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Angkor – Camboja (Parte 2)

Nosso segundo dia em Angkor foi ainda mais surpreendente que o primeiro dia.

Acordamos às 5h da manhã, pois nosso objetivo era ir ver o nascer do sol em Angkor Wat, o maior e mais impressionante templo da cidade de Angkor. Às 5:45h nosso guia chegou ao hotel e saímos com nossas “sacolinhas de café da manhã” preparadas pelo hotel.

Ao chegarmos lá nos surpreendemos com a grande quantidade de pessoas que já aguardavam o espetáculo. Pelo menos 200 pessoas se postavam na beira do lago, em frente ao palácio. O céu, para nossa sorte, estava limpíssimo e o nascer do sol foi algo inesquecível.  Ficamos muito tempo ali, tirando muitas fotos, obtendo a maior quantidade possível de ângulos e cores diferentes. Foi um show!!! Se for a Angkor, por favor não perca este espetáculo. Vai valer a pena acordar as 5h da madruga.

Nascer do Sol em Angkor é visto por centenas de pessoas diariamente

Nascer do sol em Angkor é visto por centenas de pessoas diariamente

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Depois pegamos a estrada até “Ta Prohm”. Trata-se de um antigo mosteiro budista, que funcionou também como hospital. Neste templo foram filmadas cenas de “Tomb Raider”, de 2001, com a atriz americana Angelina Jolie (ela adotou no ano seguinte, um bebê cambojano, de tanto que gostou daquele país). Figueiras gigantes que ao longo do tempo foram engendrando suas raízes pelas paredes do templo criaram um ambiente perfeito para as filmagens. O efeito é impressionante.

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Cenário do filme Tomb Rider no templo Ta Phrom

Cenário do filme Tomb Raider – Templo Ta Prohm

Seguimos então para o Banteay Srei, construído na segunda metade do século X, considerado um dos templos mais bonitos de Angkor, fundado por sacerdotes hindus. É realmente fantástico, pois conserva entalhes belíssimos, esculpidos nas paredes e portais. Super bem conservado. Um trabalho realmente extraordinário.

Templo Benzei

Templo Banteay Srei, um dos mais bonitos de Angkor

De lá, seguimos para um restaurante. Mas no caminho, vimos muitos melões sendo vendidos na beira da estrada. Nosso guia parou e fez questão que experimentássemos, pois era um fruto muito típico do local. Ele tinha uma cor clarinha, quase branco, mas por dentro era rosa e doce. Bem gostoso. Experimentamos também em outro ponto da estrada, a “palm fruit” (fruta típica de uma palmeira local), parecida com um côco, com água dentro e “lama” que dá pra comer de colher. É desta fruta que se extrai o “palm sugar”, um açúcar tipo mascavo, sabor parecido inclusive. Na foto abaixo, observe que a água da palm fruit está sendo fervida, para se obter o açúcar…

Melões e Palm Fruits na beira da estrada

Melões e Palm Fruits, na beira da estrada

O restaurante (New Hope) que nosso guia Vut nos levou era numa propriedade bem bonita, uma casa com jardim na frente, e macacos em volta. Este também era um “training” restaurante, a exemplo do Haven, para alunos de gastronomia. O local era delicioso, pitoresco, super tranquilo, apesar dos macacos quase invadirem nosso carro atrás de bananas que estavam em cima do painel, kkkk.

Restaurante New Hope, em Bakong

Restaurante New Hope, em Bakong

Pedi o prato mais típico possível, um “noodle soupe”. Nada mais que uma sopa com legumes, noodles (macarrão de arroz) e frango. Achei bem inocente, light demais. Muito saudável, tudo muito fresco, mas que não é exatamente o meu perfil… Meu marido pediu, além de um suco de manga, um “macarrão verde frito”, servido com legumes e pedaços de frango. Minha irmã pediu o mesmo macarrão, porém vegetariano, só com legumes. O problema maior foi que saíram em tempos diferentes, um de cada vez, rsrsrs. Mas tá perdoado, afinal era um “training”… Pra compensar, o preço era bem razoável, na faixa de $ 5,00 cada prato.

Pratos do New Hope Restaurant

Pratos do New Hope Restaurant

De lá terminamos nossas visitas a templos com o Rolous Group, na verdade um complexo formado de 3 templos, um deles do século IX. Um dos três estava sendo restaurado, não vimos praticamente nada. Atrás dele funciona um pequeno monastério para formação de jovens monges. Um macaquinho (filhote ainda) amarrado numa corda, limitado em seus movimentos, me deixou um tanto quanto angustiada…

Rolous Group

Rolous Group

Nesta mesma noite, Vut nos levou a um imenso restaurante tipo buffet, o Tonle Chaktomuk, ao custo de $ 10 por pessoa. São desses feitos para turistas, com apresentação de danças típicas. Nós queríamos assistir às famosas “apsaras” (dançarinas) e suas danças sensuais. Havia uma multidão dentro do restaurante, que ficou lotado, maioria absoluta de chineses. Enquanto rolavam os números de músicas e danças no palco, as pessoas iam se servindo à vontade. Curti mais as danças que a comida. Nunca curti comida feita assim, para atender milhares de pessoas ao mesmo tempo… mas valeu pelo espetáculo!!

"Apsaras" se apresentam

“Apsaras” se apresentam

No próximo post, vou apresentar pra vocês a cidade de Ho Chi Minh, ou Saigon, como ela ficou mais famosa. Fica no país vizinho: o Vietnã.

Além disso, tenho viagem pra Espanha novinha em folha!!! Várias dicas gastronômicas!! Em breve!!

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Angkor – Camboja (Parte 1)

Victory Gate - Angkor Thom

Victory Gate – Angkor Thom

O Império Khmer, como falei anteriormente, floresceu entre os séculos IX e XV no coração do Camboja, dominou grande parte do sudeste asiático (onde hoje está a Tailândia, Laos e o sul do Vietnã) e recebeu grande influência da cultura hindu e chinesa (mais tarde serviu ao budismo também). Eles conseguiram construir uma cidade gigantesca para os padrões da época, com 1.000 km², chamada Angkor. A maior do mundo até o século XIX.

Os templos erguidos lá são verdadeiros tesouros da humanidade, a exemplo de Angkor Wat, o templo principal (onde estima-se que viviam em torno de 20.000 pessoas), que é o maior monumento religioso já construído no mundo. Um espanto de tão belo. Desde 1992 foi declarado pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

Templo de Angkor Wat

Templo de Angkor Wat

Reservamos dois dias inteiros para explorar o complexo de Angkor. É o tempo mínimo se você quiser conhecer os templos mais importantes. Contratamos um guia (chamava-se “Vut”) da angkortourguides.com, com antecedência, por $165 os dois dias, para 3 pessoas ($55 por cabeça). Além disso, para entrar no complexo histórico de Angkor, são mais $40 por pessoa, que dá direito a 3 dias de acesso.

Nossa primeira expedição foi para Angkor Thom, que foi uma cidade fortificada, onde fica o Bayon, um dos templos mais importantes. Uma das entradas da cidade é pela Victory Gate (foto no topo do post). Belíssima por sinal. O Bayon impressiona com suas 54 torres, cada uma delas com 4 rostos esculpidos, imensos, perfazendo um total de 216 enigmáticos semblantes…

Bayon - Templo do século XII

Bayon – Templo do século XII – sua entrada principal (acima) uma de suas torres (à dir.) e relevos

Depois fomos caminhando até o Baphuon, outro belíssimo templo, construído no séc XI. É preciso fôlego para subir suas escadarias até o ponto mais alto, mas vale super a pena!

Baphuon

Baphuon – Templo do século XI

De lá, seguimos para o Phimeanakas, um templo-palácio, do século X, depois ampliado. Foi dedicado ao hinduísmo.

Caminhamos em seguida pela belíssima “Esplanada dos Elefantes“, com esculturas de elefantes entalhadas nas muralhas, praticamente em tamanho natural, muito bonito. E terminamos na “Esplanada do Rei Leproso“, inferior à dos Elefantes.

 

Phimeanakas (acima) e Esplanada dos Elefantes

Phimeanakas (acima) e Esplanada dos Elefantes

Então Vut nos levou até um restaurante típico, dentro mesmo do complexo, onde comi um prato sugerido por ele próprio: uma sopa com pedaços carne de porco e legumes, no leite de coco. Prato de tradição Khmer. Não era um curry, como na Tailândia. O tempero era bem mais “light”. Ainda bem, porque pra continuar andando pelos templos de Angkor depois do almoço, com estômago pesado, seria cruel… Cláudio pediu porco também, mas num preparo totalmente diferente, com um molho agridoce. E ao final, pedimos bananas empanadas (acompanhou um creme tipo “baba de moça).

Comida servida no restaurante dentro do complexo de Angkor

Comida servida no restaurante dentro do complexo de Angkor

Fomos então até o mais aguardado templo de todos, o Angkor Wat. Indescritível a sensação ao nos aproximarmos. Ele impressiona muito por sua arquitetura e porte. Subimos até o topo. É preciso visitá-lo sem pressa, há muitos detalhes, entalhes nas paredes, relevos absurdamente lindos, com figuras de tudo que se possa imaginar. Na parte externa, muitas “apsaras”, as famosas dançarinas com suas danças sensuais. Há lindos baixo-relevos também.

Entrada principal de Angkor Wat, "apsaras" e alto-relevos no interior do templo

Entrada principal de Angkor Wat, “apsaras” e alto-relevos no interior do templo

Por último, subimos até o templo Phnom Bakheng (século IX), situado no alto de uma colina. É preciso fazer uma boa caminhada até lá, de uns 30 minutos, e enfrentar uma fila absurda para entrar. Chegamos cedo (muito antes do por-do-sol) para fugir da multidão, mas depois de curtirmos o visual (dá pra avistar Angkor Wat), achamos que não valeria a pena esperar o sol se pôr (ainda faltava mais de uma hora) devido à neblina, e também porque nada iria se comparar aos que já havíamos assistido na Tailândia (em Railay Beach e Phuket).

Phom Bakheng

Phnom Bakheng – templo construído no século IX

Voltamos ao hotel, relaxamos um pouco na piscina, e à noite, saímos para comer algo. Um pouco cansada de comida “exótica”, terminei por comer uma pizza, num restaurante muito simpático, o Khmer Family. Minha irmã já saudosa da Tailândia pediu um “pad thai” e falou que estava maravilhoso.

Pad Thai no Khmer Family

Pad Thai no Khmer Family

Caminhamos de volta para o hotel e estava simplesmente linda uma das pontes da cidade de Siem Reap toda iluminada! Você já leu meu post sobre Siem Reap?! veja aqui!

Ponte próxima ao Night Market de Siem Reap

Ponte próxima ao Night Market de Siem Reap

Dia seguinte nosso guia iria nos buscar às 5:45h da madruga para assistirmos ao sol nascer em Angkor Wat. Uauuuu!!!!! Que espetáculo!!! Mas vai ficar para a próxima!!