Nesta última viagem que fiz com meu marido para a Europa, ficamos ao todo 7 dias na Suíça.
Praticamente todos os dias foram nublados, alguns com chuva e frio. Poucos foram os momentos em que pudemos usufruir da paisagem tipicamente suíça: belas montanhas de picos nevados em contraste com o céu azul.
Um desses dias em que tivemos um pouco mais de sorte, estávamos em Gruyères. Sim! o mesmo nome do famoso queijo, e justamente, na cidade suíça onde ele é fabricado (e não na França, como todos pensam). A cidade é deliciosa e imperdível. Pequenina e localizada no alto de uma montanha, se resumindo praticamente a uma única rua. O carro é deixado do lado de fora e o acesso até ela é feito a pé. A região no entorno é belíssima, grandes e imponentes montanhas a rodeiam. Fomos lá com a intenção de comermos uma “raclette”, o prato mais famoso da cidade (que utiliza o queijo gruyère e não o raclette).
Fomos almoçar no restaurante do “Hôtel de Ville”, próximo à entrada principal da cidade. Estava absurdamente cheio, mas conseguimos uma mesa no primeiro andar. A espera foi grande, mas assim como nós, todos esperavam pacientemente, com a certeza de que seríamos recompensados. E como fomos!!! Excelente o queijo, trazido à mesa em forma de “barra de ouro” (melhor comparação que me veio a cabeça!!). A racletteira é interessante, tem uma resistência em cima, para gratinar, e você regula a proximidade do queijo, que fica por baixo, se o quer mais ou menos assado. Depois você puxa o queijo para o lado, e retira a parte derretida de cima, derramando-a sobre as batatas cozidas que são servidas como acompanhamento, juntamente com picles de cebola e pepino. Esta é a raclette básica, você também pode pedir porções extras de salames, presuntos crus e outros acompanhamentos. Eu amei. Tomamos um vinho branco local.
Em Gruyères há uma grande queijaria com tours que dão ao turista oportunidade de ver como o queijo gruyère é fabricado (La Maison du Gruyère). Única coisa que eu sabia sobre o queijo é que ele era feito exclusivamente com leite de vaca e que possuía os “furinhos” característicos, daqueles que víamos em desenhos animados do “Tom e Jerry” (quem é do meu tempo, vai lembrar, hahaha). Infelizmente, quando cheguei lá já haviam encerrado os tours. Terá que ficar para a próxima!
O outro prato suíço imperdível é o fondue de queijo, digo, “a” fondue (é uma palavra francesa feminina). Degustei-a em diversos lugares diferentes e todas estavam maravilhosas. Em Interlaken, estava chovendo e fazendo muito frio, caiu como uma luva… Mas a que me marcou mais, foi em Neuchâtel, a primeira que comemos. Havíamos caminhado por toda a cidade, almoçado em um restaurante muito gostoso (“Le Jura”, onde comi uma excelente truta), mas ao cair da tarde, junto com o frio, bateu aquela vontade de comer uma fondue bem quentinha, com um vinho suíço. Escolhemos um restaurante (“Hôtel du Marché”) com mesas ao ar livre, na “Place des Halles”, antiga praça do mercado. Veio em panela específica com teflon, num rechaud, acompanhada de pão e pimenta do reino para moer na hora. Pedi um pinot noir. Gente…, olhando a praça movimentada em volta, pessoas pra lá e pra cá, e degustando aquele queijinho quente, com uma taça na mão, eu pensei que um momento como aquele não tinha preço!! Mas infelizmente teve, rsrs. Custou 64 euros para duas pessoas, incluindo meia garrafa de vinho tinto. Valeu o preço!
A gastronomia da Suíça é bastante diversificada, há influências francesas, italianas e alemãs. Mas eu não poderia finalizar este post sem falar nos chocolates, divinos. A qualidade do leite e o clima garantem a qualidade do produto. Experimentamos os chocolates da Läderach e fomos à fábrica da Lindt, fundada em 1845, comprada depois pela Sprüngli. Saímos de lá com nada mais nada menos que 15 kg de chocolates de diversos sabores!!!
Lu, esse seu delicioso post me fez lembrar uma situação constrangedora que vivi na Suiça. Mas aprendi para todo sempre. Estávamos numa vila perto de Montreaux, Nyon, e paramos num restaurante na beira do lago, Restaurant du Lac, pra comer uma fondue de fromage, afinal, era inverno. Pois bem, eu não estava muito legal e pedi água, acredita que a chef apareceu na nossa mesa e me deu uma bronca? Como? Ela não poderia servir a fondue sem o vinho branco!! Impossível! Num francês a mil por hora e eu constrangida querendo sair correndo. Quando ela se acalmou, eu pedi desculpas e o vinho branco. Ela agradeceu e só então liberou nossa fondue. Aprendi na marra que eles não existem um sem o outro. Beijo gde!
Nossa, Ci, que situação!! Mas realmente, eu até concordo com a dona, degustar uma fondue sem o vinho é inaceitável, hahahaha. Só não precisava dar essa bronca toda, afinal, existem pessoas que não gostam de vinho, ou tem restrição com o álcool, e aí? Não poderá comer a fondue?! Complicado! haha. Mas a situação é engraçada. Obrigada pela contribuição! Passei por fora de Montreaux, apenas para visitar o Château de Chillon, vc foi? Lindo não?