Dia 20 de novembro (sexta-feira passada) foi feriado de Zumbi dos Palmares no Rio de Janeiro, um feriadão de 3 dias. Conseguimos liberação na quinta-feira em nossos trabalhos e lá fomos nós, eu e Cláudio, rumo à Tiradentes, em Minas Gerais. Já havíamos passado um reveillon meio traumático por lá, há uns 7 ou 8 anos. Choveu demaaaais na ocasião!! E o pior é que verificamos o site do “weather channel” dessa vez e qual era a previsão?? chuva… Paciência. Queríamos mesmo descansar. Além disso já tínhamos nos comprometido com um grupo de amigos…
Vou ter que dividir o post dessa viagem em 3 partes, um pra cada dia. Na quinta-feira, chegamos em Tiradentes por volta das 14h, famintos, claro. Um amigo meu havia me recomendado um restaurante na cidade, o Kitanda Brasil. Eu nunca tinha ouvido falar, mas ele me disse que era meu estilo, com menu degustação, que a Chef era simpática, etc e tal. (Depois eu vi que ele está em 11º no ranking de melhores restaurantes de Tiradentes do TripAdvisor)
De cara, já simpatizei com ele (o restaurante). Uma casa com jardim, algumas mesinhas no terraço, salão pequeno com janelas dando para o jardim, decoração simples, cozinha aberta para o salão e uma pequena “vendinha gourmet”, com geleias preparadas pela Chef, cachaças e outras coisinhas mineiras.
Sentamos numa mesinha do lado de uma das janelas e uma simpática garçonete nos atendeu. Pedi uma cerveja, mas ela me explicou que a “bebida da casa” eram as caipirinhas. Entre diversos sabores pra lá de exóticos, pedi uma de tomate cereja com manjericão e meu marido foi na de banana com pimenta. Ambas também levavam limão. Não é que me surpreendeu bastante??!! Tanto que depois pedi a segunda… Preferi a de tomate, sou adepta de caipirinhas mais ácidas.
E aí começamos a degustação. A essa altura, a Chef ainda não havia aparecido. A garçonete nos avisou que ela estava dando uma palestra em Juiz de Fora, não sabia que hora que ela iria chegar.
Sem cardápio, o restaurante funciona na base do “menu confiance”, ou seja, você tem que confiar, literalmente, na Chef de cozinha. Mas você é questionado antes se tem alguma restrição alimentar.
Nossa primeira entrada foi um “pão de iogurte com geleias de hibisco (aquela flor que conhecemos por papoula), morango com pimenta e café”. As geleias de hibisco e de morango estavam muito cremosas, deliciosas :-D. O pão super macio. A geleia de café não curti, simplesmente porque não gosto de café :-|.
A segunda entrada (tive que anotar tudo senão eu ia esquecer!) era uma “massa aberta de pastel com queijo serro (típico da região do Serro em MG), vinagrete de tomate, repolho roxo, geleia de abacaxi com pimenta”. Estava muito bom.
Terceiro prato: “biscoitos de polvilho fritos com geleia de café”. Este particularmente, eu dispensaria, rsrs. É que não curto biscoitos de polvilho (acho sem gosto, sem graça, e mesmo morando aqui no Rio há 10 anos, não me acostumo com eles, hehe) e quanto ao café vocês já sabem… até já fiz força pra gostar, sempre achei charmoso tomar um café depois da refeição, mas não teve jeito…
Quarto prato: “bolinho frito de tapioca com queijo canastra (típico da Serra da Canastra – MG), com geleias de cachaça e de pimenta suave (Biquinho)”. Aí curti bastante!! Aliás, nessa combinação não tem como errar: tapioca, queijo, cachaça e pimenta!! (não necessariamente nessa ordem).
Quinto prato: “bolinho frito de arroz com queijo canastra, geleia de pimenta dedo-de-moça”, bem mais picante que a anterior. Estava bem saboroso, mas depois desse prato, já estava começando a ficar difícil continuar comendo, rsrsrs…
A sexta entrada foi uma grata surpresa, porque foi algo que eu não conhecia: “lambari da horta” (uma folhinha usada para chás, tem o formato de um peixinho, por isso o nome), empanada, com geleia de maracujá e de cupuaçu. Essas duas geleias estavam excelentes, destaque para a de cupuaçu. Ô frutinha gostosa, sô!
Depois das 6 entradas descritas acima, chegou finalmente o prato principal, beeeeem mineiro: “lagarto assado na cerveja preta em cama de polenta de leite, com couve mineira e pimenta dedo-de-moça caramelizada, e mais: língua de boi cozida também na cerveja preta, arroz de pequi, feijão (acho que mulatinho) tradicional”.
Vamos aos destaques: a pimenta caramelizada estava fantástica, pra quem gosta, muito picante e muito doce ao mesmo tempo. A língua, sou suspeita pra falar (porque sou fã), estava suculenta e saborosa. O arroz de pequi também se destacou, pois a fruta estava bem fresca. Até então eu só conhecia a fruta em conserva. Achei o sabor exótico. Gostei! Combinou com as carnes. O único porém de toda essa comilança é justamente o fato de não ser uma refeição exatamente leve né… ainda bem que a caipirinha dava uma aliviada :). E afinal de contas, eu estava em Minas Gerais, uai!!! (E em Pernambuco nem é tão diferente, hahaha)
Agora, palmas para a sobremesa!!! “Pastel de mil folhas recheado com doce de leite e morangos”…. meu deus… tava muito boa. Nota 10!!!
Ainda tomei um chá de “capim santo” (também conhecida como erva-cidreira, ou capim-limão), colhida na hora no jardim, e Claudio foi de café. Na hora de pagar a conta, supreeeeeesaaaaaa!!! Chegou a chef Tanea Romão. E já chegou falando com a gente como se fôssemos amigos de infância, hahaha. Gente, que simpatia! Trocamos ideias, falamos de comidas e restaurantes. Ela até me indicou um outro restaurante de Tiradentes, o CasAzul Bistrô, que ficará para a próxima vez. E ela ainda me presenteou com um saquinho de nectarinas fresquinhas. Um mimo!
Você já leu meu post sobre o “menu confiance” do restaurante Lasai no Rio de Janeiro?! Foi uma experiência incrível que vivi no ano passado, em comemoração ao meu aniversário!
E não perca os próximos posts! Contarei tudo sobre a deliciosa pousada em que ficamos hospedados durante esse feriadão e a grande aventura em que nos metemos!
Que charme esse restaurante!! Amei!!
O bolinho de tapioca me deu muita água na boca e a pimenta caramelizada queria muito provar (será que tem algo parecido aqui no Rio?) e a sobremesa eu prefiro nem comentar! Doce de leite com morangos não tem como ficar ruim! E amo café, queria ter provado a tal geleia, hein.
As caipirinhas bem exóticas mesmo, deu vontade de provar.
Curti tudo, inclusive o lugar e a apresentação dos pratos! Não sei se meu paladar aceita um menu confiance, mas se soubesse antes que seria esse o menu, eu topava (menos a língua! rs). Tenho muito o que aprender com vc kkk.
Beijos!!
Oi Flavinha!!
O bolinho de tapioca era óóótimo!! você ia curtir sim!! Quanto à pimenta, nunca vi nada igual aqui no Rio…
O menu confiance tem uma coisa boa: o elemento surpresa. Quando você é supreendido na mesa, isso sempre dá um gostinho especial, hehehe. Experimente e não se arrependerá!!
Beijos!!
Lu.. Que post gostoso de ler esse seu. Gostoso em todos os sentidos.
Esse restaurante é realmente a sua cara e gostei de praticamente tudo, exceto polenta que eu não curto. Não sei como você não gosta de café, logo você que come de tudo..rs..
Essa foto que você tirou em Tiradentes com a igreja ao fundo, me lembrou muito Salvador. E a outra foto me lembrou Paraty.
Nesse momento que escrevo esse comentário, só queria essa sobremesa. Fala sério, Indecente!
Teu Blog tem uma proposta realmente excelente e, depois dos ajustes que você fez nas categorias, pude perceber que está fazendo posts mais focados nas categorias. Curti bastante!
No aguardo dos outros dois posts de Tiradentes.
Oi Bruno!!! Que bom que vc gostou do post!!
Sim, o Kitanda é super legal. Essa semana devo estar publicando mais um post de Tiradentes, sobre a pousada que ficamos, que era uma maravilha, vc vai ver.
Essa região de Tiradentes é muito bonita, e a cidade realmente lembra um pouco Paraty e Salvador, e mais ainda, Olinda, em Pernambuco, mas acho que essa você não conhece… rsrs.
Beijo grande!!