Sábado passado, pra sair um pouco da rotina, convidei meu marido para irmos almoçar em algum restaurante fora do pólo gastronômico de Botafogo, onde moro. Sugeri o restaurante do Chef francês Claude Troisgros, o CT Boucherie, no Leblon, o que ele concordou imediatamente. Liguei pra lá, mas infelizmente, eles não faziam reservas. Chegamos às 12:45 e já não havia mais nenhuma mesa disponível do lado de dentro do restaurante. Do lado de fora é impossível nesta época do ano aqui no Rio de Janeiro… Como não queríamos esperar 30 ou 40 min, resolvemos caminhar um pouco pela Dias Ferreira, em busca de algum outro lugar aprazível. Em alguns minutos já estávamos dentro do Restaurante Sawasdee, do Chef Marcos Sodré.
O primeiro Sawasdee foi aberto em Búzios, na Orla Bardot e nós já havíamos estado lá algumas vezes. Somos amantes da culinária tailandesa, com seus molhos agridoces e apimentados. Alguns anos depois, mais especificamente em 2007, o Sawasdee do Leblon foi aberto e só estivemos lá uma única vez, naquele mesmo ano. Nem lembro mais o que comi… Pedimos então uma entrada degustação, chamado “mix de entradas – Krathong, satay, beringela, salmon, salada”, tradicional da casa. A beringela com molho agridoce estava muito boa, embora eu preferisse que ela estivesse grelhada e não cozida. O bolinho frito de salmão é saboroso, mas nada excepcional, assim como o espetinho de frango (satay) com molho de banana. Os outros dois itens não marcaram.
Meu prato principal, por sua vez, estava divino!! Adorei. Pedi um camarão com molho de côco e tamarindo (“Kung Brio Wan”), cestinhas com brócolis e arroz basmati, aquele mais longo e fino, cultivado na Ásia há pelo menos 5 mil anos, principalmente na Índia, Paquistão e Bangladesh, depois se espalhou pelo Egito e Itália através dos árabes e ganhou o mundo. Na Espanha, o utilizam para fazer paellas. Ele é considerado um dos mais saborosos do mundo. A única coisa que eu trocaria no meu prato, seriam os brócolis, que embora eu goste bastante, acho que é neutro demais. Talvez tenha sido escolhido justamente para não roubar o sabor do molho que estava delicadíssimo.
Cláudio escolheu um prato mais leve, que estava no cardápio como sugestão do Chef, um cherne grelhado com talharim de pupunha, gengibre, couve, pimenta dedo de moça e mais alguns temperos. Não nos “emocionou”.
Sempre temos aquela ideia de que a comida tailandesa tem que necessariamente nos surpreender, pelo exotismo. É uma culinária que vem se difundindo rapidamente no mundo inteiro e é muito marcada pela utilização de leite de coco, manga, pimenta, coentro, limão, alho, páprica e muitos outros temperos. Há uma valorização muito grande nas cores, texturas, sabores e aromas nos pratos tailandeses. Para quem gosta de experimentar algo diferente, é um “prato cheio”. Recomendo.
Em 2016, vamos à Tailândia e postarei aqui todas as experiências gastronômicas que fizermos. Estou até pensando em experimentar os famosos insetos fritos, como grilos, formigas e escorpiões, mas preciso me preparar psicologicamente primeiro!! Sou curiosa por natureza e penso da seguinte forma: se os tailandeses e outros povos asiáticos estão vivinhos da silva até hoje, mal não deve fazer. Me aguardem!!!