Quem viaja sempre, sabe do que vou falar agora. Podemos voltar ao mesmo lugar, mas se entre uma ida e outra a distância temporal for muito grande, ou se você vive um momento muito diferente, tudo será como uma grande novidade. Como se nunca tivéssemos ido ali antes. Foi assim com Florianópolis. Estive lá no final dos anos 80, aos 18 aninhos… ô tempo bom!!! E voltei agora, 25 anos depois, aproveitando o feriadão do dia 20/01. Três dias de pura curtição de sol intenso, lindas praias e excelente gastronomia.
1º dia: Trilha pesada de 1:10h até a Praia da Lagoinha do Leste. Subida e descida muito íngremes, muita pedra no caminho, mas com direito a um mirante com visual espetacular e ao final, uma praia praticamente nossa, pelo menos por algum tempo, pois depois começou a chegar bastante surfistas com suas pranchas. Na praia não havia nada, em termos de infraestrutura, mas como estávamos em plena alta temporada, um nativo havia improvisado uma barraca e estava vendendo bebidas e sanduíche natural, para nossa salvação. Visitamos toda a praia, inclusive a Lagoinha do Leste, que nasce ali próxima a praia, que juntamente com as montanhas em volta, forma um parque natural bem preservado, o que é raro nesse país. Enfim, tomamos a trilha novamente, para nosso desespero, pois já eram 13h e o sol estava infernal!!! Ao voltarmos à civilização, a primeira coisa que fizemos foi tomar um FANTÁSTICO caldo de cana com limão (o exagero foi devido à nossa sede absurda, hahahaha).
Depois fomos almoçar ali bem pertinho, no tradicional Bar do Arante, na Praia Pântano do Sul, onde os visitantes deixam seus bilhetinhos colados nas paredes e teto do restaurante. Claro que deixamos o nosso! Mas antes comemos ótimos pastéis de camarão e berbigão, e uma porção de ostras que na hora achamos ótimas, mas que depois vimos o quão melhores elas ainda poderiam ser!!
2º dia: Acordamos cedo para zarparmos, literalmente, para a Ilha de Campeche, onde há uma linda praia de águas cristalinas. Em 30 min de barco, a partir da Praia da Armação, estávamos lá. Lindaaaaa! E também muito bem preservada. Há uma equipe de plantão, que cuida da Ilha e organiza as atividades por lá. Há mergulho livre e trilhas para conhecer as inscrições rupestres do outro lado da ilha. Estávamos cansados (ou melhor, traumatizados) da trilha anterior, resolvemos relaxar na praia. Depois beliscamos num dos dois únicos restaurantes da ilha: lulas à milanesa e cerveja gelada.
Não almoçamos na ilha porque nossa intenção era outra. Fomos comer as famosas ostras do Restaurante Ostradamus. Lá, o Chef Jaime Barcelos comanda a casa, e serve as deliciosas ostras depuradas (processo pelo qual elas são higienizadas, livrando-as de impurezas e contaminações). Uma porção custa R$ 36,00, vem com 12 unidades, imensas, suculentas, saborosíssimas… Pedimos frescas primeiro, depois pedimos frescas novamente (irresistível) e por fim, resolvemos experimentá-las ao molho de gengibre, cachaça e mel, o que nos surpreendeu pela originalidade. Tomamos um vinho branco da região para harmonizar, uva chardonnay. Voltarei lá muitas vezes!!!
3º e último dia: Como não teríamos o dia inteiro, o programa foi mais “light”. Tomamos um barco na Ponte da Lagoa e fomos até a chamada “Costa da Lagoa”, um reduto dos primeiros habitantes do local, os açorianos. Eles vivem bastante isolados, não tem como chegar de carro (só por barco ou trilha a pé). Engraçado é que observamos que ainda guardam um sotaque português! Escolhemos o Restaurante Lagoa Azul, por indicação do Guia 4 Rodas. Repetimos as ostras. Em três dias não deu pra enjoar!! Mas pra não ficar repetitivo demais, pedimos um linguado que estava muito bom também, super fresquinho e de um tamanho muito maior que eu costumo ver aqui no Rio.
Ao final do dia, passamos no Mercado Municipal, onde comprei algumas linguiças do tipo “blumenau”, que são feitas em Pomerode, defumadas, imperdíveis. Quem não conhece, vale a pena experimentar. Há para vender também no Mercadão de São Paulo. E Floripa que me aguarde, pois certamente não esperarei mais 25 anos para voltar lá!!!!
tenho um papelzinho pendurado no Bar do Arante. Foi em 2008. Bela cidade
Eu tb deixei lá meu papelzinho, e tirei até uma foto, rsrs. Sim, é uma bela cidade!
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