho. Num certo ponto, o rio se bifurca (na Goat Island) e cai em duas enormes cascatas, uma do “lado canadense”, formando as famosas e impressionantes “Niagara Falls” e a outra do lado norte-americano, bem menores, as “American Falls“. Do centro de Toronto até lá são 140km, o que nos permitiu fazer um bate-volta e de quebra ainda conhecer a pequena cidade pitoresca de Niagara-on-the-Lake.

Nesta panorâmica, vemos em primeiro plano as Niagara Falls e ao fundo as American Falls

Deixamos Toronto cedo, o dia estava lindo, para nossa sorte. Chegamos rapidamente em Niagara Falls, sem engarrafamentos. A cidade é bem turística, tem inclusive Hard Rock, lojas e muitos hotéis. O estacionamento para visitantes estava bastante vazio ainda. Deixamos o carro e fomos ver a cachoeira. É impressionante o volume de água… As informações que encontrei na internet são controversas, mas segundo o Google, o volume é de 2.400 m³/seg, vocês têm noção? É o mesmo que 2 milhões e 400 mil litros de água por segundo!! Este volume é alterado conforme a época do ano.

Niagara Falls

American Falls

As águas do Niágara são cristalinas, mas geladas, rsrs. Ficamos bastante tempo ali, curtindo a paisagem. Depois resolvemos fazer a Journey Behind the Falls, que consiste num labirinto de túneis escavados na rocha, por trás das cachoeiras. É bem interessante. Há um local, saindo de um dos túneis, que você fica ao lado da catarata, de forma que dá pra sentir toda a energia e a força da natureza. É bem legal.

Depois encaramos o Hornblower Niagara Cruise, um barco que sobe o rio contra a corrente e nos leva até bem pertinho da cachoeira. É bem emocionante! Eles te dão uma capa plástica para se proteger do inevitável vapor de água, mas sair molhado faz parte dessa aventura. Só toma cuidado com a máquina fotográfica ou celular…

Hornblower Niagara Cruise

Depois de tanta aventura, hora de comeeeeer!!! \0/ \0/. Eu já havia decidido antes de ir para Niagara Falls onde iríamos almoçar. Mas confesso que foi mais pelo visual, que pela comida, rsrsrs. É que lá também não iríamos encontrar coisa muito melhor mesmo. Fomos ao Elements on the Falls, um restaurante imenso, com uma enooorme janela de vidro com vista para as cataratas. Um encanto almoçar olhando aquela beleza toda. Pedi um hambúrguer e uma cerveja local. Nada mais típico, rsrs. Eu queria na verdade comer um hambúrguer de bisão (uma espécie de búfalo), mas eles tinham retirado este item do cardápio 😦 .

Depois do almoço, pegamos o carro e fomos na cidade Niagara-on-the-Lake, muito charmosa, situada no encontro do Rio Niagara com o Lago Ontário, preserva em sua arquitetura seu passado colonial inglês. Uma fofura. As casas, os jardins bem cuidados, as charretes, os pubs e diversas lojinhas, docerias, restaurantes. Ao longo do caminho até lá, passamos por muitas vinícolas.

Niagara-on-the-Lake

A região é famosa pela produção de vinhos, em especial, do “ice wine”, vinho produzido a partir de uvas congeladas, próprio para acompanhar sobremesas. São vinhos caros porque rendem muito pouco (maior parte da água contida na uva fica de fora, por estar congelada). Resulta num vinho muito doce e ácido. DE-LI-CI-O-SO. Vá por mim. Vale a pena cada gotinha. Tanto é que na volta, no free shopping de Toronto, compramos 3 garrafinhas pra trazer pro Brasil. E só vou tomá-los numa ocasião muito especial. Eu já havia experimentado uma vez na Alemanha (onde esse tipo de vinho começou a ser produzido) na viagem que fizemos pelo Rio Reno. Até trouxe uma garrafa de lá (que até hoje está na minha adega e não tive coragem de abrir, rsrsrs). Dá uma pena de tomar…. O Canadá ocupa hoje o lugar de maior produtor mundial de ice wines.

Loja vende ice wines em Niagara-on-the-Lake

Na simpática cidade de Niagara-on-the-Lake, comi apenas uma deliciosa tartelete de nozes. E comprei a minha garrafa de vinho, além de pão, queijo e presunto para garantir nosso jantar no apartamento de Toronto. Ah, levei uma mini garrafinha de ice wine para acompanhar nossa sobremesa: biscoitos feitos com “maple syrup” (ou “sirop d’érable” em francês), famoso xarope extraído da seiva da árvore conhecida aqui no Brasil como plátano (aquela da folha-símbolo do Canadá, que está em sua bandeira nacional). Combinação delícia!!

Tartelete de nozes, biscoitos de “maple syrup” e ice wine

Se você ainda não leu meu primeiro post sobre Toronto, veja aqui. E no próximo post, não perca as dicas da impecável capital do Canadá: Ottawa!!