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Vinícola Ravanello – Gramado/RS

Vinícola Ravanello em Gramado

Vinícola Ravanello em Gramado

Ir a Serra Gaúcha e não visitar ao menos uma vinícola é deixar sua viagem incompleta. Fomos (eu, meu marido e meus sogros) passar o feriadão de 07 de setembro em Gramado e entre outros programas, optamos por conhecer a Vinícola Ravanello, próxima a Gramado, cujo tour é guiado pelo próprio dono, o que faz uma grande diferença! O ideal mesmo, teria sido passar pelo menos dois dias no Vale dos Vinhedos, conhecendo as principais vinícolas da região, mas vai ficar para a próxima oportunidade…

No princípio do tour, ele nos mostra um pouco da propriedade, adquirida em 1987, mas que só começou a produzir vinhos muitos anos depois, em 2010. Há plantações de diversas frutas lá, além de ervas e verduras, como alcachofras, azeitonas, alecrim, manjericão, morangos, maçãs e outras.

Plantação de alcachofras, um arbusto de manjericão e oilveira na Ravanello

Plantação de alcachofras, um arbusto de manjericão e oilveira na Ravanello

Depois ele nos levou até seus vinhedos, todos organizados por tipo de uva (há tintas e brancas). Ele próprio e seus técnicos acompanham todos os processos da produção, desde o plantio, colheita das uvas, fermentação até o engarrafamento. Quando as uvas estão no ponto certo de maturação, são transportadas até a vinícola, desengaçadas, esmagadas e colocadas em tanques de fermentação de aço inox que possuem sistema de controle de temperatura. Alguns dos vinhos ainda vão para barricas de carvalho francesas. Ele possui um laboratório dentro da vinícola, onde os especialistas ficam controlando os tempos ideais de fermentação e de repouso nas barricas.

O Ravanello nos apresenta seus vinhedos, tanques de inox para fermentação e barricas de carvalho onde repousam os vinhos

O Ravanello nos apresenta seus vinhedos, tanques de inox para fermentação e barricas de carvalho onde repousam os vinhos

Garrafas de espumantes ficam inclinadas para sofrerem a rémuage

Garrafas de espumantes ficam inclinadas para sofrerem a rémuage

Seus espumantes são fabricados utilizando-se o método “champenoise”, em que os vinhos saem dos tanques e vão sofrer uma segunda fermentação dentro da própria garrafa, para que o gás carbônico fique “preso” formando as necessárias borbulhas. Neste período, as garrafas ficam inclinadas para baixo, sofrendo rotação diária, processo chamado de “rémuage”, para que os sedimentos do vinho desçam aos poucos até o gargalo da garrafa. Posteriormente os sedimentos são retirados e os espumantes recebem um “licor de expedição”, que repõe um certo teor de açúcar, dependendo de que tipo de espumante que se quer. Nós degustamos um “brut”, que tem muito pouco açúcar. Estava delicioso, mas eu sou suspeita… apaixonada por espumantes bruts!!

Degustamos alguns de seus tintos também, entre eles se destacou o vinho produzido com a uva “Teroldego”, que eu nunca tinha ouvido falar. Segundo informações que encontrei na internet, ela é oriunda e ainda cultivada em regiões italianas, justamente de onde saíram os imigrantes que vieram para o Brasil no final do século 19. Gostei tanto do vinho que comprei uma garrafa para tomar aqui no Rio, em alguma ocasião especial.

Eu e Ravanello, na loja de vinhos da Vinícola e seu vinho emblemático, Teroldego 2012

Eu e Ravanello, na loja de vinhos da vinícola e seu vinho Teroldego 2012

Ravanello ainda tem um “Espaço Gourmet” em sua vinícola, para eventos diversos, que inclui uma cozinha super bem estruturada e moderna. Ao final do tour, posou para uma foto comigo, na loja onde expõe os vinhos que produz. E conversa vai, conversa vem, começamos a falar de restaurantes em Gramado. Ele então nos indicou o Malbec (tinha que ser um com nome de uva, kkk), que servia um carneiro maravilhoso. Eu não podia desprezar a indicação de um enólogo (e enófilo), então corremos para o tal restaurante. Pedimos a paleta, que vem acompanhada de legumes grelhados (batata, abóbora e abobrinha), farofa e alguns molhos. Muuuuuito boa!! Recomendo!!

Restaurante Malbec em Gramado. Recomendo a paleta de cordeiro!

Restaurante Malbec em Gramado. Recomendo a paleta de cordeiro!

Leia outras dicas e sugestões de passeios em Gramado, nos links abaixo:

Gramado-Parte 1 (hotel que ficamos e dicas de Canela)

Gramado-Parte 2 (passeio de Maria Fumaça e restaurante em Bento Gonçalves)

Restaurante Bouquet Garni em Gramado (crítica completa!)

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Gastronomia da serra fluminense

Matei saudade de comer cabrito!

Tinha um restaurante em Olinda/PE no qual eu costumava comer há muitos anos atrás, que servia um pernil de cabrito inteiro, com fava, arroz, farofa e molho vinagrete. Dessas coisas que a gente não esquece nunca. Daí que no final de semana passado,  eu e meu marido estivemos em Araras, região serrana do Rio de Janeiro, e escolhemos um restaurante português (Oliveiras da Serra) para almoçarmos. Não, não comi bacalhau (eram pelo menos 15 opções). Comi, sim, de entrada uns ótimos bolinhos de bacalhau, bem crocantes e sequinhos. E depois, o danado do cabrito!!

Bolinho de bacalhau

Bolinho de bacalhau

Nosso pernil de cabrito foi servido assado com batatas de forno e arroz de brócolis. Estava muito saboroso (certamente foi bem marinado antes), mas a carne não estava tão suculenta quanto eu gostaria. Para dar um “plus”, havia um ótimo molho de hortelã para temperar o cabrito. O vinho que pedi para acompanhar combinou perfeitamente e até me surpreendeu em termos de qualidade. Era um português Monsaraz, alentejano, 2009, meia garrafa.

Pernil de Cabrito do Oliveiras da Serra

Pernil de Cabrito do Oliveiras da Serra

 

Por último, como sempre, meu marido escolheu a sobremesa: pastel de Belém. Estava muito bem feito. Veio quentinho, com canela à parte, para quem gosta. Fechamos com chave de ouro.

Pastel de Belém da D. Vera

Pastel de Belém da D. Vera

Curiosamente, uma das donas do restaurante, D. Vera, já esteve no programa “Mais Você”, preparando uma espécie de pão-de-ló, segundo nos informou a garçonete. Havia um quadro na parede, próximo a nossa mesa, com fotos da D. Vera preparando o doce ao lado de Ana Maria Braga.

Dia seguinte, recuperados da comilança toda, resolvemos encarar algo mais “leve”. Fomos no restaurante do Sítio Solidão (por indicação de um amigo), famoso já por seus ótimos queijos de cabra, ovelha e diversos outros queijos e embutidos (inclusive experimentamos a copa deles, que é defumada, maravilhosa). Daí que quando vi “eisbein” no cardápio, não me controlei: “Joelho-de-porco-defumado-com-salada-de-batata-e-chucrute!!! Eu quero! Ah, e me traga uma cerveja “Antuérpia”, mineira, bem gelada! E de entrada umas linguiças de carneiro fritas!”. Afinal, perdido por um, perdido por mil…

Linguiça de carneiro do Sítio Solidão

Linguiça de carneiro do Sítio Solidão

Estava divino. Nós dois aprovamos totalmente. Tanto as linguiças, que vieram acompanhadas de dois molhos. Um deles era tão bom e original que terminei comprando pra levar pra casa (juntamente com um pacote de linguiças). Era uma mistura de mostarda, mel e raiz forte. Uma coisa!

Desta vez, fizemos questão de não pedir uma sobremesa. Já havia passado demais do limite razoável. Mas qual não foi a minha surpresa quando chegamos no carro?! Meu marido já estava com uma barra de chocolate a postos. Juro que só comi um quadradinho, Deus me perdoe…

Joelho de porco defumado (Eisbein) do Sítio Solidão

Joelho de porco defumado (Eisbein) do Sítio Solidão