Um dia muito especial

Quando decidi viajar pra Portugal para conhecer a Cidade do Porto em outubro passado, já incluí nos meus planos a ida até o Douro, onde tive ótimas experiências, conforme post anterior. E imaginei conhecer algumas das vinícolas encravadas naquelas montanhas, mas nunca pensei que iria ter um dia tão incrível como o que tive na Quinta do Crasto.

Piscina infinita na Quinta do Crasto

Piscina infinita na Quinta do Crasto

Em frente a vinícola Sandeman, no Douro

Em frente a vinícola Sandeman, no Douro

No dia que chegamos ao Douro, já no hotel, eu pedi a um funcionário da recepção que marcasse uma visita na Quinta do Crasto para o dia seguinte (o único dia que teríamos disponível lá). Ele falou que tentaria, mas suas tentativas foram frustradas e só soubemos disso à noite. No dia seguinte bem cedo, escrevemos um email pra lá, solicitando que fosse agendada a visita. Até a hora que saímos do hotel, nenhuma resposta…

Fomos à Sandeman, onde visitamos as instalações (vazias, pois a temporada de colheita das uvas já havia terminado, infelizmente) fizemos ótima degustação, harmonizada com trufas feitas pela própria empresa e saímos de lá com a intenção de almoçarmos e seguirmos para a Quinta do Crasto sem saber ao certo se conseguiríamos fazer o tour. 

Arriscamos. Ao chegarmos lá, qual não foi nossa surpresa quando vimos um imenso caminhão carregado de uvas e funcionários que descarregavam as caixas, outros faziam uma seleção rápida e depois, os cachos iam sendo desengaçados e posteriormente triturados. Fomos até a “casa grande”, onde nos informaram que poderiam nos encaixar num grupo que só iria chegar dali a 1:30h.

Uvas sendo selecionadas na chegada à vinícola

Uvas sendo selecionadas na chegada à vinícola

Ficamos então passeando pela casa, visitamos a bela piscina no ponto mais alto, com vista pro rio Douro e depois fomos observar em detalhes o processo de seleção e desengace das uvas. Ficamos hipnotizados durante muito tempo, rsrs. E foi então que soubemos que aquele era o último dia de colheita da Quinta, e que haveria ali mais tarde uma grande festa para comemorar o sucesso da colheita.

O grupo não chegou para fazer o tour, o que obrigou a guia a fazer a visita apenas com a gente, o que foi ótimo!! Depois chegou outro casal que se juntou a nós. Daí conhecemos as instalações e vimos, finalmente, os tanques abarrotados de uvas fermentando, vimos a pisa “mecânica” (feita por máquinas) e conversamos com o enólogo. Foi muito interessante. 

Uvas nos lagares de fermentação

Uvas nos lagares de fermentação

O melhor vem agora. Ao final da visita, a guia nos levou até o terraço da “casa grande” onde sentamos em uma mesa e fomos sendo servidos dos vinhos secos, do branco aos tintos, do mais simples aos mais complexos. Os proprietários da vinícola estavam ali por perto, o movimento estava grande.

De repente, chegaram  todos os funcionários e uma delas entrou no terraço com um lindo ramalhete de flores e uvas para entregar aos patrões. Fez um breve discurso de agradecimento, recitou uma poesia linda (veja abaixo), e depois assistimos aos fogos, patrões e empregados, todos ali reunidos, festejando o sucesso da colheita… simplesmente encantador.

Funcionária entrega ramalhete aos proprietários

Funcionária entrega ramalhete aos proprietários

Pra terminar, disseram-nos que não era necessário pagar pelo tour, pois eles estavam em festa. Voltamos para o hotel extasiados, nos sentindo privilegiados…  E aí, ao chegarmos no hotel, vimos finalmente a resposta deles ao nosso e-mail da manhã pedindo para nos receber: “Desculpem, mas não será possível recebê-los no dia de hoje”. Ainda bem que só vimos depois…

Seleção de vinhos secos que tomamos na Quinta do Crasto

Mensagem dos funcionários aos patrões

Mensagem dos funcionários aos patrões

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5 pensamentos sobre “Um dia muito especial

    • Nem me fale, Lilian, eu também estou com muitas saudades de lá. Não só daqueles momentos ótimos na Quinta do Crasto, como de toda aquela região maravilhosa do Douro, ah…. aquelas montanhas cheias de parreirais, aqueles vinhos do Porto… Vambora sim!!!

  1. Que experiência maravilhosa, e que sorte a de vocês hein :D… confesso que fiquei com um pouco de inveja, mas é inveja boa, viu? hahahaha… parabéns pelo relato. Abraços!

  2. Pingback: Portugal – um enfoque gastronômico | Sempre Na Viagem

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