Eu sonhava há muito tempo em conhecer as Phi Phi Islands, muito por causa das imagens incríveis do filme “A Praia” com o Leonardo de Caprio, cujas águas translúcidas, surreais, de um “azul inexistente”, deixa qualquer um enlouquecido pra querer conhecer. O lado ruim é que a popularidade do filme terminou gerando uma avalanche de turistas, o que tira uma boa parte da graça. Deixa de ser uma aventura selvagem pra ser um estresse. A praia do filme não fica na ilha principal Phi Phi Don, e sim em Phi Phi Lee, uma ilha menor, uns 20 a 30 min de barco. A praia chama-se Maya Bay, e deixou de ser paradisíaca para ser um atracadouro de não sei quantas lanchas e long tails abarrotados de turistas que ficam disputando um lugar na areia… uma pena… Ela não foi destruída pelo Tsunami de 2004, que devastou Phi Phi Don, mas pela exploração turística pelo jeito não vai demorar muito…
Mas vamos lá… deixa eu contar a tortura que vivemos no princípio dessa travessia, ops, quero dizer a aventura…
A saída de Railay Beach para Phi Phi Don foi um tanto quanto tumultuada… Embarcamos (nós e mais uns 100) a partir da praia, em vários longtails onde as pessoas se distribuíram aleatoriamente, sem qualquer ordem, com malas pesadíssimas, sem ajuda de ninguém, cada um por sim e Deus por todos!
Então eles nos levaram até um barco maior, que já estava nos aguardando à deriva, do qual fomos nos aproximando, de um em um, para podermos embarcar (passar do longtail para o barco), com as malas, com o mar balançando… Mas enfim, apesar da dificuldade, conseguimos. Depois que todos embarcaram, o barco seguiu viagem. O sol estava forte e por um bom tempo, para não enjoarmos do lado de dentro, ficamos ali do lado de fora, levando muito sol na cabeça, até Phi Phi Don, ilha principal, onde ficam os hotéis e o centro da cidade.
Chegamos no porto de Phi Phi às 11:15h da manhã. Paga-se uma taxa para entrar na ilha, menos de $1 (igual a Noronha, #sqn, rsrsrs). Como sempre, combinamos um “transfer” com o hotel, mesmo sabendo que não haviam carros na ilha. O guia colocou nossas malas em um grande “carro-de-mão” e o seguimos por ruelas labirínticas do centrinho de Phi Phi. Muitas lojas, mercados, restaurantes, bares, pousadas, lanchonetes, casas de massagem, etc.
Levamos uns 15 min até o nosso hotel Papaya Phi Phi Resorts, que para nossa tristeza, tinha uma imensa escadaria, sem elevador, e o sol estava escaldante. Nem sei até hoje porque “Resort” afinal, nem piscina tinha e ficava a léguas e léguas da praia. E o pior de tudo: pegamos um quarto no último nível, porque pedimos um com vista pro mar. A escadaria era ainda mais interminável e como o sol esquentava demais o teto (que parecia de zinco) transformava o quarto numa sauna e não tinha ar condicionado capaz de dar vazão. Não, vocês ainda não entenderam… Pra vocês terem uma noção, minha irmã começou a chamar nosso quarto de “forno crematório”. A única coisa boa disso tudo, para não ser injusta, era a vista. Mas não indico o hotel de forma alguma. Café da manhã servido no quarto, muito fraco. E para ter a vista, é só ir até o mirante da ilha.
Saímos desesperados para não sermos cremados e fomos comer. Pegamos uma dica com uma garota que estava na porta de uma agência de mergulhos e fomos ao Anna’s, que segundo ela era o melhor da ilha (tem “certificado de excelência” no TripAdvisor). O dono era um inglês simpático, que nos deu ótimas dicas de Phuket (em breve tem post!!).
Pedi um “Green Curry” com “sea food” (lulas e camarões) que estava realmente delicioso. Claudio pediu um porco que foi servido num molho com diversas especiarias, e minha irmã, o tradicional Pad thai (veja aqui), um prato feito com macarrão de arroz (noodles), camarões (ou outra proteína), ovos, e um molho agridoce (leva tamarindo e açúcar na sua composição). Pedi meu velho companheiro “cuba libre” pra matar o calor, pois a cerveja do Anna’s estava estupidamente… quente… 😦
Depois do almoço, caminhamos bastante pela rua principal, que segue próximo à beira mar, até um ponto em que pra continuar você tem que botar os pés na areia. Tiramos algumas fotos ali, na Tonsai Bay, a maré estava baixa, a vista era linda…
Depois tentamos ficar um pouco no hotel, mas era impossível. Nem água fria tínhamos. Inferno total. Resolvemos perambular mais um pouco pelo centro da cidade, onde mais tarde nos encontramos com minha irmã para jantar no Le Grand Bleu (“Imensidão Azul”), restaurante “francês com ares de tailandês”, hehehe. Este sim, acho que é o melhor da ilha. A comida estava deliciosa. Ambiente rústico, de excelente bom gosto.
De entrada, vieram uns pãezinhos torrados com alho, feitos na casa. Eu e Lego, minha irmã, escolhemos um “magret de canard” num molho caramelizado, com fatias de manga e purê de batatas. Excelente! Claudinho foi de pato também, mas com um molho de 5 especiarias. Preferi o meu, embora o dele estivesse mais “tailandês”, com sabor exótico. Talvez um pouco de anis estrelado, cominho, pimenta do reino e alguns temperos locais.
Saímos de lá procurando um supermercado (há diversos no centrinho turístico) para compramos um reforço para nosso café da manhã e lanche que levaríamos no barco no dia seguinte. Havíamos contratado previamente uma diária com um barqueiro chamado “En” no porto, às 8:00h da manhã. Queríamos evitar a multidão em Maya Bay (A Praia). Dormimos e acordamos bem cedo no dia seguinte. Tivemos umas companhias um tanto exóticas no café da manhã… Aqui no post em breve!!
Já leram meu post anterior sobre Railay Beach?!! Outra praia imperdível!
E muitos mais sobre a Tailândia, clique abaixo:
Lú,
Rindo até 2020… forno crematório é ótimo hahaha!!!
Sei que você não é “fresca” com quarto de hotel e muito menos calorenta. Se reclamou é porque devia estar muito complicado mesmo.
O lugar é lindíssimo, mas confesso que as fotos do pier (lotadoooo) ficaram na cabeça 😦
Bjão!
Lu. Quero ver o post do mergulho e das companhias exóticas. Nosso mal é achar que os outros países são iguais ao nosso. Aqui, quarto com vista pro mar refere-se também ao melhor quarto de todos. Não sei como eu faria com esse calor todo.
Desembarcar de um barco para outro maior em pleno alto mar? Acho que Virginia desistiria na hora disso..rsrsr
Beijo…
A gente não desistiu porque não tinha outro jeito, kkk.
Enfim, quem tá na chuva é pra se molhar né?!! Foram poucos os perrengues que passamos nessa viagem, felizmente. Talvez este tenha sido o único…
Beijo!
Pingback: Peito de pato grelhado ao curry vermelho | Na mesa com Lu Hazin
Pingback: Spring rolls | Na mesa com Lu Hazin
Oi, Lu!
Cerveja “estupidamente…. quente!” foi bom demais hahaha (de ler, claro rs)!
Adorei o post, muito divertido! Fico me imaginando nesse quarto do crematório… Eu não tenho esse espírito esportivo não. Ia ficar muito de mau humor! Nem eu ia me aguentar! hahaha
Me transportar com mala em pleno alto mar não é pra mim tb… Eu enjoo muito em barcos. Mas a água é linda, hein! E o bom é que todo perrengue depois vira história pra contar!! 😉
Quero saber das visitas curiosas…
Bjks
Hahaha, pois é Flavinha, esses perrengues depois viram história e ficam engraçados, mas na hora H é complicado… Se bem que nada me tira o humor quando estou viajando. Só estar fora do Brasil e longe da chateação do dia-a-dia, fico com o humor nas alturas, suporto até forno crematório, kkkk.
Beijão e em breve conhecerás as visitas que apareceram no nosso café da manhã haha.
Pingback: Phi Phi Islands – Parte 2 | Na mesa com Lu Hazin
Pingback: Phuket – Tailândia | Na mesa com Lu Hazin
Pingback: Ho Chi Minh (Vietnã) – Parte 1 | Na mesa com Lu Hazin
Pingback: Halong Bay – Vietnã | Na mesa com Lu Hazin