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Ayutthaya – Tailândia

O belo Wat em Ayutthaya

O belo Wat Chai Watthanaram, em Ayutthaya

Nosso segundo dia na Tailândia foi todo em Ayutthaya (se pronuncia Aiutaiá), a antiga capital do país, construída em 1350 e posteriormente destruída pelos birmaneses, em 1767. Algumas ruínas estão relativamente bem preservadas e fazem parte da Cidade Histórica de Ayutthaya, que por sinal é Patrimônio da Humanidade.

Contratamos com antecedência um tour (tourwithtong.com) cujo guia era um figuraça chamado “On”. Ele nos pegou no hotel em Bangkok pontualmente às 7h (tivemos que pedir ao hotel um “café da manhã empacotado” para levarmos no carro). Durante a viagem, que dura pouco mais de uma hora, enquanto comíamos “On” foi nos contando trocentas histórias sobre toda a origem de Ayutthaya, seus reis, suas guerras, os incríveis combates de elefantes (Single Combat), tantas informações… que no final estávamos exaustos! No fim do dia eu não entendia mais nenhuma palavra do que ele dizia, hahaha.

Nossa primeira parada foi no Wat Yai Chaya Mongkol, um mosteiro construído em 1360, onde hoje vivem muitos monges. O seu Buda Reclinado é bem bonito e o templo antigo é interessante, com seus 145 budas sentados ao redor do templo, formando um gigantesco quadrado.

Wat

Wat Yai Chaya Mongkol, em Ayutthaya

Depois foi a vez do Wat Phanan Choeng, um dos templos mais antigos da cidade, construído em 1324, que guarda em seu interior um imenso Buda Sentado, presente de um imperador chinês.

Imenso Buda Sentado no Wat Phanan Choeng

Buda Sentado no Wat Phanan Choeng

Fizemos depois um tour de barco ao redor da cidade histórica, que fica situada numa ilha fluvial (mas não recomendo este passeio, porque não dá pra ver muita coisa interessante, apenas um dos templos que fica na beira do rio). Já dentro da cidade histórica, visitamos primeiramente o Wat Mahathat, construído em 1374, cuja “cabeça de Buda” enroscada nas raízes de uma árvore é a atração principal. Muito interessante. Próximo a ele está o Wat Ratchaburana, um templo pequeno, com basicamente uma única torre, mas com detalhes decorativos muito preservados.

Cabeça de Buda e uma das torres do Wat Mahathat (acima e abaixo à esq.),  e torre do Wat Ratchaburana

Nosso guia então nos levou para almoçar em um restaurante simples, mas com ar-condicionado (ufa!), nem lembro o nome… Comi um tempurá de camarão, com um molho gelatinoso e adocicado (depois verifiquei que é muito comum este molho nos acompanhamentos de frituras). O camarão não estava muito bom, cozido demais pro meu gosto. O mais legal era a decoração do prato, rsrs. E não poderia faltar a “Chang”, claro…

Tempurá de camarão acompanhado da cerveja Chang

Tempurá de camarão acompanhado da cerveja Chang

De lá, seguimos para o Royal Palace ou Summer Palace, construído em meados do século XVII, muito bonito, embora esteja bastante destruído. No passado, foi um imenso complexo, constituído de diversos prédios, com templos, mosteiros, um crematório, biblioteca, etc, utilizado pelos reis daquele período. Hoje em dia, restam de pé algumas “estupas” (torres cônicas que eram construídas para guardar restos mortais, conforme os costumes budistas).

Royal Palace em Ayutthaya

Estupas no Royal Palace em Ayutthaya

Depois fomos até o grande Buda Reclinado, que um dia pertenceu a algum templo, mas hoje está ao léu. Ele tem em torno de 500 anos, mas ninguém sabe ao certo quando e quem o construiu. Achei super interessante também.  Por fim, chegamos ao grandioso Wat Chai Watthanaram, o mais belo templo de todos. Construído em 1630, pelo rei da época, em homenagem à sua mãe. A luz nesta hora estava perfeita para fotografias, era final da tarde. Um lugar mágico.

Buda Reclinado e o Wat

Buda Reclinado (acima) e o Wat Chai Watthanaram

De volta a Bangkok, tivemos um jantar memorável no Mango Tree, num pequeno shopping beira-rio, relativamente próximo ao nosso hotel. Fomos inclusive caminhando até lá. O restaurante era de comida típica tailandesa, com um toque de sofisticação, digamos assim… mais contemporâneo. Tem uma área externa, com vista para o rio e a parte interna onde sentamos, de onde avistávamos o Wat Arun Ratchawararam, templo que fica na outra margem do rio, mas que não tivemos tempo de conhecer. O drink que pedi estava delicioso, com vodca, pimenta, canela, lima e licor de cereja. Eles trouxeram uma espécie de batatas chips bem apimentadas pra acompanhar o drink, adorei.

Drink do Mango Tree e chips apimentados

Drink do Mango Tree e chips apimentados

Eu e minha irmã escolhemos um pato ao curry vermelho (red curry), com abacaxi e lichia… huuuuummmmmmm 😛 Excelente! Primeiro grande prato tailandês da minha viagem. A pimenta era forte, mas o sabor era excepcional. O prato de Cláudio era uma costela de leitão grelhada com ervas, mas ele não achou grandes coisas. O prato inclusive chegou meio frio na mesa, foi preciso pedir para o esquentarem. De sobremesa, minha irmã escolheu uma “panacota de côco” que estava também divina. Recomendo muito este restaurante!

Pato ao curry vermelho (esq), Costela de leitão com ervas e panacota de coco.

Pato ao curry vermelho (esq), Costela de leitão com ervas e panacota de coco.

Na volta pra “casa”, atravessamos um mercado de flores que estava a todo vapor. Fora do mercado muitas barracas de frutas, verduras e comidas diversas.

Mercado de Flores, no caminho para o hotel Aurum

Mercado de Flores no caminho de volta para nosso Hotel Aurum

No dia seguinte, nós voamos para Chiang Mai, a segunda maior cidade da Tailândia, mas entrarei em mais detalhes no próximo post!

E se você ainda não leu sobre nosso primeiro dia em Bangkok, veja aqui.

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Bangkok, Tailândia – Parte 1

Uma variedade da Flor-de-lótus, comum na Ásia

Uma variedade da Flor-de-lótus, comum na Ásia

Há anos eu sonhava em conhecer a Tailândia. Finalmente meu sonho foi realizado e embarcamos no mês passado (eu, meu marido e minha irmã) numa viagem fantástica que durou 27 dias e incluiu Tailândia, Camboja e Vietnã. Este não é um blog de viagens, mas eu não posso deixar de falar um pouquinho sobre as cidades que conheci, inclusive assuntos que fogem um pouco da visão meramente gastronômica. Embora, verdade seja dita, uma das minhas maiores motivações para ir à Tailândia era conhecer in loco os deliciosos pratos daquela “nem-tão-exótica-assim” cozinha.

Entrei na Tailândia por Bangkok, sua capital e a décima cidade mais populosa da Ásia, segundo a Wikipédia (perto de 10 milhões de habitantes…). Em meu roteiro, passaríamos lá 3 noites no início da viagem e mais 2 noites ao final.

Bangkok é uma cidade relativamente antiga, tendo nascido por volta do século 15, mas na época, o governo sediava-se em Ayutthaya, onde hoje ainda se conservam algumas ruínas de templos antigos muito bonitos. A parte antiga de Bangkok guarda preciosidades arquitetônicas e dentro delas, estátuas famosas de budas, como o “Buda Reclinado” no templo Wat Pho e o “Buda de Esmeralda” no templo Wat Phra Kaew.

Nesta primeira estada na cidade, ficamos na parte antiga, num hotel pequeno e bem localizado, o Aurum – The River Place. Toma-se café na beira do Chao Phraya, o rio que banha Bangkok e é um dos maiores rios da Tailândia. A gente tomou café observando os diversos barcos que passavam incessantemente pelo volumoso rio.

Vista do café da manhã de nosso hotel em Bangkok

Café da manhã na varanda do restaurante de nosso hotel em Bangkok

Tiramos o nosso primeiro dia para bater perna pelos templos e conhecer o famoso Grand Palace (lindo), o Wat Pho, o famoso Templo do Buda Reclinado, do século 16, o mais antigo da cidade, e o Wat Phra Kaew. Há muita turistada nesses lugares, é preciso ir cedo para não ter que enfrentar as filas quilométricas, e mesmo assim se prepare para encarar a multidão…

Buda Reclinado no Wat Pho

Buda Reclinado no Wat Pho, Grand Palace e detalhes decorativos do Wat Phra Kaew

Ao sairmos de lá, atravessamos a rua e adentramos um mercado só por curiosidade, pra termos o primeiro contato com os temperos e iguarias locais. Arrependimento total…. rsrsrs. Era uma seção variadíssima de frutos do mar secos, o cheiro era bem desagradável, eu diria, quase insuportável. O aspecto de algumas coisas que estavam à venda era tão esquisito que apesar da fome que estávamos naquela altura, nossos estômagos se embrulharam… Esta parte de nossa “exploração gastronômica” era totalmente dispensável, rsrsrs.

Variedade de peixes e frutos do mar secos, em mercado de Bangkok

Variedade de peixes e frutos do mar secos, em mercado de Bangkok

Seguimos caminhando pela rua à procura de um restaurante para almoçarmos, mas queríamos algum que ficasse bem longe dali. Tomamos nosso primeiro tuk-tuk (popular triciclo utilizado para transportar pessoas pelo centro da cidade). O primeiro a gente nunca esquece, haha. Muito legal esse tipo de transporte, pitoresco, barato e prático. Mas tem que negociar, como tudo na Tailândia, ou melhor em toda a Ásia!

Tuk-tuks em Bangkok

Fomos até uma zona mais afastada, próximo a um forte na beira do Chao Phraya (Pom Pra Sumen). Encontramos um bem simpático nos arredores, localizado na beira do rio, o Aquatini Riverside, com ótimo ambiente e um atendimento muito simpático. Era nossa primeira refeição na Tailândia, estávamos ansiosos. Pedimos imediatamente um chope local para aplacar o calor. Era nosso primeiro chope “Chang”, e nem podíamos imaginar que tomaríamos tantos ainda, afinal, é o mais popular da Tailândia. Compartilhamos uma entradinha, com bolinhos fritos de peixe e rolinhos primavera, com molhos agri-doce e de pimenta.

Chopp tailandês Chang e entradinhas típicas

Chope tailandês Chang e entradinhas típicas

Minha aposta foi no siri-mole frito ao molho de tamarindo (Poo Nim Rad Sauce Makarm). Cláudio também escolheu um prato com molho de tamarindo, mas com camarões fritos (Goong Sauce Makarm). Minha irmã preferiu algo mais “light”, um camarão com aspargos (Nor Mai Farang Pad Goong). Todos os pratos estavam bons, mas no fundo fiquei um pouco frustrada, esperava mais, talvez porque estivesse com muita expectativa. A refeição custou $25 per capita, preço meio salgado, pois só tomamos uns 5 ou 6 chopes e 1 refrigerante. Em Bangkok, observei que restaurantes bons não são muito baratos. Já no restante da Tailândia, os preços são excelentes.

Nossa primeira refeição na Tailândia foi no Aquatini Riverside Restaurant

Nossa primeira refeição na Tailândia foi no Aquatini Riverside Restaurant

Este dia terminou na Khaosan Road, famosa rua de compras, e com vários pequenos hotéis, restaurantes, bares, massagens e uma infinidade de barraquinhas de comida de rua. Não ousei comer nada…  não por frescura ou restrição alimentar, mas primeiro porque já havíamos almoçado e segundo porque era evidente um certo descuido com a higiene e eu não queria comprometer as minhas férias logo no começo… Nos limitamos a tomar uma água de coco, pois o calor estava demais!! E aproveitei para comprar algumas calças leves, produto que mais se vende na Tailândia. Roupa muito apropriada para enfrentar o calor!!

Khaosan Road, em Bangkok, rua de compras e comidinhas

Khaosan Road, em Bangkok, rua de compras e comidinhas

Em nosso segundo dia de viagem, fizemos uma incrível excursão para Ayutthaya, que se pronuncia “aiutaiá”, a antiga capital da Tailândia, destruída em 1767. Ela guarda muitos segredos históricos. Confira o post aqui!!