Il borgo | Na mesa com Lu Hazin

Vou dar uma paradinha básica (e necessária) na minha viagem a Portugal (preciso ainda falar de Évora e Lisboa!!!), e fazer uma crítica gastronômica de um restaurante que abriu recentemente em Botafogo, na Conde de Irajá (nº 201), e que fui experimentar final de semana passado, o Il Borgo del Conte.

Melanzane

Eu havia lido no Rio Show que um chef italiano (Giuseppe Dalmazzo) tinha sido trazido pra cá para tocar a cozinha deste restaurante, juntamente com seu sócio, o também italiano Ângelo, que conheci pessoalmente. Aliás, uma simpatia só, como (quase) todo italiano. Em conversa com o Ângelo e observando o cardápio, posso dizer que há ali uma cozinha clássica e mais fortemente influenciada pela gastronomia do Norte da Italia.

Spaghetti al pesto

Escolhemos de entrada uma “melanzane” (beringela) gratinada, que para meu paladar estava ótima, muito delicada. De principal, pedi um clássico “spaghetti al pesto”, por indicação do próprio Ângelo, que disse ser uma ótima pedida, pois ele havia conseguido o manjericão ideal, um que tem a folha mais graúda. E estava perfeito, para o que ele se propunha. Sem tirar nem por. Feito com pinoli e com um queijo parmesão de boa qualidade. Meu marido pediu um “Gnocchi al gorgonzola”, cujo molho estava excelente, mas o gnocchi um pouco mais “duro” que o que eu faço em casa, pois coloco muito pouca farinha de trigo. Os outros comensais pediram “Spaghetti a matriciana”, com pancetta (tipo bacon) e molho de tomate e “Penne ao ragu”. Não experimentei-os, portanto, não vou dar opinião, mas me pareceram apetitosos, principalmente o “matriciana”. O “ragu” me pareceu meio “seco”.

Gnocchi al gorgonzola

As sobremesas estavam maravilhosas: um clássico “Tiramisú” e um tipo de bolinho, meio pudim, meio mousse, de chocolate.

O restaurante fica numa esquina (próximo aos ótimos Entretapas, Oui Oui e Irajá), onde antes funcionava um bar, e tem decoração simples, mas aconchegante, sem aqueles penduricalhos típicos de cantinas italianas, que segundo Ângelo, só existem mesmo aqui no Brasil, “capiche?!!”.