Catedral de Belfast – Irlanda do Norte

Dando continuidade à viagem, vou contar minhas impressões relativas à Irlanda do Norte, que embora não esteja situada na Grã-Bretanha (que é a ilha maior onde estão a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales), faz parte do Reino Unido. Sei que até há pouco tempo, muitos conflitos existiram ali, e pelo que sei, ainda existe uma segregação muito grande, separando os protestantes (48%) dos católicos (45%). Tem até muro, como o de Berlim, ainda de pé. Li reportagem dizendo que as escolas são ou católicas, ou protestantes, e que apenas 6% são consideradas mistas. O centro da cidade de Belfast, sua capital, é considerado terreno neutro. Nós nos hospedamos perto do centro, no “Tara Lodge”, onde fomos muito bem recebidos. Um dos atendimentos mais simpáticos que tivemos. Acho que o turista tem papel importante hoje na cidade, o turismo está começando a crescer. Poucos brasileiros se aventuram por lá e se surpreenderam muito quando dissemos que éramos do Brasil. Não sentimos qualquer tipo de “tensão no ar”, muito pelo contrário, o povo é muito alegre e hospitaleiro. Até o padre da catedral veio conversar comigo, do nada, muito sorridente, rsrsrs.

Mousse de fígado de galinha do Metro

Chegamos famintos na cidade e resolvemos almoçar perto do hotel, num restaurante indicado pelo recepcionista: o “Metro”. O nome não sugeria nada. Chegamos lá estava vazio, mas o ambiente nos agradou, ficamos. Moderninho, tipo “clean”, comida contemporânea. Este sim, foi pra mim um jantar pra guardar na memória. De entrada pedi um mousse de fígado de galinha, o mais cremoso que já comi, derretia na boca. Além do que estava lindo! Cláudio pediu um queijo de cabra, muito bom. De principal, pedi um hadock defumado (veio um lombo suculento, sabor suave), acompanhado de batatas grosseiramente amassadas, com casca e tudo, montadas num cilindro com um ovo pochê no topo, para a gema mole ser misturada com a batata… hummmmmmm. Meu marido foi de barriga de porco outra vez, com bolinhos fritos de “black pudding” (um tipo de embutido feito com sangue de porco, como a “morcela” em Portugal). De sobremesa, um petit gateau com sorvete, só pra ser original. Tomamos vinho durante o jantar, mas pra arrematar, pedi um Irish Coffee, pesando que era um licor, mas era uma mistura de café, uísque, açúcar e creme chantilly, num copo enorme, não tomei nem um terço. Acreditem se quiser, mas o jantar completo nos custou R$ 120,00!!!!

Salada de queijo de cabra

Hadock com batatas e ovo pochê

Barriga de porco com bolinhos de black pudding

À noite fomos ao famoso “Crown Liquor Saloon”, um velho pub de 1880, tombado pelo patrimônio histórico local. A-m-e-i, com vitrais coloridos nas janelas da frente, teto todo trabalhado, trocentos homens em pé no salão em frente ao bar, com copos de cerveja nas mãos, algumas mesas nos cantos, reservadas, como umas baias, e alguns pouco bancos para quem quisesse se sentar.

Crown Liquor Saloon

Ficamos um pouco ali, tomamos uma “pint” de Guiness e deixamos o pub para jantarmos num chinês (Red Panda) uns três quarteirões depois. O garçom era australiano (?!). Camarão com molho de manga e porco com molho agridoce, foi o que comemos, que me pareceu trivial. Pedi um bacardi com coca-cola (um não, dois!), que para quem não sabe é uma das minhas paixões, o cuba-libre, mania que aprendi com meu pai. Às vezes eu tomo, só pra não perder o hábito, hehehe.

Porco ao molho agridoce do Red Panda

No próximo post, República da Irlanda, ou simplesmente Irlanda, um terra adorável.