Como vocês verão, a Alsácia vai muito além da sua capital, Estrasburgo. Hoje dedico esse post às belas vilas de Obernai e Ribeauvillé. Ambas fazem parte da “rota das vilas floridas” (pequenas cidades que estão entre Estrasburgo e Colmar, cujas praças e janelas ficam repletas de flores na primavera), e também da “rota dos vinhos da Alsácia”. Eu estava ansiosíssima para ver aquelas janelinhas coloridas que encontrei na internet e nos guias de turismo. E eu estava em plena primavera! Mas foi uma frustração total. Não sei se por causa do frio que estava se estendendo demais, mas a verdade é que as flores ainda não haviam desabrochado… a maioria das janelas estava vazia… mas ainda assim, guardavam muito charme! Fiz uma coleção de fotos de janelas.
Bastou caminharmos um pouco pelo centrinho de Obernai que eu já havia esquecido das flores, rsrsrs. Pegamos um mapinha nas Informações Turísticas e saímos fazendo o “tour a pé” sugerido nele. A “Place du Marchê” é sempre onde todos se encontram, onde está a prefeitura, os turistas, as lojinhas, os melhores restaurantes. Demos uma volta completa pelo centro até voltarmos ao ponto de partida. Passamos pela Église de St-Pierre e St-Paul, pelo que restava da antiga muralha da cidade, por lojas que vendiam todo tipo de souvenirs da Alsácia, inclusive os famosos “pains d’épices”, em forma de bonequinhos, casinhas, etc.
De lá seguimos para Ribeauvillé, ainda mais encantadora. Sua “Grand Rue”, compriiiiiida, era simplesmente deliciosa, repleta de casas medievais. O dia estava bonito, ensolarado. Um gato se espreguiçava na vitrine de uma loja, tomando sol. Haviam muitos turistas lá, atraídos principalmente pela grande oferta de vinhos, com lojas espalhadas por toda a cidade. Além dos excelentes restaurantes. Nós decidimos almoçar aqui neste dia e escolhemos uma brasserie chamada “Le Giersberg”. De entrada, uma quiche lorraine. Eu não poderia deixar de conhecer uma original! A Lorena (Lorraine) é a região vizinha da Alsácia e este quiche é bem tradicional por lá. Achei apenas que deveria ter sido servido mais quente…
Em compensação, nossos pratos principais estavam perfeitos: “entrecôte” (contra-filé) com molho de mostarda e batata rösti e um “magret de canard” (peito de pato) ao molho de laranja. A sobremesa que pedimos também era tradicional, uma espécie de bolinho chato de amêndoas com sorvete por cima, chantily e passas ao vinho. Acompanhamos a refeição com um riesling produzido no local. Aliás, esta uva (riesling) é originária mesmo da região da Alsácia e encontramos aqui (e também na Alemanha) os melhores vinhos do mundo produzidos com esta casta.
Daqui seguimos para Colmar, onde ficamos por 3 dias, explorando todo o entorno. Contarei mais detalhes no próximo post!!