Quando decidimos há um ano atrás viajar para a Califórnia, comprei de imediato um guia completo e comecei a estudar um roteiro e definir as prioridades. A Califórnia é um dos maiores estados americanos, em termos de superfície, e o mais populoso. Ele tem uma geografia extremamente interessante, com uma imensa costa dando para o Pacífico.
Aquela região foi primeiramente explorada e colonizada pelos espanhóis, posteriormente tornou-se parte do México e por fim, voltou a pertencer aos EUA a partir de 1850. A influência mexicana na cultura deles (inclusive culinária) é bem visível, principalmente nas cidades do sul, como Los Angeles e San Diego.
Fiz então um roteiro partindo de Los Angeles (onde alugaríamos um carro), passando primeiro pelo Sequoia & Kings Canyon Park, depois o Yosemite Park, Napa Valley, San Francisco, e descendo pela Highway One, passando por Carmel, Santa Barbara, San Diego, e depois voltando a Los Angeles. A partir deste momento, pegaríamos um avião em LA para Las Vegas, de onde partiríamos até o Grand Canyon de carro, depois voltando para Las Vegas, de onde pegaríamos o voo de volta para o Rio de Janeiro. Perfeito. Para ser feito em 23 dias (saída dia 01/05 com chegada no dia 24/05).
Primeira parada: Sequoia Park e Yosemite Park. Dois lugares impressionantes (para amantes da natureza). Ambos imperdíveis. O primeiro, pelas majestosas sequoias gigantes, como a General Sherman, que mede 84m de altura (um prédio de 28 andares aproximadamente). É a maior árvore, em volume, do mundo, mas no parque há árvores mais altas, com mais de 100m. O diâmetro de sua base tem 11 metros e sua idade é estimada em 2.500 anos. Incrível não?!
Já o Yosemite Park, não há palavras suficientes para traduzir a sua beleza. É preciso ir até lá e conferir. É simplesmente espetacular. Nos hospedamos no Cedar Lodge, que é muito conveniente, pois fica próximo a entrada do parque. Saímos do hotel antes das 8h da manhã e passamos um dia inteiro lá, mas ficamos frustrados porque foi muito pouco tempo!!! As melhores trilhas são longas, podem durar o dia inteiro, portanto o ideal é ficar lá por pelo menos três dias, para aproveitar melhor. Há um serviço ótimo de ônibus circular dentro do parque que deixa os turistas nos pontos iniciais das trilhas, e que passa pelo “Visitor Center”, onde todas as informações sobre o parque poderão ser obtidas.
Pouco depois da entrada do parque, nos deparamos com o famoso “El Capitan“, uma incrível montanha rochosa de 910m, praticamente vertical, onde muitos audaciosos fazem escaladas, considerada uma das mais difíceis do mundo.
Deixamos o carro no estacionamento da Yosemite Village e fomos até o Visitor Center. A partir das informações que tivemos lá, escolhemos os pontos de interesse mais fáceis de alcançar, porque tínhamos pouco tempo. A primeira trilha que fizemos foi para a Lower Yosemite Fall (há uma trilha mais longa até a Upper Yosemite Fall que ficamos com muuuuita vontade de fazer!). Curtinha e fácil, a visão da cachoeira é linda, e divide-se em duas grandes quedas (a Upper e a Lower). Ao sairmos de lá, avistamos a incrível montanha denominada “Half Dome“, ao longe.
Daí fomos fazer a trilha da “Vernal Falls“, uma fantástica cachoeira. A trilha é difícil, porque há muita subida, tem que ter fôlego! Ida e volta até a cachoeira são 4,5km. Vale muito a pena!! E quando fui, dei sorte, ela estava com bastante água. Que visão!! Queríamos continuar a trilha até a Nevada Falls, mas devido ao pouco tempo, voltamos.
Agoooora é que começa a parte gastronômica!!!! Fomos até o lindo Hotel Ahwahnee, que fica dentro do parque, bem pitoresco e sofisticado (o ônibus circular leva o visitante até a porta). Entramos em seu lindo restaurante e fomos acomodados ao lado de uma janela que dava para os jardins. Pedimos inicialmente um vinho branco, para refrescar depois de tantas caminhadas.
Minha escolha foi de uma truta empanada, que estava um pouco gordurosa demais para meu gosto, acompanhada de um arroz de alecrim e legumes. A de Claudio foi um hamburguer de porco com maionese de batata. Estavam bons, nada excepcional. O melhor de tudo foi o crème brûlée… huuuummmmmm! O custo ficou em $72,00 já incluídos os 10% que pagamos por fora.
Após nosso almoço, fizemos uma outra trilha, a do “Mirror Lake“, bem mais tranquila. O lago fica aos pés do Half Dome. Depois voltamos até o estacionamento, pegamos o carro e fomos até o “Tunnel View“, de onde se tem um ângulo de visão fantástico do vale do Yosemite.
Arriscamos então continuar a estrada até o Glacier Point (estávamos com medo que escurecesse antes de chegarmos lá). Foi uma escolha acertadíssima. A vista deste lugar é indescritível. Há uma trilha a pé (Four Mile Trail) que sai do fundo do vale até este ponto, mas dura o dia inteiro, muitas pessoas fazem isto. Neste ponto, que é no cume de uma montanha, temos uma visão privilegiada de todo o Parque do Yosemite. Este mirante está a 2.199m de altitude. É um espetáculo!!! Mas nem sempre essa estrada está aberta para a passagem de carros. A neve obstrui o caminho por alguns meses. É preciso se informar antes.
No próximo post, Napa Valley!!
Muito bem…como prometeu, tudo detalhado!!👍👍😘😘
Adorei, vou acompanhar.
Vai ser muito bom tê-la aqui para acompanhar a reconstituição de toda a minha viagem!! Beijos e obrigada, Ana!!
Lú,
já vi que os relatos dessa viagem prometem…
Não vou desgrudar desses post’s da Califórnia 😉
Quem sabe um dia eu tenha o prazer de provar desse brûlée?!
Bjao e parabéns pelo post, está delicioso!!!
Robinho Sobrinho
Obrigada pela sua presença aqui, Robinho!! A Califórnia é mesmo incrível. Em breve sairá o segundo post! Beijos!!
Lu, as fotos que vc tira dos pratos são de dar água na boca! A Califórnia é incrível mesmo!!! As fotos do Yosemite estão espetaculares!! bjks
Obrigada, Flavinha!! Você deve voltar à Califórnia para conhecer o Yosemite! rsrs. bjss
Lu, esse lugar é simplesmente demais. Eu poderia ficar uma semana só fazendo essas trilhas e tirando fotos. Quando ouvimos falar em EUA sempre associamos a compras e entretenimento artificial. Isso é um exemplo que desmente completamente esse mito. Depois da sua viagem e da Flávia, a Califórnia definitivamente me cativou, mesmo sem ter ido.
Ah! Parabéns pelo nível de qualidade desse post.
Pingback: Grand Canyon | Na mesa com Lu Hazin