Um dos lugares mais impressionantes que já vi na vida, foi sem dúvida o Grand Canyon, situado no estado do Arizona, nos Estados Unidos. Ninguém poderia morrer sem antes visitá-lo! Eu diria que nunca vi , em termos de natureza, nada tão bonito. O Yosemite Park é quase tão incrível quanto ele, mas ainda assim, não tem como negar que a exuberância de um lugar moldado pela erosão de um rio (Colorado) em milhares e milhares de anos, formando canyons de até 1600 metros de profundidade, não é páreo pra nenhum outro lugar no planeta. Eu me senti privilegiada.
Para visitá-lo sugiro fazer o que fizemos, e não aquele bate-e-volta (ônibus ou helicóptero) a partir de Las Vegas.
Alugamos um carro em Las Vegas e fomos até o Parque Nacional do Grand Canyon (nesse link você encontra todas as informações necessárias). Dormimos duas noites próximo ao parque, o que aliás é o tempo mínimo que qualquer pessoa deveria ficar! o ideal seria três ou quatro noites para explorá-lo melhor, fazer umas trilhas legais. Há muitas alternativas para quem quer se hospedar nas proximidades do Parque ou mesmo dentro dele. Eu escolhi dormir em Williams, cidadezinha da Rota 66 que fica a 87km da entrada do Parque.
Nós saímos de Vegas depois do café da manhã e nos dirigimos primeiramente a “Hoover Dam”, uma grande represa construída no meio do deserto, entre os estados de Nevada e Arizona, aproveitando as águas do Rio Colorado. Fiquei impressionada com a grandiosidade da construção, feita entre 1931 e 1935. No “view point” há uma bela vista do lago que se forma próximo a represa. Vale muito a pena fazer esta parada.
Entramos no estado do Arizona e depois da cidade de Kingman pegamos a famosa “Route 66“, até Williams. Aliás, a Rota 66 tem paisagens bem interessantes e localidades pitorescas, daquelas que nos lembram filmes de faroeste. Vale a pena percorrê-la, embora o caminho seja um pouco mais longo.
Fizemos algumas pequenas paradas aleatórias para bebidas e snacks. Em Seligman almoçamos um sanduíche, adivinhem… da Mac Donalds…. humpf… fazer o quê né?! Estávamos no meio do deserto sem muitas alternativas… Mas confesso que tava beeeeem gostosinho kkk.
Chegamos em Williams no final da tarde, nos hospedamos no Confort Inn, que recomendo, pois era bem confortável mesmo, quartos espaçosos, bom café da manhã, e localizado na estrada principal, perto dos restaurantes e lojas da cidade.
Quando a noite chegou, me vinguei! Fomos jantar no Rod’s Steak House, restaurante legendário, com mais de 60 anos. O meu steak de contra-filé com batatas assadas estava ótimo. De entrada uma sopa leve com pães caseiros. E um vinho, claro. Do restaurante voltamos para o hotel. Fomos dormir cedo neste dia para melhor aproveitarmos o dia seguinte no Grand Canyon.
Às 6h da manhã já estávamos de pé. Ao chegarmos no Parque ($25,00 para entrar com o carro, em maio de 2015), deixamos o carro no estacionamento próprio e tomamos um dos ônibus (free) disponíveis para os turistas, que nos levaria a 9 pontos de observação situados do “lado esquerdo” do Canyon. O primeiro ponto que descemos já nos deixou sem fôlego. Ficamos estarrecidos com a visão magnífica do Canyon. Cada ponto que descíamos era um delírio. A paisagem estava sempre mudando, por incrível que pareça. Em pouquíssimos pontos dava pra vislumbrar um pedacinho do Rio Colorado, láááááááá em baixo…
Fomos depois até o “Visitor Center” e comemos um sanduíche leve que havíamos levado. Alguns veados rondavam por ali. Depois do lanche, pegamos a outra linha de ônibus disponível, que nos levou para o “lado direito” do Canyon, e parou no “Yoki Point“, simplesmente impressionante!!!
Voltamos, pegamos nosso carro e continuamos nossa exploração mais além do Yoki Point, através da “Desert View Road“. Foram mais de 5 pontos (mirantes) em que paramos ao longo dessa estrada, cada um mais espetacular que o outro!! O mais incrível de todos, é justamente o último dos pontos no mapa turístico, o “Desert View Point“, onde há uma histórica torre de pedra, de onde você pode observar 360°. Ainda lá, tem uma pequena trilha que leva você até a “beirinha” do Canyon, de onde tiramos fotos maravilhosas. Neste lugar especificamente, é possível sentir uma energia incrível, dá vontade de chorar…
Voltamos em silêncio para o hotel, curtindo o pôr-do-sol ao longo do caminho. Algumas pessoas optam por assistir o pôr-do-sol no Canyon, que deve ser fantástico, mas infelizmente optamos por voltar logo para o hotel para não pegar a estrada no escuro. Se você se hospedar mais próximo ao Parque, ou mesmo dentro dele, pode ser mais vantajoso, apesar de mais caro.
Depois de um bom banho, escolhemos um restaurante mexicano para repor nossas energias. Comi “carnitas” e Cláudio “fajitas” de frango. Não resisti e pedi um “mojito” (coquetel feito com rum, limão, açúcar e hortelã), estava delicioso.
Dia seguinte seguimos para Las Vegas. Passamos três dias (e três noites) frenéticos para conseguirmos dar conta de algumas das milhares de atrações disponíveis naquela cidade. Mas isto vai ficar para um outro (ou outros!) post 😉 …
Vocês lembram dos posts anteriores que fiz dessa viagem à Califórnia (2015)?!!! Se não, relembrem!!: