Meu aniversário foi no dia 05 último, segunda-feira, o pior dia possível para se aniversariar. E coincidiu com a minha “defesa de tese” da faculdade. Entre aspas porque em Gastronomia não defendemos exatamente uma tese, mas fazemos uma demonstração de viabilidade (ou não) de um determinado negócio. Ou seja, você tem que montar um projeto e apresentá-lo a uma banca examinadora. Em outras palavras, vc tem que idealizar um negócio e fazer um projeto para implementação dele, realizando pesquisa de mercado, imaginando uma estratégia de marketing, fazendo levantamento de todo investimento e custos, fazendo projeções para ter uma idéia de quando vc começaria a lucrar. Se é que começaria…. O meu projeto, que detalharei posteriormente, foi de um “Personal Chef com raízes na cozinha nordestina brasileira”. Ou seja, eu seria uma Chef de cozinha especializada em comidas nordestinas, com uma proposta sofisticada e contemporânea, do tipo “personal” ou seja, o cliente me contrataria para transformar a sua casa em restaurante. Ele convidaria os amigos, escolheria o cardápio e eu faria todo o resto: compras, preparação dos pratos, serviço de mesa, limpeza geral. Legal né?! Mas por enquanto é só um projeto…
Voltando ao que interessa, ontem comemorei meu aniversário no Le Pré Catelan, restaurante francês que fica no Hotel Sofitel, um hotel 5 estrelas na Praia de Copacabana. É um restaurante bonito, com varanda para a praia, vista linda. E a melhor coincidência: ontem foi lua cheia. Estava linda e dava pra ver da minha mesa, através da vidraça, a luz brilhando no mar… Os amigos que me acompanharam nesta empreitada foram Dudu e Regina, casal que encontramos na França, nesta última viagem. Eles levaram uma garrafa de champagne Mercier, que eles haviam comprado na própria vinícola, em Epernay, França, quando visitamos a cave juntos, em outubro passado. Obrigada, amigos, pela bela surpresa!
Jean Pierre nos atendeu no Le Pré Catelan. Era tipo o maitre d’hotel, com um forte sotaque francês, muito simpático. Nos recomendou o “menu tendence”, com um amuse-bouche, uma entrada, um prato principal e uma sobremesa. Fui na sugestão dele. O amuse-bouche foi uma sopinha de abóbora e um queijo de cabra com tomate, temperado com ervas e azeite. Delícia tudo.
De entrada, um gaspacho (uma sopa fria de tomate e legumes), com um camarão vg (verdadeiramente grande!), uma ostra com espinafre gratinada e uma vieira com caviar. Um tanto exótico né?! Estava tudo muito bom, mas não diria extraordinário.
O prato principal foi uma costela de tambaqui, com uma mousseline de baroa deliciosa, super cremosa, muito parecida com a que eu comi no ORO, do Chef Felipe Bronze. Aliás, o Chef do Le Pré Catelan é o Roland Villard, francês, vencedor do prêmio “Chef do Ano” da Revista Gula em 2008, entre outros prêmios. Pena que ele não estava lá ontem. Visitamos a cozinha, e a “mesa do Chef”, que é um espaço dentro do escritório dele, ao lado da cozinha, onde através de reserva, vc pode ir degustar quantos pratinhos vc aguentar, feitos pelo próprio Chef, por R$ 410,00. A mesa só dá pra 4 pessoas e a bebida, vc mesmo pode levar. Proposta interessante, não?! Eu fiquei muito tentada!!!
De sobremesa, nos trouxeram uma “vitrine” cheia de pequenos doces, tipo “mil folhas”, “creme brulée”, “tartelete de frutas vermelhas”, “carolinas recheadas com chocolate”, entre outras. Pedi uma “mil folhas” que estava boa, mas o melhor veio depois: um “crepe suzete” preparado pelo próprio Jean Pierre, no salão do restaurante. O maior barato.
Claudinho não foi no crepe, preferiu um souflé de chocolate, que leva 20 min pra ser preparado, muito gostoso, mas o meu crepe dava de dez a zero. Eu não sou mesmo muito fã de chocolate….
Por fim, ainda nos serviram docinhos diversos com café e por último, uma sobremesa de presente para o café da manhã do dia seguinte!!! Só vi isso uma vez, no restaurante 3 estrelas Michelin que fomos na França, em que nos deram um pão, isto mesmo, um pão para levarmos pra casa. Terminou indo pro lixo, pois no dia seguinte, não iríamos trocar o pão fresquinho do hotel onde estávamos hospedados por um pão “dormido” né?! Que idéia! Portanto, parabéns ao Le Pré Catelan, pela idéia mais original.
Da esquerda pra direita: Claudinho, Dudu, Regina e eu:
estava ótimo, meu risoto estava gostoso, o crepe delicioso…foi bom conhecer…….e Jean Pierre tornou a noite bem agradável, ..mas ainda não superou o L’assiete Champenoise…….e a companhia ótima pra variar
bjs
Pois é, o L’assiete será difícil de ser superado. Mas o “presente” que recebemos no final do Le Pré, foi muuuito melhor né?!! rsrsrs beijos