O Rio Douro nasce na Espanha e é um dos maiores da Península Ibérica, com 927km de extensão. Em Portugal, a “Região Vinhateira do Alto Douro” é classificada como Patrimônio da Humanidade desde 2001, pela UNESCO. Lá são produzidos vinhos há mais de 2000 anos, e hoje é famosa principalmente pela produção dos Vinhos do Porto. Esta tradição antiga e contínua, transformou a região num belo cenário de montanhas debruçadas sobre o rio, cobertas de parreirais, com coloridos variados.
É simplesmente encantador. Fomos passar dois dias por ali, na pequena cidade de Pinhão, só pra sentir a mágica do lugar, admirar o imponente Douro, se perder nas estradinhas que sobem e descem as montanhas, ziguezaguear por entre as videiras, degustar vinhos, e claro, comer bem. Nos hospedamos no ótimo Vintage House Hotel , com vista para o rio. Pela manhã o silêncio era até perturbador, para quem é acostumado ao barulho da cidade grande. E o café da manhã, arrasador!!!
Dentre as diversas degustações que fizemos, três ficaram mais nítidas na minha memória. A ida ao restaurante D.O.C. e as nossas visitas à Quinta do Seixo (que fabrica o Vinho do Porto Sandeman) e à Quinta do Crasto (a maioria dos seus vinhos é seco, famosos no Brasil inclusive). Vou falar do D.O.C. primeiro.
Eu havia lido sobre ele em algum blog, e ficava relativamente perto de nosso hotel em Pinhão. Nada mais conveniente. Sua localização é mais-que-perfeita, um deque sobre o rio, num trecho onde ele é bem largo e cercado de lindas montanhas. O restaurante até destoa, porque é bem luxuoso para uma zona, digamos, rural. Seu serviço é impecável. Sua comida estava muito boa, mas não tão perfeita. Entradinhas criativas: mini-hamburgueres, de salmão e de porco. Nossos pratos principais que dividimos: cabrito ao forno e mignon com foie gras. O único defeito estava no primeiro, pois o cabrito era tão bebê que quase não tinha carne… Mas estava muito saboroso. Nossa sobremesa: crepe crocante, feito com massa folhada e recheado com creme (este foi grátis, pois não quiseram nos cobrar devido às nossas queixas do cabrito).
E para minha diversão, nos serviram uma espécie de “bombom” com uma casquinha bem fina, recheado com frutas vermelhas e que ao colocarmos na boca, sem mastigar, sentíamos “pipocar” seguidas vezes, uma sensação bem inusitada pra mim! Achei muito engraçado e pedi bis, rsrsrsrs. O garçom disse que aquilo que ficava “explodindo” chamava-se “peteseta”…
Ao final dos cafés e biscoitos, soube que o Chef Rui Paula, proprietário do D.O.C., abriu recentemente uma filial em Recife, no Shopping Rio Mar, em parceria com um famoso empresário de lá. Vejam mesmo que coincidência, do Douro diretamente para a minha cidade natal!!!!
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