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Paris – O início da viagem

Já havia ido à Paris 3 vezes, em ocasiões bem diversas. A primeira vez foi em 1993, com apenas 23 anos. Meu coração foi arrebatado por aquela cidade. Impossível não se apaixonar por ela. Não sei a realidade de quem vive lá, principalmente nos dias atuais, onde uma grande onda de imigrantes invade o país e a Europa. A situação dessas pessoas é de cortar o coração…

Mas afora os problemas que toda grande cidade tem, eu diria que Paris é uma cidade “unânime” no que diz respeito aos turistas, pois não há quem não goste dela e não há quem não se sinta absolutamente feliz ao andar por suas ruas, ou à beira do Rio Sena. Ela é um museu a céu aberto. Seus prédios históricos, grandiosos, seu rio imponente, caudaloso, transeuntes bem vestidos, charmosos, seus bistrôs em cada esquina, cadeirinhas nas calçadas… todas essas imagens marcam sua alma pra sempre.

Nossa viagem se iniciou aqui, onde encontramos nossos companheiros de aventura, dois casais queridíssimos. Mas antes de partirmos de carro até nosso destino principal (Mont Saint-Michel), tivemos um dia inteiro para curtir a cidade. Como já havíamos feito turismo a relativamente pouco tempo por lá (há uns 5 anos atrás), resolvemos tirar o dia para fazer umas compras básicas, já pensando em nossa próxima viagem para o Canadá, que já será dia 21 desse mês!!!

Mas antes das compras, havia algo mais importante a fazer: correr!!! É a nossa mania atual, :). Foi de leve: 4 km. Difícil foi aturar o frio nos pulmões: 4 graus. :|. Lado bom: ver o prédio do Louvre livre dos turistas, tirar fotos ao lado da pirâmide sem ninguém pra atrapalhar, assistir ao sol iluminando a cidade aos poucos…

Depois da corridinha, tomamos um café maravilhoso, com “coisinhas” francesas, no apartamento de meus primos, regado a croissants e queijinhos locais. Só então saímos para bater perna. Compramos umas roupas especiais, tipo 2ª pele (de lã, pra suportarmos o frio), luvas, mochilas, meias e casaco (Uniqlo). Passamos “por acaso” na frente da Prefeitura da cidade, da Notre-Dame, do Centro Georges Pompidou.

E andando tanto assim, claro que tínhamos que dar uma paradinha para repor as energias. Um almocinho leve…

Escolhi uma “crêperie”, pois na França se faz crepe como em nenhum outro lugar! Adoro as “galettes” que nada mais são do que crepes salgados (“crêpes salées”) feitos com trigo sarraceno (ou trigo-mourisco). Essas “galettes de sarrasin” têm uma textura diferenciada, mais crocante. É típica da cozinha bretã, mas você encontra em toda a França. Até no Rio tem, e boa! A “Le Blé Noir”, em Copacabana. Não tirei fotos do ambiente do restaurante, peguei na internet, vejam só as referências ao filme Star Wars… Você parece estar em uma nave espacial, rsrsrs. Nada a ver com galettes, mas enfim…

No “formule midi” (cardápio de almoço) do dia, ao preço de 12,90 euros, tinham duas opções de galettes à escolha do freguês, além de uma bebida e duas opções de crepes doces (crêpes sucrées). Minha bebida foi a tradicional para acompanhar a galette: uma deliciosa cidra (você escolhe entre a “sec” e a “demi-sec”). Optei pela galette “Polyphème” com os queijos Emmental, Chèvre (cabra) e Coulommiers (primo do Brie), acrescido de nozes e salada à parte. Estava muito boa, super bem feita e de um tamanho ótimo para uma pessoa. Minha sobremesa foi um crepe com geleia de morango (neste caso, do crepe doce, a massa é com trigo tradicional). Pensei que seriam com morangos frescos, daí fiquei um pouco frustrada… mas valeu :). A de Cláudio foi com nutella. As outras disponíveis não estavam no “formule midi”, eram de muitos sabores diferentes, algumas bem apetitosas, com chocolate derretido, biscoitos, frutas, sorvetes… Vejam o cardápio completo no site do Odyssey.

No final do dia, voltamos para nosso hotel, que por sinal era muito bem localizado, próximo ao Louvre. Indico, pois apesar de ter um quarto pequeno, ele é bem moderno, equipado, organizado e como já falei, super bem localizado. Vocês não vão acreditar, mas chamava-se Odyssey hahahaha. Juro que foi coincidência!!! Não sei se são do mesmo proprietário, mas com certeza, ambos são apaixonados pelo filme Star Wars. No quarto, você também se sente em uma nave espacial, kkkk, confiram as fotos no site do hotel.

À noite saímos pra “balada”. Mentira, rsrs… Na verdade saímos para um “botequim” muito legal, com piano, música ao vivo, sem palco, do tipo bem informal, com uma pessoa ao piano e outra cantando por entre as mesas do pequeno salão. É um bar já bem conhecido dos meus primos, ele mesmo (meu primo) dá uma canjinha ao piano de vez em quando. Chama-se “Aux Trois Mailletz“. Adorei a noite, pois havia uma cantora ucraniana (Alexsandra), cantando óperas, em italiano e francês, inclusive “Carmem”, de Bizet, que amo de paixão. A voz dela era maravilhosa. Tomamos vinho branco e pedimos uma tábua de queijos, além de uma porção de “moules” (mexilhões), que estava, pro meu paladar, um pouquinho salgada…

Ah, no caminho pra lá passando pela “Pont Neuf” próxima a Notre-Dame, flagramos o sol se pondo, imenso e vermelho, no horizonte em cima do Rio Sena, um verdadeiro espetáculo…

No próximo post, vocês vão conhecer o Château de Blavou, lugar onde passamos duas noites, situado dentro de um parque natural, na região da Normandia, a 165 km de Paris. “Très intérresant”!!

 

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