Nosso segundo dia em Ho Chi Minh foi bem mais “produtivo” em termos gastronômicos, hahaha. Tomamos café no hotel Tan Hoang Long, e com um mapa nas mãos, saímos caminhando até o mercado Ben Thanh, construído em 1914 pelos franceses, que o chamaram na época de “The Halles Centrales”. Imenso. E tem de tudo, claro. Bisbilhotei muito, como sempre, mas terminei por não comprar nada, rsrs.
Continuamos caminhando, o que é bem complicado em Ho Chi Minh devido ao caos no trânsito. É bastante cansativo porque você não pode se distrair… Chegamos na famosa rua Bui Vien, com muitos bares, lojas e pousadas para mochileiros. A comida de rua era bem presente, mas nem um pouco atraente na minha opinião… Nós passamos por lá durante o dia, mas pelo que soube, animada mesmo é à noite!
De lá pegamos um taxi e fomos até Cholon, bairro chinês (seria a “Chinatown” de lá). Visitamos primeiramente o Pagode Phuoc An Hoi Quan, de 1902, um tanto quanto extravagante. Não curti. Pequeno, escuro, ornamentado demais. Os altares eram muito estranhos, muitas divindades ao mesmo tempo. A propósito, cada templo que fomos, descobrimos que era dedicado a um deus diferente. Ah, e explicando… Pagode não é estilo musical não, pelo menos aqui nesse caso. Pagodes são templos, ou torres (estupas), construídas normalmente para fins budistas. Mas no Vietnã, qualquer templo religioso é chamado de Pagode…
Seguimos até o Pagode Thien Han, um pouco mais simpático, mais interessante, maior inclusive. O telhado chamava atenção por seus entalhes.
O Pagode Quan Am foi erguido por negociantes chineses em 1816. Possui diversos altares. Os devotos compram incensos e os penduram no teto, em forma de cones, muito interessantes. Em frente a este templo, ainda fazendo parte dele, um lago com tartarugas. Uma delas nos chamou a atenção porque era albina. Nem sabia que existia…
O quarto e último Pagode foi o Hoi Quan Nghia An, o maior e mais bonito de todos. O telhado era lindo, colorido e cheio de entalhes. Por dentro, decoração predominantemente vermelha e dourada. Ambientes amplos, arejados.
Aí veio a melhor parte do dia: a hora do almoçoooooo!!! Pegamos um taxi e pedimos que nos deixasse no Ngon, que é considerado um dos “tops” da cidade (tem filiais em Hanoi e Phnom Penh). Amei o restaurante. O ambiente pitoresco, o atendimento eficiente, a “proposta de cozinha” e a comida típica e gostosa. A especialidade deles é comida vietnamita e khmer. A casa é enorme, com fontes e jardins internos. Em seus terraços laterais, ficam as “cozinhas” abertas. São diversos setores diferentes, onde os ingredientes ficam expostos, tudo bem fresco, e as cozinheiras preparam, aos olhos dos clientes, todos os pratos que são pedidos. Demais!
Pedi um prato típico, com um macarrão muito fino de arroz, com porco frito e ervas. Cláudio pediu camarão com molho de tamarindo, bem tradicional também. Minha irmã escolheu um arroz com cogumelos que ela achou espetacular.
De sobremesa, pedimos uma banana frita com “sticks rice” (são fios de arroz, largos, grossos ou finos, há de todo tipo) e leite de coco; e a outra, bolinhos de banana também com leite de coco. Uma delícia!! O leite de coco daquela região asiática é tudo que há de bom…
Depois de toda essa comilança, demos uma caminhada pela esplanada, nas proximidades de nosso hotel e mais tarde um pouquinho entramos num café charmosíssimo chamado Cafe Runam. O café no Vietnã é bastante apreciado, e o Runam é uma marca local bem famosa. Ao chegarmos pedimos o café “tradicional”, moído e passado na hora, feito na frente do cliente, na própria xícara, utilizando um sistema bem prático, em que você tem que aguardar exatos 7 minutos para o líquido descer para sua xícara e então você poder tomar. Ambiente lindo, ficamos encantados com o lugar. Recomendo.
E foi assim que fechamos Ho Chi Minh! Já leu a primeira parte?! Veja em Ho Chi Minh – Parte 1.
No próximo post, tem a cidade antiga de Hôi An, cidade Patriônio Mundial desde 1999. Simplesmente encantadora. Aguardem!!
Uau! Genial, Lu!
Siiiiim!!! Maravilhoso!!! 😃
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