Acabo de sair da Cidade do México, rumo à Oaxaca (Uarráca, é como se pronuncia aqui). Estou mais congestionada do que nunca! Esta noite foi um calvário. Meu único alento é que ontem fomos jantar num delicioso restaurante de comida contemporânea. Em falar nisso, eu soube que o D.O.M. avançou para o 4º lugar (ele estava em 7º no ano passado), na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, divulgada pela revista britânica Restaurant. Nessa mesma lista, há dois restaurantes mexicanos, um em 36º, o Pujol e outro em 38º, chamado Biko. Tentamos almoçar no Pujol na quarta-feira passada, mas sem reserva foi impossível. Olha que já eram 3h da tarde! O restaurante estava lotado e o maitre nos alertou que teríamos que esperar pelo menos uma hora. E que não teria como reservar uma mesa pra gente para aquela noite, nem pra quinta, nem sexta… ah… .pelo amor de Deus… acho que estávamos muito mal vestidos… sabe aquele casal típico turista, com cara de que não quer gastar muito, com calças jeans surradas, mochila nas costas, guia do México na mão… o cara não quis fazer força. Mas eu não fiquei chateada não, afinal eu já fui no 4º melhor do mundo!!!!
Mas voltando… fomos ao Tezka, restaurante de cozinha espanhola-mexicana, indicado pelo guia da Folha e pelo site de dicas da cidade, que mencionei no post anterior. Ele nos surpreendeu em todos os aspectos: combinação de ingredientes, apresentação dos pratos, além de ambiente aconchegante e serviço extremamente atencioso.
Pedi uma água com gás e a carta de vinhos (o México não se destaca na produção de bons vinhos, por isto pedi um vinho espanhol, Ramon Bilbao, de Rioja, tempranillo). Nos trouxeram de entrada um “amuse-bouche” delicioso, de comer ajoelhado, que consistia em “gaspacho de almendra (amêndoa), betabel (beterraba) com mousse de hongos (cogumelos) e galleta de naranja (laranja) com carrillera (no google tradutor é bochecha!! hahaha, pode ter sido….)”. Nota 10.
A entrada, eu pedi usando meu instinto, pois não dava pra entender lhufas do que estava no cardápio em espanhol. Era tipo uma sopa com feijões brancos, lula e mariscos grandes. Estava interessante, mas eu daria um 6.
Já meu prato principal só não darei um 10 porque veio meio frio. Aliás, o de Claudinho também. O meu era um codorniz recheada de foie gras, maçã grelhada e amêndoas. O dele era um mil folhas de pato. Ambos muito saborosos, porém deveriam estar mais “calientes”.
Por fim, duas sobremesas primorosas: um “ravióli de mandarina (tangerina)” finíssimo recheado com chocolate, grãos de romã e acompanhado de sorvete de frutas vermelhas, e “canutillos com mousse de queso e fruta de la pasión” (canudinhos de queijo e calda de maracujá) com amêndoas tostadas e sorvete de chocolate. Bem original.
E a conta? Digo pra vocês o seguinte. Depois desse pequeno banquete, pagamos o equivalente a R$ 206,21. Nem dá pra acreditar… por que é que eu fui nascer no Brasil??!!! (Bom, eu também não queria ter nascido na Cidade do México, rsrsrsrs).
Ah!! só pra registrar. Aqui no México fazem muito boas cervejas também. Claro, nada parecidas com as belgas ou holandesas, pois elas são feitas para o clima daqui, quente e seco. Ou seja, são cervejas que refrescam, parecidas com as brasileiras, na sua maioria, claras e leves. O problema é que eles servem a cerveja como os belgas: fria. Quero dizer, não hiper-gelada como nós brasileiros gostamos. Isto está sendo difícil de encarar!!! Estou enfrentando calor de mais de 30 graus durante o dia e tenho que engolir cerveja “quente”… mas vá lá, a gente se adapta aos costumes locais, mesmo que às vezes nos sejam inadmissíveis. Seguem alguns dos exemplares que me “esforcei” pra tomar:
anime-se em Cacun vc tomara cerveja gelada, e chopp……bjs
Oi Rê! por enquanto, nada de cerveja gelada…. rsrsrsrs. Ontem num restaurante argentino que fui, tava mais ou menos. E hoje, em Chichen Itza, estava quente! Vou ver se tenho mais sorte hoje à noite!!! Lembrei muito de vc hoje durante o passeio pelo sitio arqueologico. Pegamos muito calor, estava insuportável. Eu até passei mal… Beijão!!!