O Império Khmer, como falei anteriormente, floresceu entre os séculos IX e XV no coração do Camboja, dominou grande parte do sudeste asiático (onde hoje está a Tailândia, Laos e o sul do Vietnã) e recebeu grande influência da cultura hindu e chinesa (mais tarde serviu ao budismo também). Eles conseguiram construir uma cidade gigantesca para os padrões da época, com 1.000 km², chamada Angkor. A maior do mundo até o século XIX.
Os templos erguidos lá são verdadeiros tesouros da humanidade, a exemplo de Angkor Wat, o templo principal (onde estima-se que viviam em torno de 20.000 pessoas), que é o maior monumento religioso já construído no mundo. Um espanto de tão belo. Desde 1992 foi declarado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.
Reservamos dois dias inteiros para explorar o complexo de Angkor. É o tempo mínimo se você quiser conhecer os templos mais importantes. Contratamos um guia (chamava-se “Vut”) da angkortourguides.com, com antecedência, por $165 os dois dias, para 3 pessoas ($55 por cabeça). Além disso, para entrar no complexo histórico de Angkor, são mais $40 por pessoa, que dá direito a 3 dias de acesso.
Nossa primeira expedição foi para Angkor Thom, que foi uma cidade fortificada, onde fica o Bayon, um dos templos mais importantes. Uma das entradas da cidade é pela Victory Gate (foto no topo do post). Belíssima por sinal. O Bayon impressiona com suas 54 torres, cada uma delas com 4 rostos esculpidos, imensos, perfazendo um total de 216 enigmáticos semblantes…
Depois fomos caminhando até o Baphuon, outro belíssimo templo, construído no séc XI. É preciso fôlego para subir suas escadarias até o ponto mais alto, mas vale super a pena!
De lá, seguimos para o Phimeanakas, um templo-palácio, do século X, depois ampliado. Foi dedicado ao hinduísmo.
Caminhamos em seguida pela belíssima “Esplanada dos Elefantes“, com esculturas de elefantes entalhadas nas muralhas, praticamente em tamanho natural, muito bonito. E terminamos na “Esplanada do Rei Leproso“, inferior à dos Elefantes.
Então Vut nos levou até um restaurante típico, dentro mesmo do complexo, onde comi um prato sugerido por ele próprio: uma sopa com pedaços carne de porco e legumes, no leite de coco. Prato de tradição Khmer. Não era um curry, como na Tailândia. O tempero era bem mais “light”. Ainda bem, porque pra continuar andando pelos templos de Angkor depois do almoço, com estômago pesado, seria cruel… Cláudio pediu porco também, mas num preparo totalmente diferente, com um molho agridoce. E ao final, pedimos bananas empanadas (acompanhou um creme tipo “baba de moça).
Fomos então até o mais aguardado templo de todos, o Angkor Wat. Indescritível a sensação ao nos aproximarmos. Ele impressiona muito por sua arquitetura e porte. Subimos até o topo. É preciso visitá-lo sem pressa, há muitos detalhes, entalhes nas paredes, relevos absurdamente lindos, com figuras de tudo que se possa imaginar. Na parte externa, muitas “apsaras”, as famosas dançarinas com suas danças sensuais. Há lindos baixo-relevos também.
Por último, subimos até o templo Phnom Bakheng (século IX), situado no alto de uma colina. É preciso fazer uma boa caminhada até lá, de uns 30 minutos, e enfrentar uma fila absurda para entrar. Chegamos cedo (muito antes do por-do-sol) para fugir da multidão, mas depois de curtirmos o visual (dá pra avistar Angkor Wat), achamos que não valeria a pena esperar o sol se pôr (ainda faltava mais de uma hora) devido à neblina, e também porque nada iria se comparar aos que já havíamos assistido na Tailândia (em Railay Beach e Phuket).
Voltamos ao hotel, relaxamos um pouco na piscina, e à noite, saímos para comer algo. Um pouco cansada de comida “exótica”, terminei por comer uma pizza, num restaurante muito simpático, o Khmer Family. Minha irmã já saudosa da Tailândia pediu um “pad thai” e falou que estava maravilhoso.
Caminhamos de volta para o hotel e estava simplesmente linda uma das pontes da cidade de Siem Reap toda iluminada! Você já leu meu post sobre Siem Reap?! veja aqui!
Dia seguinte nosso guia iria nos buscar às 5:45h da madruga para assistirmos ao sol nascer em Angkor Wat. Uauuuu!!!!! Que espetáculo!!! Mas vai ficar para a próxima!!