Terceira parte da minha saga à selva amazônica. Sábado de manhã cedo, dia 22/11, tomamos mais um farto café da manhã na Pousada Tarântula e pegamos o taxi de volta para Manaus.
No caminho, o taxista (Dias) nos falou de um tradicional café da manhã na estrada, já chegando em Manaus, que vivia lotado e que servia uma famosa tapioca de tucumã, “vocês nunca comeram??? Pois precisam experimentar! é deliciosa!”, ele nos disse enfaticamente. Não resistimos e pedimos para ele parar no tal restaurante.
Pedi a tapioca indicada por ele, de tucumã, mas primeiro ele fez questão que eu experimentasse um pedaço da fruta, para sentir o sabor. O tucumã é uma palmeira. Dela se retiram palmitos, frutos, a madeira para fabricar brincos e outros utensílios, e sementes de onde se extrai um óleo utilizado na cozinha. Ou seja, a palmeira é totalmente aproveitada. O fruto não é muito doce, textura fibrosa e consistente. Me lembrou pequi, outro fruto de palmeira, típica do cerrado brasileiro.
A tapioca era enoooooooorme, nunca vi nada igual! Comemos nós três e ainda sobrou. O Dias também pediu o “pé-de-moleque”, diferente do que é feito no Nordeste. Mas é também uma espécie de bolo de mandioca, com castanha-do-pará, só que assado na folha de bananeira. Achei muito saboroso! Aproveitei também e tomei um delicioso suco de cupuaçu. Explorei as comilanças que tinham pra vender por lá, como “charque” (mistura de carne seca, farinha, cebola, tudo misturado e refogado, como uma farofa), bombons de cupuaçu e castanha-do-pará, tucupi (caldo amarelo extraído da mandioca brava, cozido e fermentado por dias e utilizado em alguns pratos típicos), além de farinhas de mandioca de vários tipos.
Seguimos para Manaus onde nos encontramos com uma sobrinha e seu namorado. Como já estava quase na hora do almoço, rumamos para o centro da cidade, até o Largo de São Sebastião, onde fica o Teatro Amazonas, inaugurado em 1896. Ele tem uma bela cúpula e é um símbolo de Manaus.
Ao lado do Teatro, há alguns restaurantes. Fomos ao “Tambaqui de Banda“. O nome já diz tudo. A especialidade da casa é o tambaqui (peixe) assado na brasa, acompanhado de baião de dois e vinagrete. Você pode pedir o Banda Pequena, Média, Grande ou Super Banda, dependendo da quantidade de pessoas. De entrada, eles nos ofereceram o bolinho de “pirarucu de casaca” (prato típico, que leva o pirarucu salgado, farinha de mandioca e banana-da-terra frita) e claro que aceitamos. Estava muito bom!!
Depois pedimos a Banda Média de Tambaqui, que dá para três pessoas. Excelente!!
De lá, fomos até o café no interior do Teatro Amazonas, onde comi um brigadeiro tradicional e onde meu marido e sobrinha tomaram um café, que, segundo eles, estava com sabor de café velho e requentado… :|. Por sorte, o brigadeiro estava bem bom.
Neste dia ainda tivemos disposição para jantar num restaurante árabe, chamado Sarah, cuja comida estava muito bem feita e saborosa, com destaque para o babaganoush (e olha que falo com conhecimento de causa), e cuja dona (a Sarah) é super simpática. Recomendo demais!
No próximo post, contarei minha experiência no Banzeiro, um dos melhores restaurantes de Manaus. Volte aqui pra conferir!
Lu, incrível como você consegue descobrir tanta coisa interessante em tão pouco tempo. Admirável! beijão.
Ci!!! É que fico “ligadona” pra vivenciar todos os segundos e sem desperdício de tempo. Sou intensa mesmo, segundo dizem, sou “hiperativa”, kkkk.