Um sonho antigo meu: conhecer a floresta amazônica e tudo que a rodeia, inclusive os exóticos sabores da região. Foi tão rica esta viagem que fiz neste último feriadão, de apenas 4 dias, que terei que dividir meu relato em 4 partes. E mesmo assim nem vai caber aqui a exuberância daquele lugar… (não se surpreendam se eu fugir um pouco do assunto ‘gastronomia’, pois a Amazônia é muito mais do que isso!).
Chegamos na quinta-feira dia 19, ou melhor, na madrugada do dia 20. Dormimos em Manaus mesmo e no dia seguinte fomos dar uma explorada no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, inaugurado em 1883, ampliado em 1890 e recentemente reformado. Entrei primeiro na ala dos peixes. Vi de perto os tambaquis, pirarucus, tucunarés, piranhas e muitos outros. Depois visitei o prédio principal e seus boxes de artesanato, ervas, pimentas, queijos, raízes, etc…
Depois pegamos uma “voadeira”, tipo de embarcação muito utilizada na Amazônia para transporte, pescarias e passeios turísticos. Fomos até o “encontro dos rios”, onde o Rio Negro (que nasce na Colômbia) se encontra com o Rio Solimões (que nasce no Peru), para, juntos, formarem o Rio Amazonas. Interessante é observar que as águas não se misturam imediatamente, pois segundo o nosso guia, as diferenças de temperatura, densidade e velocidade, impedem que eles se misturem. Lá demos sorte de ver alguns botos, muito comuns na região, que às vezes subiam até a superfície para respirar.
Visitamos também algumas comunidades ribeirinhas, cujas casas são flutuantes, de forma a se adaptarem aos períodos da cheia e da baixa das águas do rio, que nos meses de junho e julho alcançam seus níveis mais altos e depois secam até meados do mês de novembro, quando atingem o nível mais baixo. Este ano, todos disseram que o nível não desceu tanto quanto em anos anteriores.
Visitamos ainda dois pontos no Rio Negro onde os turistas podiam ter contato com alguns animais. No primeiro ponto, podíamos pegar no colo uma preguiça, segurar um jacaré (pequenininho, mas selvagem, rsrsrs) e até mesmo uma jibóia! No segundo ponto, entrávamos na água para vermos bem de perto o boto cor-de-rosa (ou boto-vermelho) típico da região. Lindooooooo. Como sou super fã de animais, fiquei encantadíssima.
Almoçamos num restaurante flutuante nas proximidades. Era um self-service, incluído no pacote, cujos pratos principais eram os peixes: cozido de tambaqui e pirarucu empanado e frito. Não vi nada de excepcional. Eram peixes suculentos, de carne branca e macia, mas o tempero estava neutro demais. Acrescentei uma pimentinha… que aliás, não falta na Amazônia, de vários tipos e sabores.
Depois visitamos uma oca indígena, próxima a uma comunidade ribeirinha (São João do Tupé), preparada para receber turistas. Eles fizeram uma breve apresentação de dança, tocaram alguns instrumentos e cantaram. Deu pra perceber um certo artificialismo da encenação, mas de qualquer forma, a gente viu um pouquinho da cultura deles.
No final do dia, contratamos um táxi para Novo Airão, cidade à beira do Rio Negro, distante 180km de Manaus, que conta com uns 16mil habitantes. Passamos lá duas noites e um dia inesquecível. Não percam no próximo post!
viagem linda, Lu. obrigada mesmo por compartilhar!
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