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La Villa – um bistrô francês em Botafogo

Cartão com a logomarca do bistrô

Cartão com a logomarca do bistrô

Estive duas vezes neste lindo sobrado transformado num despojado e charmoso bistrô francês, justamente no primeiro e segundo turnos das eleições deste ano. Se depender do meu voto, já está eleito como um dos melhores franceses do Rio. Ele recebeu três garfinhos da Luciana Fróes em agosto passado (vejam a crítica completa aqui).

Eu tenho quedas naturais por restaurantes cujos cardápios são bem enxutos, e que variam de tempos em tempos. Você vai uma vez lá e na próxima já encontra outras alternativas. O que está em jogo é a criatividade do Chef (no caso, do Damien Montecer). E pelo jeito esta qualidade não falta a esse francês da região sul do país, segundo ele mesmo me disse, é proveniente de uma cidadezinha próxima à Saint-Tropez…

Tivemos um pouco de dificuldade para estacionar o carro, terminou ficando um pouco longe do restaurante, que fica na rua Álvaro Ramos, em Botafogo, uma rua bem escondida e discreta, cujo último trecho é sem saída. O sobrado ficou lindo com a reforma, com as portas e janelas turquesas. Na frente, ele criou um ambiente para o cliente aguardar sua mesa, com palets e almofadas azuis. O interior é moderno e rústico ao mesmo tempo, com paredes de tijolo aparente e um grande bar no salão principal.

Bar no interior do La Villa

Bar no interior do La Villa

Eu e o chef Damien Montecer em frente ao La Villa

Eu e o Chef Damien Montecer em frente ao La Villa

Cardápio do dia (domingo, 26/10) no La Villa

Cardápio do dia (domingo, 26/10) no La Villa

Não pedimos entradas, ao invés disso, tomamos uma taça de vinho enquanto aguardávamos os pratos. A princípio, ficamos em dúvida entre dois dos cinco pratos principais do cardápio do dia. Terminamos por fazer um sorteio: eu fiquei com o “Filet de Monsieur “Courvoisier” (esqueci de perguntar o significado do nome), que era um tornedor de mignon flambado, acompanhado de batatas “fondant”, cebola roxa assada no sal grosso e um caldo de carne no conhaque. Meu marido foi sorteado com o “Calamars à la provençale”, com lulas “persillade” (com salsa picada), risoto negro, confit de alho e pesto de manjericão. Ambos os pratos estavam deliciosos. O arroz negro estava macio, bem hidratado no azeite. A cebola roxa que acompanhava meu filet, estava muuuuuito saborosa. Ao final do almoço, quando comentei com o Chef sobre o quanto havia gostado da cebola, e que deveria ter mais no prato, ele achou graça, disse que ficava até feliz com meu comentário, pois segundo ele,  a maioria das pessoas deixa a cebola no prato. Que sacrilégio!!!!

Tornedor com batatas "fondant" e cebola roxa assada

Tornedor com batatas “fondant” e cebola roxa assada

 

 

Lulas "persillade" com arroz negro e pesto de manjericão

Lulas “persillade” com arroz negro e pesto de manjericão

Na hora da sobremesa, eu não tive dúvidas, pedi a mais tradicional de todas as sobremesas francesas: crème brulée.  Da primeira vez que estive lá, comemos uma torta de chocolate que estava muito boa, mas como não sou muito fã de chocolate (agora vocês que vão me acusar de cometer um sacrilégio, hehehe) pedi o famoso creme de baunilha com aquela crosta de açúcar queimado.

Crème brulée do Chef Damien

Crème brulée do Chef Damien

Saí de lá leve, leve… com duas taças de vinho nas idéias, de forma que quando fui votar, não é que havia esquecido o número do meu candidato a governador?!! Precisei da ajuda da mesária, que me entregou a tabela de candidatos, hahahaha.

Agora eu só desejo que o Brasil volte a crescer e se torne um país no qual todos tenhamos orgulho de viver!!