As exclamações no título significam: “finalmente!!!”. Como é que eu até hoje ainda não tinha ido a Buenos Aires, logo ali do ladinho? Depois que um grupo de amigos nossos esteve lá este ano, eu e meu marido tomamos vergonha e fomos conferir. Sim, valeu a pena. Se é que há alguma pena em ir até uma cidade que fica a apenas 3h de avião do Rio de Janeiro e possui restaurantes de carne maravilhosos e vinhos de qualidade a preços irresistíveis. Aliás, estes são os seus maiores méritos! Ah, claro, também tem a Plaza de Mayo, a feira de San Telmo (imperdível), o teatro Cólon, os shows de tango, a Av. 9 de Julho, o Caminito, o Malba, o túmulo de Evita…
No nosso primeiro dia, depois de caminharmos uns 10 km pelo centro inteiro, resolvemos almoçar em Puerto Madero, antigo porto totalmente revitalizado. Os antigos armazéns de tijolo hoje são bares e restaurantes com varandas convidativas. Escolhemos o Cabaña Las Lilas, inaugurado em 1995 e que tem sociedade com a família Rubaiyat de São Paulo. As carnes oferecidas no restaurante são todas de criação própria e a adega impressiona. Comi uma ex-ce-len-te entraña, corte argentino que está na moda, rente às costelas, próximo ao diafragma. Muito macio, veio no ponto certo, embora o Bife de Chorizo (contra-filé desossado) de meu marido tenha vindo passado demais.
À noite não consegui comer mais nada, aliás, todos os dias que passei em Buenos Aires eu só consegui mesmo almoçar!
No segundo dia, fomos fazer compras em Palermo Viejo, na rua dos outlets (Gurruchaga) e na rua das fábricas de couro (Murillo). De lá, fomos almoçar no Don Julio, restaurante sugerido em reportagem especial que saiu no Globo (veja aqui). Adoramos o restaurante como um todo, o ambiente, o atendimento. Sentamos próximo ao “churrasqueiro” e sua imensa grelha. Fui lá conversar com ele, tirar algumas dúvidas sobre as carnes e aproveitar para tirar foto. Pedimos um vinho da Patagônia (a carta de vinhos era disponibilizada num ipad, achei o máximo) e uma morcilla (linguiça de sangue) de entrada.
Depois escolhi o Bife de Chorizo e meu marido apostou no Ojo de Bife que estava divino. Segundo pesquisa que fiz, trata-se do miolo do contra-filé. Um corte redondo, de uns 3cm de altura, com gordurinha no centro.
Terceiro dia, domingo, após visita ao Caminito, La Bombonera e ótima feira de antiguidades e bugingangas em San Telmo (Calle Defensa), almoçamos mais uma vez num restaurante de carnes (La Brigada, na Calle Estados Unidos). Eu pretendia ir a um contemporâneo, indicado na mesma reportagem do Globo, mas infelizmente estava fechado. Experimentamos então, de entrada, uma fantástica “provoleta de cabra”, que recomendo enfaticamente. Eu amei.
No último dia, quisemos nos despedir da cidade em alto estilo no El Pobre Luis, restaurante clássico na cidade, mas infelizmente também estava fechado (segunda feira para almoço!). Terminamos frustrados num restaurante italiano indicado pelo motorista de táxi…
Abaixo, alguns dos vinhos que tomamos durante nossa estada. Em falar nisso, nossas malas vieram abarrotadas de vinho (12 garrafas ao todo). Quem for comprar vinhos em Buenos Aires, aconselho olhar os preços nos supermercados que muitas vezes são melhores do que das lojas. Tive sorte no último instante, de encontrar uma loja (Frappé, na Av Callao 1380) com promoção de vinhos bons, próximo ao nosso hotel na Recoleta (Dazzler Suites). Dos vinhos que compramos já degustei um: Angelica Zapata Malbec 2008, vinícola Catena Zapata. Quem não gosta de vinho argentino, vai mudar de opinião ao tomar este!!!!